capítulo 8.

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🇧🇷

MARTINELLI.

Meu time perdeu para o United hoje, o time que Antony estava jogando. Não consegui fazer nenhum gol e por mais que eu odiasse perder, relevei a zoação dele.

— Quem ganha paga a janta.— bati em seus ombros, passando para o vestiário do meu time para tomar um banho.

— Quem perde que paga, começa não.— gargalhou.— Vou te esperar aqui, jaé?

Concordei, o pós jogo durou uns quarenta minutos e depois fui me banhar de vez, a água gelada nem me abalava mais depois de ficar na banheira de gelo por longos minutos.

— Conseguiu tirar a habilitação?— perguntou risonho ao ver a chave na minha mão.

— Otário.— resmunguei. Ele tinha tirado antes que eu, porque eu reprovei na primeira vez de tão nervoso e porque o instrutor estava conversando comigo em inglês e eu não entendia nada.

Melhorei agora né, tinha que melhorar, não estava mais aguentando pagar Uber quando precisava sair.

— Minha casa hoje, o chefe vai fazer uma janta leve pra gente, mas queria mesmo era um churrasco.— Antony destravou o carro.

— Po, nem fala. Vamos marcar um qualquer dia desses.— concordou, e segui o caminho que ele estava fazendo com meu carro.

A casa do cara era monstra, chegava a parecer um sonho a forma que a gente estava conseguindo realizar nossos sonhos. Eu e ele somos amigos faz tempo, e me sinto realizado por você que tudo que a gente sonhava uns anos atrás, nós temos agora.

Me joguei logo no sofá, cansado. Ele ligou o videogame e tacou um controle no meu peito. Doeu pra caralho!

— Vamos marcar o churrasco na tua casa, tô com saudade da Elizabete.

— Nem vai dar.— cocei a nunca.— Minha mãe está arrumando muita intriga a toa e meu pai ainda está fora.

— Ih, o que que ela fez? Nunca foi disso.— resmungou, escolhendo um jogo de luta.

— Terminei com a Isabella né cara.

— Aham, li no Instagram, nem pra você me contar.— me deu um tapão na coxa, o xinguei na hora.

— Filho da puta.— senti vontade de sufocar ele.— Voltando, terminei com ela tem um tempo, aí um dia desses minha mãe me ligou pra buscar ela no aeroporto e ela simplesmente trouxe a Isabella junto.

— E ela está lá ainda?

— Tá.— respirei fundo.— Minha mãe disse que elas vão voltar juntas, já conversei e falei que não era certo mas não deu em nada.

— Po irmão, a casa é sua, isso daí não é muito legal.— Antony respirou fundo, esquecendo do jogo por enquanto.

Levei a mão até meus olhos, respirando fundo.

— Eu sei, mas ela não aceita nenhuma resposta que eu dou, Isabella tenta me perturbar todo dia, tô cansadão.— confessei.

— Ela não tinha nem que estar na tua casa, se vocês terminaram é isso. Acabou, tchau e bença.

— Fiquei com pena de expulsar a mina.

— Ela veio sem falar contigo, em primeiro lugar, a errada é ela.— deu de ombros.

Não levava muito os conselhos de Antony a sério porque no quesito mulheres o cara era o maior pilantra da face da terra. Todo mundo sabia, eu também, mas ele estava certo.

Em Off | Gabriel Martinelli Onde histórias criam vida. Descubra agora