One-shot 55

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Eu gostaria de conseguir descrever com fidelidade tudo o que aconteceu quando eu e Meryl entramos naquele quarto, mas como conseguir explicar aquilo que me fez perder todos os sentidos. Havia algo de diferente no ar. Não estou dizendo que a Meryl estava completamente livre de todas as culpas e anseios, mas ela estava mais presente do que nunca, mais minha, mais desinibida, mais minha, mais entregue, mais minha, mais causadora de passamentos, mas acima de tudo, ela estava mais minha, se é que vocês me entendem.

Apesar de eu ter atacado o pescoço dela com beijos enquanto a gente caminhava para o quarto, quando a gente entrou ali, foi ela que me pressionou contra a porta e me beijou fervorosamente com aqueles lábios macios. Eu não preciso relembrar como ver a Meryl tomando a iniciativa me incendeia, preciso? Pois bem, imagine como ficou meu corpo quando senti ela me pressionando contra a porta, sua mão em meu rosto, sua língua invadindo minha boca. Imagine como ficou meu corpo quando senti ela descer os beijos pelo meu pescoço com carinho mas ao mesmo tempo com desejo. Quando ela me afastou da porta, ainda me beijando, e me fez seguir na direção da cama, eu nem sei como as minhas pernas não falharam. Percebi que a blusa dela já estava quase toda desabotoada, porque eu mesma desabotoei no caminho mas eu estava praticamente toda vestida e comecei a me despir, senti ela segurando minha mão quando eu estava prestes a levantar minha blusa.

"Não, não." ela falou e eu pisquei sem entender. "Eu que vou te despir." ela sussurrou eu um tom de voz que trouxe borboletas para o meu estômago. Quase soltei um gritinho quando ela me fez me deitar na cama com apenas um movimento rápido, me segurando pela cintura e veio pra cima de mim. E foi aí que se começou uma tortura deliciosa. Ela de fato começou a me despir, como disse que faria, mas a cada nova parte exposta, sua boca estava ali logo em seguida em minha pele, com beijos molhados, por vezes mordidas suaves, arriscaria dizer que tinha algo quase que animalesco em algumas ações da Meryl, ela não estava sendo bruta e nem me machucando, mas era como se ela estivesse se deixando levar pelo instinto, abrindo mão do controle, deixando as suas vontades falarem mais alto, como se estivessem à flor da pele. E eu estava amando cada segundo, me desmanchando cada vez mais.

Quando eu já estava completamente desnuda, ela parou com os beijos por um instante para desfazer os botões que restavam da blusa dela, e eu fiquei observando aquela cena diante de mim. Eu deitada, ela com as duas pernas em volta da minha cintura, seus cabelos levemente bagunçados caindo sobre os ombros, a boca ainda mais avermelhada pelos beijos, enquanto ela desfazia cada botão, um por um, sem tirar os olhos de mim. Eu cheguei a suspirar visivelmente com aquela visão. Para completar a minha morte, ela deu um sorrisinho de lado quando me viu suspirar. Ela retirou a blusa dela por completo e logo em seguida fez o mesmo com a calça. Eu senti uma quentura por dentro quando ela veio pra cima de mim outra vez, seu beijo agora encontrando meus lábios, e eu correspondi de imediato. As minhas mãos passearam pelas costas nuas dela enquanto a gente ainda se beijava, só os sons que saíam da garganta dela enquanto a gente se beijava já era o suficiente me deixar louca. Mas foi o que ela fez a seguir que me fez perder o sentido por completo.

"Meu bem..." ela disse e acho que foi a primeira vez desde que entramos naquele quarto que eu ouvi um pouco de hesitação na voz dela. Eu olhei em seus olhos, esperando ela continuar. "Eu quero retribuir o que você fez comigo na última vez que nós..."

Eu não consegui evitar a surpresa. Tenho certeza que toda a minha expressão no rosto demonstrou. "Você tem certeza? Você não precisa fazer isso..."

Ela pôs um dedo na minha boca. "Eu realmente não preciso... mas quero." ela me deu um selinho que me fez derreter completamente. "Hmm?" ela perguntou entre beijos. Eu ainda estava sem acreditar mas fiz que sim com a cabeça. Foi aí que ela nos virou na cama, ficou por baixo e eu comecei a perder meus sentidos quando ela me pediu para subir mais. Eu nunca vou esquecer a expressão no rosto dela quando meu sexo chegou ali bem perto do seu rosto, eu podia ver desejo em seus olhos. E lutei muito para não ter um passamento com o primeiro contato da sua boca ali. É muito difícil colocar em palavras as sensações que senti naquele momento. Quase como uma tortura, as ações dela iam em um ritmo devagar como seus beijos de mais cedo, como se estivesse saboreando de cada pedacinho, eu me segurei para não esmagá-la pois a cada segundo eu me derretia um pouco mais. Não era só o que ela fazia com a boca que me torturava, eram também os sons que ela emitia, eu podia ouvir alguns "hmm" de apreciação sair da garganta dela, por vezes eu olhava para ela e ela estava olhando diretamente para mim, se eu me perdia no olhar dela antes, naquele momento eu estava me perdendo com a força de uns 500 passamentos. Quando que eu ia imaginar uma coisa dessas acontecendo comigo? Nunquinha na vida da Molly! Mas ali estava eu, perdendo meus sentidos enquanto a Meryl me satisfazia. Sem muito controle, o nome dela saiu perdido entre meus gemidos quando senti meu corpo deflagrar em um orgasmo intenso.

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