Rubi
Coloquei meu óculos escuro pra tampar as olheiras e desci do carro já sentindo os flashes em mim. A porta do hospital estava lotada de paparazzi.
Hoje pra alguns é um dia normal, mas pra mim e pra Clerion é o dia do nosso renascimento. A exatos dois meses atrás Cristal nasceu, quis antecipar sua vinda ao mundo e nos unir ainda mais.
Foram de longe os dois meses mais exaustos da minha vida. Quantas vezes eu pisei na porta desse hospital com a angústia de que poderia ser a última vez que eu via a minha filha com vida. Quantas vezes eu e Cleriton nos ajoelhamos em casa e pedimos pra Deus fazer o melhor pra ela. Quantas vezes eu me peguei entrando no quarto da minha preciosa, e toquei tudo enquanto cantava e imaginava ela em cada canto dali.
Dona Nina nunca esteve errada quando disse que Deus não dá um fardo que você não possa carregar. Hoje eu olho pra trás e vejo isso como uma lição, que o dia de hoje vale mais que o amanhã, que o meu maior e o de Cleriton supera qualquer barreira.
Depois de dois meses na UTI, com várias cicatrizes espalhadas pelo corpo por conta das várias cirurgias que minha neném fez, Cristal finalmente vai pra casa.
Hoje se encerra o nosso pesadelo e se inicia a melhor fase de nossas vidas.
Teto: Vamos? - pergunta grudando nossas mãos e eu respiro fundo assentindo em seguida.
Passamos pela recepção antes e hoje não tinha mais que grudar o papel de visitante. Entramos em um corredor e eu comecei a chorar quando li pela última vez o nome daquela ala.
"UTI pediátrica"
Abri a porta e sorri ao ver as enfermarias em uma fileira e a minha preciosa no berço.
- Rubi e Cleriton nós queremos entregar o certificado de coragem para a Cristal. Ela que mostrou que veio ao mundo para honrar seu nome e pra mostrar que devemos ter esperança até nos dias mais difíceis. Que essa nova etapa na vida de vocês seja incrível! Nós todos aqui estaremos sempre a disposição! - uma das enfermeiras me entrega o certificado e eu a abraço chorando que nem um bebê.
Cleriton a abraça também e a outra enfermeira pega minha menina e me entrega. Em dois meses era a segunda vez eu a pegava no colo. A primeira e única foi quando ela nasceu.
Rubi: Acabou filha! - faço carinho no cabelinho dela - Acabou o nosso pesadelo minha vida.
Olho pra Cleriton que limpava as olhos. Sabia o quão feliz ele estava e sua ansiedade pra poder pegar nossa neném pela primeira vez.
Rubi: Toma amor! - estendo a Cristal e ele a pega. Ela começa a resmungar e ele balança ela.
Teto: Não precisa chorar meu amor, papai tá aqui com você e eu nunca vou sair do seu lado - ela começa a chorar.
Rubi: É o seu papai meu amor, lembra que ele conversava com você na barriga da mamãe? - digo e o Cleriton começa a cantar a fazendo acalmar em instantes.
- Rubi vocês estão liberados, boa sorte e meus parabéns! A filha de vocês é um milagre - sorrio e agradeço saindo dali com o meu namorado e a minha filha.
Saio do hospital e arregalo os olhos ao ver meus amigos a família de Cleriton e a minha ali com cartazes e balões.
- CRISTAL! CRISTAL! CRISTAL! - eles gritam e eu tiro o colar que a dona Nina deu pra minha filha. Coloco ele na minha menina e ela dá um sorrisinho..
Rubi: Que esse colar te transmita pelo menos um terço da sensação maravilhosa que todos nós tínhamos quando sua bisa estava por perto.
Teto: Que colar é esse amor?
Rubi: Um presente de uma pessoa especial! - sorrio e olho pro céu.
Sinto sua presença sem mesmo a ver e é esquisita essa sensação. Mais fico feliz de agora ter um pedacinho dela com a minha menina. Cristal sempre saberá que teve a bisavó mais incrível desse mundo todinho!
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A pedidos irei escrever mais uma fic do Teto. Hoje lancei o cast e o primeiro capítulo, quem quiser ler está disponível no meu perfil.
Amo vocês e se cuidem! Logo logo nos vemos denovo❤️