capítulo 50.

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CASSIE.

Estava terminando de arrumar quando bateram na porta do meu apartamento e apesar de querer ignorar a visita, fui até lá abrir.

Meus olhos se arregalaram e eu fiquei de boca aberta ao ver um bouquet de flores na frente e ao olhar pra cima tive vontade de rir ao ver o Gabi segurando com todo o cuidado do mundo.

— São lindas.— sussurrei, pegando de sua mão e dando um cheiro, mesmo que fosse atacar a minha rinite.— Obrigada.

O convidei para entrar e fui até a cozinha, colocando as flores no balcão para olhá-las mais de perto. As flores eram de sua maioria, lilases e rosas, com algumas brancas posicionadas ao redor, fiquei observando elas com o maior olhão.

— O que eu fiz pra merecer flores?

Ontem mesmo estávamos brigando, ou melhor, tentando ter uma conversa para nos resolvermos. Esperava ele hoje, mas não essa hora da manhã e ainda mais com um bouquet de flores.

— É dia dos namorados.— a voz dele soou atrás de mim e logo senti seus braços passarem pela minha cintura, me abraçando.

— Eu realmente esqueci.— murmurei envergonhada.— Mas obrigada, eu amei elas.

— E você ainda me ama também, não ama?— perguntou e eu segurei a vontade de rir.

— Claro, Gabriel.— respondi, me virando pra ele.— Ainda te amo sim. Não deveria?

— Deveria.— concordou, se aproximando dos meus lábios e eu o deixei, me encostando na bancada atrás de mim e fechando meus olhos quando nossas bocas se encontraram em um selar lento.

Segurei a nuca de Gabriel e ele colou nossos corpos antes de aprofundar o nosso beijo, o contato fez com que eu sorrisse mas me limitei em me mover em sincronia com Gabriel para que a gente não se afastasse nem tão cedo.

— Feliz dia dos namorados.— Gabriel sussurrou, me dando pequenos selares e eu suspirei.— Eu estava com medo de vim e você me chutar, ainda bem que não aconteceu.

Fiz menção de levantar meu joelho para acertá-lo nas partes íntimas e ele se afastou na hora.

— O dia acabou de começar, não se preocupa.— sorri o ameaçando e fui procurar um vaso para deixar as flores.

— Eu tô morrendo de saudade de você.— Gabriel confessou, se escorando a porta de braços cruzados e eu desviei o olhar.

— É?— perguntei, fazendo um bico em sua direção.

— É, por isso vamos passar o dia juntinhos hoje.— debochou de volta.

— Quem disse?

— O Tyler me disse que hoje você estava livre.— rebateu, dando de ombros.

Demônio. Eu odeio o Tyler demais!

— E você não tem o que fazer não?— cruzei os braços, olhando diretamente em seus olhos.

— Para de fingir que não quer passar o dia comigo.— Gabriel me imitou, cruzando os braços.

Eu ri, empurrando ele para sair da cozinha e fui caminhando até o meu quarto, sendo agarrada por ele no meio do caminho.

— Temos uma reserva às uma da tarde.— disse no meu ouvido e eu suspirei.— Arruma uma bolsa, com roupa e sei lá, o que você achar que vai precisar.

— Você está me avisando que vai me sequestrar?— perguntei e escutei a sua risada.

— Uhum.

Ele ficou quietinho depois, só esperando eu terminar de me arrumar e não demoramos para sair de casa. Sentei o banco do carona e fiquei cantando as músicas que tocava na rádio, porque não fazia ideia de onde estávamos indo.

Em Off | Gabriel Martinelli Onde histórias criam vida. Descubra agora