Mãe

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Carinhos no pescoço, mãos na cintura, beijos nos ombros e um Daemon não me deixando sair da cama para encontrar com Laena daqui a 20 minutos.

— Daemon! Preciso levantar, você sabe que Laena fica nervosa quando atraso — tentava me afastar de suas mãos, mas ele puxava ainda mais forte.

— Ela pode esperar um pouco — a voz mais grave próximo à orelha, maldito filho da puta.

Pairou seu corpo sobre o meu, colocando meu pé em seu ombro e beijando os calcanhares. Ele continuou beijando e mordendo a parte interna das coxas e comecei a me perder nas sensações que a sua boca causava.

O caminho que seguia tinha apenas um objetivo e estava em cima da hora para seguir com esse desejo.

— Combinei um horário com ela!

Se ouviu, fingiu não ligar, puxou a calcinha tão rápido entre as pernas não deixando pronunciar nenhuma palavra de negação.

A boca tracejou um caminho molhado entre o umbigo e a pélvis, e meus quadris levantaram sem perceber.

— Daemon... Isso é golpe baixo.

— Literalmente — disse rindo, enterrando seu rosto no calor do meu sexo.

Lambeu calmamente o meu clitóris e movi meus quadris contra sua boca urgente, sentindo a boceta arder e pulsar em seus dedos se movendo dentro e fora preguiçosamente.

— Oh, merda! — gemi agarrando seus cabelos soltos.

Ele conhecia meu corpo tão bem, tocando e movendo no ritmo certo, fazendo meu clímax chegar mais rápido e intenso.

— Quer sair agora? — perguntava sarcástico, esse cretino convencido sabia a resposta.

— Se você parar, eu juro que te mato!

Gargalhou rouco e gostoso, levantando apenas para tirar as roupas e enfiar forte.

— Ah! Caralho! — gritei arranhando suas costas, abraçando forte, sentindo o músculo tensionar com cada estocada.

Ele puxou minhas pernas, envolta da sua cintura, movimentando seus quadris para frente e para trás, de novo, de novo e de novo, inclinando até a minha boca, roubando meus gemidos. Mordeu meu queixo, meu pescoço, minha orelha. Enterrei meus calcanhares em sua bunda, indicando para avançar, ir mais rápido, mais forte.

— Você ficou melhor, mais velho — falei com dificuldade entre a respiração pesada.

— Não, meu amor — passou as mãos por baixo da minha bunda erguendo, deixando em um ângulo perfeito, penetrando mais fundo — Você ficou mais gostosa depois da gravidez e não consigo tirar minhas mãos do seu corpo.

Meu corpo não era mais tão magro e definido como antes. Meus quadris mais largos, os peitos maiores e as coxas mais grossas. Por um momento pensei estar relaxada, indesejada, mas Daemon mudou tudo isso. Ele me procurava, provocava e excitava ainda mais, deixando qualquer pensamento deprimido e inseguro sumir.

— Mais rápido — gritava meu corpo trêmulo com prazer — mais forte Daemon!

— Se continuar mais forte vou te quebrar, minha pequena diaba.

— Então quebra — ergui mais o quadril — eu aguento!

Ele me olhou por um segundo processando melhor o pedido, de joelhos entre minhas pernas, seu torso brilhava com o suor. Observei os seus movimentos e palavras sem sentido saíram quando tirou quase tudo para fora e então enfiou com força.

Engasguei sentindo-o tão fundo.

Isso vale ouvir as reclamações de Laena pelo atraso.

O celular tocava e vibrava em cima do criado mudo.

— Seu celular — avisei preocupada.

— Não vou atender agora! — continuou mordendo meu pescoço e acariciando o bico do seio entre os dedos.

Outro toque e vibração ecoaram pelo quarto.

— Argh! — ele grunhiu raivoso — agora é o seu!

— Precisamos apressar — levantei impulsionando meu corpo contra o dele para o lado.

Daemon ficou embaixo de mim com facilidade. Me olhava surpreso pelo movimento e depois gemeu quando o mergulhei entre minhas pernas.

— Isso foi novo! — afirmou segurando minha cintura com firmeza.

Apoiei um braço na cabeceira e com a outra mão, pressionei seu pescoço um pouco forte, apenas para segurar.

— Definitivamente isso é novo! — cavalguei, encontrando seus olhos tão escuros quanto os meus.

Na cama, sempre foi ele que dominava. Adorava me sentir rendida à mercê de suas vontades, mas pela primeira vez senti tesão em domá-lo, sentir sua vulnerabilidade e seu corpo entregue apenas aos meus desejos.

— Puta merda Rhaenyra! — gemeu fechando os olhos segurando forte na minha cintura deixando eu guiar os movimentos.

