One-shot 85

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nota da autora: olá, já que meu pedido de aposentadoria foi negado, aqui estou com mais um capítulo bobo, espero que gostem!

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"Oh não, você já vai me abandonar?" eu ouvi a voz sonolenta dela vindo de lá da cama enquanto eu me arrumava em frente ao espelho. "A gente teve pouquíssimo tempo, meu bem, não foi suficiente." ela reclamou com certo dengo na voz.

Tive que sorrir com a doçura na voz. "Eu ainda tenho um pouco de tempo, preciso ir na galeria daqui antes de ir pegar meu vôo pra NY." eu expliquei ao fechar o zíper da minha calça. "Mas te abandonar é algo que está fora de cogitação, independente de onde eu esteja, rainha." olhei nos olhos dela ao falar isso, ela deu um sorriso doce e estendeu a mão para mim.

"Vem aqui, meu bem." ela pediu.

Eu hesitei. "Se eu for aí, vou me atrasar."

"Eu te levo tanto na galeria como no aeroporto mas vem aqui." ela falou.

Eu decidi provocar. "Melhor não, você tem o poder de tomar conta do meu corpo, eu perco o controle de mim, e aí o que eu vou fazer com essa coisa derretida de amor que fico depois? Eu tenho que estar em sã consciência para pegar o vôo." eu brinquei.

"Meu bem, você nunca está em sã consciência." ela me provocou também com uma risada leve.

Eu cruzei os braços. "Agora é que eu não vou mesmo."

"Molly Madison, se você me ama, você venha aqui." ela chantageou.

"Meu Deus, você está mesmo roubando todas as minhas táticas." eu fingi indignação.

"Dizem que eu sou como uma esponja que absorve os comportamentos ao meu redor, então..." ela deu de ombros com um sorriso. "Você vem aqui ou não?" uma expressão de Miranda Priestly tomou conta do rosto dela. Eu não aguentei ao ver a autoridade naquele olhar e me aproximei. "Hmm, muito bem, continue." ela disse e eu me aproximei ainda mais e dei a mão para ela, não demorou nem 1 segundo e ela me puxou para cima dela, envolvendo minha cintura. "Agora sim." ela me deu um selinho, e mais outro, senti ela acariciando meus cabelos. "Você não iria deixar eu me despedir de você direito mesmo?" senti a mão dela acariciando meu bumbum por cima da calça.

"Eu pensei que nossa despedida tinha sido ontem." eu falei e beijei a mão dela que estava em meu rosto. Noite que tinha sido maravilhosa, inclusive.

"Ali foi a primeira parte, eu não sei quando eu vou poder ir pra NY ou quando você vem para cá. Sempre tem que ser uma despedida memorável. Na verdade, nada de despedidas, é um "até mais, meu bem"." ela beijou meus lábios, eu não demorei em aprofundar o beijo ainda mais, senti a mão dela acariciando minhas curvas e um "hmm" saiu de sua garganta. Essa conversa sobre despedidas me fez lembrar da época em que eu nunca sabia se a gente estava se beijando ou se amando pela última vez, eu sempre imaginava que ela iria se afastar de mim algum dia, e olha onde e como estamos, a vida é mesmo surpreendente. Me deliciei daquele beijo que tanto amo, depois senti ela parando e olhando pra mim. "Meu bem, espera."

"O que foi?"

Ela ficou olhando para mim, ponderando como falar. "Você não fica cansada?"

Eu franzi o cenho. "De te beijar?! Jamais!"

Ela riu. "Não... eu estou falando dessa distância entre nós nesse vai e vem entre Nova York e Los Angeles. Eu sei que tenho ficado mais aqui por causa da minha família e trabalho e você tem vindo com mais frequência para se acomodar a isso."

"A minha família também está aqui." eu falei.

"Mesmo assim, deve ser exaustivo para você."

Entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora