Oneshot 46

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Nota da autora: Olá pessoas! Eu estava focada aqui na minha aposentadoria da escrita por questões emocionais, mas como havia prometido que sempre postaria quando conseguisse escrever algo, aqui estou cumprindo a minha palavra, pois essas duas personagens me apareceram outra vez. O capítulo não está muito bom, mas espero que gostem. Obrigada pela leitura e comentários sempre! That's all. 

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Queridos leitores invisíveis do meu diário, já estou ciente do meu sumiço, eu sei. Além de eu estar me recuperando de uma gripe, as semanas tem sido estressantes na galeria, tanto que quando saí do trabalho na noite passada, só faltava sair fumaça da minha cabeça. E a primeira coisa que eu pensei foi em chamar a Meryl para beber, mas desisti. Pensei em chamar a Keisha ou a Sarah para irmos em um bar, mas desisti também. Pensei em ligar para a minha mãe e irmã e combinar de assistirmos um filme juntas mas à distância como costumamos fazer, mas também acabei desistindo da ideia. Minha pequena eu até estranhou meu comportamento mas por fim, eu acabei decidindo ir sozinha para um restaurante que eu gostava muito e era perto da minha casa, sim sim, eu fiz essa escolha. E aí me aconteceu o que eu não esperava acontecer de forma alguma, e sinceramente, nem sei como estou viva para contar, foram muitos passamentos em uma noite só.

Quando cheguei na frente do restaurante, eu me dei conta de que provavelmente havia esquecido o celular em casa, comecei a procurá-lo na minha bolsa feito uma louca, até que me dei conta de que ele estava no bolso do meu casaco mas nem tive tempo de processar pois senti um impacto de alguém me empurrando.

"Oh, perdão!" eu ouvi uma voz dizer ao se esbarrar em mim. Não é possível, eu realmente devo ser invisível. Virei para olhar para a pessoa e foi aí que meu coração parou, não acreditei que ali estava ela, sim, a Meryl se esbarrando em mim pela 18176162ª vez. Ela ficou surpresa ao me ver e não escondeu o sorriso. "Molly!" ela me abraçou. Eu fiquei fraquinha com o abraço.

"Olá, Rainha." eu deveria ter o maior sorriso de bobona no rosto. "Certas coisas realmente não mudam." eu brinquei sobre ela se esbarrar em mim.

"Oh, me perdoe, eu estava procurando meus óculos na bolsa e não te vi." ela explicou.

"Começo a achar que é proposital, hein." eu continuei brincando. Talvez ela estivesse realmente levando a sério os meus pedidos para ela pisar em mim. Minha pequena eu revirou os olhos com a piada.

"Jamais, meu bem." ela sorriu e eu me derreti com isso.

"M, eu os encontrei." uma voz masculina se aproximou, e foi aí que meu coração gelou de vez e eu pensei que meu passamento seria ali mesmo. Era o Don. Eu tentei disfarçar meu nervosismo, olhei para a Meryl e vi que ela também ficou nervosa. "Estavam no carro." ele disse.

"Obrigada, querido." ela disse ao pegar os óculos que ele entregava a ela.

"Molly, como vai? Está bem?" ele perguntou e eu demorei um pouco para encontrar a minha voz. Sério, não estava esperando por esse tombo. Devo ser muito azarada pra dar de cara com a Meryl acompanhada do marido. Quando que eu ia imaginar uma coisa dessas acontecendo? Nunquinha na vida da Molly! E o pior é que o Don continua sendo uma pessoa legal, sempre me tratando bem.

"Err... olá, Don. Estou bem e você?" eu nem sei como saiu uma frase coerente da minha boca.

"Tudo bem." ele sorriu. "Adoramos esse restaurante." ele olhou para a porta. "Você está esperando alguém?" ele perguntou e eu vi a Meryl me olhando nos olhos nesse momento, esperando a minha resposta.

"Oh, não... estou sozinha." respondi e olhei para a Meryl. "Estive um pouco adoentada e sinto que finalmente consigo respirar." eu falei e vi certa preocupação no olhar da Meryl ao ouvir que estive doente, senti que ela queria tocar em mim mas se controlou. "Mas estou apenas tentando desestressar um pouco, a semana foi intensa." eu expliquei. Pensei em dizer como eu gostaria de estar desestressando mesmo mas a resposta não iria agradar o Don, pois envolvia a mulher dele com pouquíssima ou nenhuma roupa na minha cama.

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