Ele gostava de ser domado, já me disse isso, mas suas expressões eram completamente diferentes agora.

— Olha para mim! — pressionei mais forte seu pescoço, erguendo seu rosto com o meu polegar.

Daemon não disse nada. Permaneceu com os olhos abertos, obediente. Abriu a boca como se fosse dizer algo, mas desistiu no meio do caminho.

Deixei esse homem sem palavras.

Um calor percorreu meu corpo e eu já sentia meu clímax se aproximando. Segurei mais forte na cabeceira, subindo e descendo mais rápido, querendo ele inteiro.

Ele sussurrou meu nome tão doce, preenchendo sua voz em minha mente e gozei debaixo dele gritando e apertando com força.

Me ergueu o suficiente para estocar com intensidade e gozar se perdendo inteiro dentro de mim.

— O que foi isso? — perguntou ofegante, passando as mãos na minha barriga.

— Não sei, apenas senti vontade de comandar — sorri desenhando círculos com os dedos em seu tórax ainda em cima dele.

— Sinta-se a vontade de repetir — passava as mãos devagar na barriga e entendia bem o que esse gesto significava.

Deitei ao seu lado esticando meu corpo preguiçosamente.

Acendeu seu cigarro deixando o isqueiro no criado mudo e soltando a fumaça para o alto. Quando levou para a boca novamente, roubei tragando satisfatoriamente.

— Você não perde essa mania.

Sorri provocativa, devolvendo o cigarro para a sua boca.

Eu o encarei e ele me encarou de volta, passando sua mão em meu queixo massageando e apreciando o que era seu.

Mesmo depois de me perder em suas carícias, lembrei das ligações não atendidas.

Desbloqueie o celular encontrando 32 chamadas de Laena.

— DROGA! LAENA!

Sobressaltei-me desesperada correndo até o banheiro. Daemon levantou vestindo apenas a calça e olhando para o celular encostado no batente da porta.

— Quem te ligou? — perguntei ensaboando o corpo debaixo do chuveiro.

— Viserys.

— Meu pai? — olhei confusa — O que ele quer?

— Quer almoçar comigo, falar de algo importante. — terminou o cigarro, apagando no cinzeiro — Disse que vai estar sozinho, para não me preocupar. — riu revirando os olhos — Vou levar Aegon, assim ele se diverte um pouco também.

Ele continuou me olhando da porta com os braços cruzados.

— Nem vou entrar, vou te atrasar ainda mais.

— Isso, coloque suas mãos bem longe — gritei enxaguando a espuma do corpo.

Terminei o banho, secando e me enrolando na toalha. Caminhei até ele deslizando carinhosamente minhas mãos em seu braço.

— Não usamos camisinha.

— Você toma os remédios — sua voz saiu mais baixa que o normal e tentava disfarçar a tristeza em saber do meu medo de ter outro filho.

— Desculpa Daemon, mas ainda não consigo, tenho medo...

— Não se desculpe — acariciou meu rosto entre suas mãos — está tudo bem!

Não, não está. Eu sei que não está. Consigo notar sua tristeza, seus toques em minha barriga quando sempre gozamos, sua vontade de ter mais filhos.

Essa angústia precisa sair de mim.

***

Cheguei finalmente ao ponto de encontro combinado. Avistei de longe enormes cabelos prateados e encaracolados, gesticulando irritada e batendo o pé repetidamente com Laenor.

Ela vai me matar.

— A margarida finalmente apareceu. — disse Laenor sorrindo ironicamente.

— Espero que tenha ótimos motivos pela demora! — mãos na cintura, cenho franzido e olhar de psicopata, assim foi a forma que Laena me cumprimentou.

— Perdi a hora.

Parabéns Rhaenyra, ótimo argumento.

Laena fiscalizou de cima a baixo tentando encontrar algo. Olhava detalhadamente a roupa, o cabelo e fixou seus olhos violeta em meu pescoço.

Merda! Com certeza Daemon deixou marcado para provocar.

— Não sabia que o despertador se chamava Daemon — suavizou o rosto com um sorriso sem vergonha — Sem julgamentos! Se fosse meu tio, faria o mesmo.

— Laena! — exclamei.

— Com certeza! Esse homem precisaria fazer um transplante de pau de tanto que iria usá-lo — pontuou Laenor batendo de ombro com a irmã.

— Na verdade, você nunca me disse qual era o tamanho dele, como ele faz, o que gosta na cama...

— Desde quando minha vida sexual virou pauta dessa conversa?

— Ninguém mandou atrasar UMA HORA! — os dois falaram juntos.

Laena era terrível sozinha, mas com Laenor, parecia a dupla do caos em ação.

Estou arrependida de chamá-los para escolher o vestido de noiva perfeito.

Estranhos PrazeresOnde histórias criam vida. Descubra agora