Prólogo

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Nós estávamos na mansão Targaryen para celebrar o casamento do meu pai, Viserys com a minha estúpida ex amiga de infância, Alicent. Sim, tantas mulheres no mundo e ele caiu aos encantos de uma mulher 25 anos mais nova que ele. O que penso sobre isso? Uma nojeira sem fim. Alguém se importa com a minha opinião? Claro que não. Então resolvi fazer o que bem entender da minha vida após essa cerimônia. Seguir a carreira como designer de joias, aproveitar a juventude e me perder pelos prazeres da vida.

—  Você poderia melhorar essa cara de nojinho e fingir um sorriso apenas para manter as aparências? — sussurrou Laena aproximando em meu ombro direito para manter a conversa apenas entre nós.

— Eu não me importo com o que pensam prima, quero apenas acabar com esse maldito casamento, beber até ficar louca deixando meu pai envergonhado e sumir.

Laena suspirou

Era verdade, estava apenas cumprindo meu papel de filha, não precisava parecer incrivelmente feliz pelo matrimônio. A música começou a tocar e todos levantaram. Alicent entrava acompanhada de seu pai, Otto Hightower. Seu vestido longo e branco, sem nenhum decote, apenas um tomara-que-caia simples mostrando a pele de seus ombros e braços. Um véu transparente cobrindo o rosto caindo delicadamente até a cintura.

— Você não pode negar que ela está muito bonita.

— Por mim, ela pode parecer a pomba da paz, quero que suma e nunca mais apareça na minha frente — eu disse revirando os olhos.

Laena riu baixinho tentando conter uma gargalhada. Aproveitei o momento para analisar os convidados. Logo à frente estava a família Strong, amigos de longa data do meu pai. O matriarca Lyonel e seus filhos Harwin e Larys. Harwin era 10 anos mais velho que eu, quando criança não deixavam participar de nenhuma brincadeira juntos com medo de alguma sem vergonhice acontecesse. Minha mãe era sábia, se deixasse realmente teria tirado a prova o seu apelido Quebra-Ossos.

Em pé no canto próximo ao altar, estava Criston Cole, alto, moreno, com uma franja singela caindo acima dos olhos verdes. Era segurança dos Hightower e acompanhava Alicent por todo canto. Até soltaria um veneno dizendo que todas as noites compartilhavam a cama, mas ela sempre foi muito casta e não aparenta ser do tipo promíscua.

Atrás de nós a família Velaryon, Corlys e Rhaenys pais de Laena e seu irmão Laenor, segundo os boatos, sentia atração mais por garotos do que garotas. Eu sempre desconfiei.

Pequenos cochichos começaram a se formar. Eu e Laena observamos mais ao fundo curiosas tentando entender os motivos dos olhares e sussurros repentinos. Caminhava chamando toda a atenção para si, um homem alto, vestindo seu terno preto com a camisa entreaberta, um colar com símbolo valiriano (nossos antepassados) e brincos de argola prateados. Os cabelos longos presos em um coque frouxo com pequenos fios bagunçados que deixava um ar despojado e estupidamente charmoso. Não consegui notar a cor de seus olhos por causa de seu Ray-Ban Wayfarer Classic, mas pelo tom do cabelo loiro-prateado, parecia ser alguém da família.

Andou até a primeira fileira de cadeiras e acenou com a mão para Lyonel e sua família darem espaço pulando para o assento ao lado. Arrogante e debochado, união perfeita para acalmar o fogo que acendeu entre minhas pernas.

— Laena, Laena, quem é esse gostoso? Finalmente vi alguma vantagem em aparecer aqui. Preciso me perder nesse homem hoje.

— Rhaenyra! — Falou com um grunhido baixo colocando a mão na boca — Você está louca? Esse é o seu tio.

— TIO DAEMON? — a voz saiu mais alto que o esperado.

Daemon olhou entre os ombros tentando encontrar quem disse seu nome. Me escondi envergonhada atrás de Laena.

Estranhos PrazeresOnde histórias criam vida. Descubra agora