Dois dias haviam se passado desde os meus 30 maravilhosos minutos que passei com a Meryl. Tudo estava normal, como sempre, eu fazendo meus bicos, procurando alguns trabalhos diários que pudessem me ajudar de alguma forma. Mas por um momento eu comecei a achar que eu estava enlouquecendo, eu, de alguma forma ficava sempre esperando encontrar a Meryl nas ruas ou em algum lugar, como se isso fosse possível. A 'minha pequena eu' não hesitava em me dar um tapa na cara, dizendo que eu tinha que deixa de ser idiota, a essas horas Meryl nem se lembra mais de mim, quem era eu para Meryl se lembrar de mim?
Eu continuei andando, de certa forma contemplando toda a agitação de Nova Iorque ao meu redor, tinha sido um dia chuvoso, como se a cidade lamentasse toda a agitação frenética de seus habitantes e pedisse a eles pra se acalmarem um pouco mais. Nem me dei conta de quão tarde era, eu precisava me apressar, porque por esse horário digamos que o meu bairro não era muito seguro."Oh droga!". Era tudo o que eu precisava agora, que um carro passasse sobre uma poça e me molhasse completamente, nesse momento agradeci pelo fato da rua já estar bastante deserta, e ninguém deve ter visto meu mico, com exceção dos carros, esses daí nunca param, mas quem vai reparar em mim estando dentro de um carro?
"Oh nossa, coitada, a bonitinha tá toda molhada!". Eu ouvi uma voz masculina dizer de forma maliciosa, pelo visto, eu não estava sozinha naquela rua quase deserta. Quando me virei, lá estavam eles, dois rapazes, não pareciam ser muito mais velhos do que eu, eles estavam de preto e um deles tinha uma tatuagem horrenda no rosto. Quem é louco de fazer tatuagem no rosto? E pra piorar, digamos que sem a tatuagem ele já não era bonito, então uma tatuagem no rosto com certeza foi um tiro no pé, com certeza.
"Pois é cara, ela tá toda molhadinha, o que você acha que podemos fazer pra ajudá-la?" Falou o cara da tatuagem, a luxúria ardendo em seus olhos. Eu segurei com força no meu cachecol, senti cheiro de cilada.
"Eu acho que sei de um jeito de ajudá-la." Falou o cara sem tatuagem me agarrando, a mão dele foi direto para o zíper da minha calça.
"Por favor, não faz isso!", eu falei quase como um sussurro.
"Shhh! É melhor você ficar caladinha, bonitinha." A mão dele agora abria o meu zíper. Eu não sei de onde me veio a força, mas a minha perna foi direto entre as pernas dele com força, ele se afastou de mim gritando em dor.
"Essa vadia me chutou!" gritou ele com raiva.
"Ai!" eu gritei caindo no chão, depois de bater a cabeça na parede ao sentir um murro forte no meu rosto.
"Quem você pensa que é, vadiazinha de merda?" disse o cara de tatuagem me chutando nas pernas e depois na coluna, depois comecei a sentir mais dois pés me chutando do outro lado, o cara sem tatuagem já tinha se recuperado e se juntou ao amigo na missão 'Vamos acabar com a Molly!'. Os chutes continuaram até que eu vi uma luz, não, não era a morte, eram os faróis de um carro que se aproximou da gente, os dois rapazes não hesitaram em sair correndo, fugindo. Eu não conseguia me levantar, me cabeça doía e eu não conseguia abrir os olhos.
"Oh meu Deus! Olha o que fizeram com ela!" Eu ouvi a voz de uma mulher dizer e senti uma mão no meu rosto.
"A gente tem que sair daqui! Esses rapazes são perigosos!" Eu ouvi a voz de um homem.
"Eles já foram, e eu não vou sair daqui antes de ajudá-la! Eu a conheço, chame uma ambulância, ela pode ter quebrado alguma coisa." A mulher respondeu.
"O que? Você a conhece?" O homem perguntou.
"Chama a ambulância agora!" A mulher praticamente gritou antes que tudo ficasse escuro, é, talvez a morte tenha chegado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre nós
FanfictionO que fazer quando você tem a inesquecível oportunidade de conhecer a sua atriz preferida? E quando você vive com ela algo que só vocês duas sabem? Você grita isso para os quatro cantos ou guarda para si? Molly Madison passou por isso e ela decidiu...