capítulo 14.

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CASSIE.

Minha mãe não se calou por um segundo até que dormiu e no dia seguinte, pelo incrível que pareça, ela ainda tinha perguntas sobre o Gabriel e o nosso envolvimento.

— Vocês pretendem continuar esse relacionamento secreto aí por quanto tempo?

— Nos conhecemos faz pouco tempo, mami, não tenho vontade de apressar as coisas e dar tudo errado.

Andava pela cozinha, ajudando ela a preparar um almoço fresquinho, só faltava meu pai chegar para passarmos um tempinho juntos como uma família feliz.

— Entendi.— concordou.— Você sabe o que é melhor para você, seu pai vai surtar quando chegar aqui..

— E é por isso que ele não vai saber ainda.

— Poxa.— me olhou culpada.— Contei a ele ontem antes de dormir, filha.

Bufei, não acreditando.

— Mas não se preocupe, não vamos contar para ninguém se você não quiser.— se explicou.— O Gabriel parece um garoto bom.

— Ele é.— sorri pequeno.— Se as coisas darem certo, talvez vocês possam se conhecer melhor.

— Claro.— beijou minha cabeça.— Você merece ser feliz, meu amor, espero que dê certo.


——— •


— Olha aqui quem chegou!

Meu pai entrou no meu apartamento de short, uma blusa do Flamengo e óculos escuros.

— Tira essa blusa imunda, Marcos.— minha mãe gritou assim que o viu.

— Quem gosta de moda é vocês, eu uso o que eu achar na frente, se for confortável já era.— sorria todo bobo.— E você vai ficar solteira se chamar meu manto de imundo.

— Você está usando essa blusa a semana inteira.

— Mentira, mulher, usei várias vermelhas do time mas não era a mesma não.— se beijaram rapidamente e ele se virou, vindo até mim.— Fala, filhota.

— Oi pai.— gargalhei, o abraçando.— Vamos almoçar, estou cheia de fome.

— Sua mãe me contou uma coisa muito engraçada.— disse, indo até a mesa.— Que você chegou em casa ontem com um homem!

— É.— Olhei para a parede, deveras interessante o furo que tinha ali.

— Estão sério mesmo?

— Estamos indo devagar.— falei a mesma coisa de mais cedo, com a minha mãe.— O senhor já conhece ele.

Meu pai como um bom brasileiro era fanático por futebol e estava no espírito da copa, mesmo que morando em Londres. Minha mãe odiava isso, não via futebol e só assistia os jogos da seleção da Inglaterra, dependendo do nível de importância. 

— Sim, acompanhei a chegada dele no Arsenal, o garoto é bom mesmo.— balançou a cabeça desacreditado.— E como vocês se encontraram assim?

— Foi do nada.

Não ia falar nem a pau.

— Queria eu encontrar com ele do nada.— Meu pai serviu a comida, enchendo o prato dele e eu fiz o mesmo.— Lilian, liga a televisão que a convocação vai ser daqui a pouco!

— Já está no canal!— minha mãe voltou para a cozinha, se juntando a nós dois.

— O da Inglaterra não quero saber, aqui é Brasil.— apontou pra ele e depois pro meu lado.

Em Off | Gabriel Martinelli Onde histórias criam vida. Descubra agora