Revelações

1.1K 59 15
                                    


— Divulgaram algumas fotos nossas no pub ontem de noite, mas Mysaria está cuidando disso — disse Daemon caminhando até onde estava — Não precisa se preocupar, ela sempre resolve.

Respirei fundo antes de soltar a mensagem que acabei de ler.

— Daemon... Infelizmente a pessoa que não gostaria que visse, já viu — entreguei meu celular para ele com a mensagem aberta.

Ele arregalou os olhos

— Merda! — pegou seu celular para verificar as mensagens — Certo, Viserys com certeza quer me matar. Ele quer encontrar comigo aqui em casa, disse que está voltando hoje mesmo.

— Certo e qual mentira vamos contar?

— Mentira? — seu olhar confuso percorreu meu rosto.

— Sim, nós só passamos uma noite...

— Hmn — ele cantarolou — era só isso o que você queria então?

Nesse momento entendi a merda que estava falando e qual sentimento estava passando. Por que eu disse isso? Rhaenyra sua estúpida! Claro que queria mais, mas nesse momento o desespero bateu mais forte e não estava conseguindo raciocinar de forma coerente.

— Daemon não é isso o que quis dizer, não interprete errado por favor — cheguei mais perto passando as mãos em seus braços — não quero que pare aqui! Eu estou nervosa e falo coisas estúpidas.

— Se você quiser mentir tudo bem — ele me olhava mais sério — eu só preciso entender o que você quer.

Eu quero você.

Porém, as palavras não saíram, então ele analisou meu semblante confuso.

— Vou confirmar com Viserys. Acho melhor você voltar para casa.

Daemon se afastou indo em direção ao sofá. Pegou seu maço de cigarros e acendeu um, levando até a boca, tragando e soltando a fumaça cinza para o alto deixando a cabeça tombar para trás.

— Não vou embora, quero falar com o meu pai também.

— Eu cuido disso, dessa forma assumo toda a culpa e ele desconta a raiva apenas em mim.

Caminhei até ele subindo em seu colo envolvendo minhas pernas em sua cintura. Seus olhos se encontraram com os meus apoiando seus braços no encosto do sofá.

— Esse assunto é do meu interesse também, então vou ficar, você querendo ou não.

Apagou o cigarro no cinzeiro da mesa ao lado esticando seu braço, mostrando com mais detalhes as tatuagens de dragões. Seu olhar não se desviou do meu e fixou sua atenção nos meus lábios. Mais uma batalha vencida. Seus dedos calejados pelas cordas da guitarra deslizaram sobre meu queixo. Delicadamente me puxou batendo seus lábios nos meus despejando beijos carinhosos.

— Você é uma criatura teimosa — disse baixinho com a voz rouca fazendo todos os pêlos do meu corpo arrepiarem.

Mordi seu lábio inferior e nos aprofundamos no beijo até perder o fôlego. Agarrou meus quadris puxando-me mais próximo para sentir seu membro já duro.

Que fique para amanhã o trabalho, posso enrolar mais um dia.

Ele se esticou para pegar a carteira em cima da mesa e tirar uma camisinha.

— Daemon, não precisamos. Tomo anticoncepcional há anos...

— Não, não! Cai nessa mesma história Rhaenyra e tenho uma filha de 18 anos — olhava sério e decidido. Tal ideia não passaria tão cedo pela aprovação dele — Dê tempo ao tempo.

— Eu quero sentir você — fiz beicinho enquanto me ajeitava em seu colo.

As pálpebras se fecharam e tive a certeza do quanto ele se segurava para não ser convencido facilmente. Percorri o dedo indicador na pele do seu rosto sentindo a barba bem fina por fazer começando a aparecer.

Como pode um homem ter virado a minha vida e me fazer sentir esse magnetismo profundo em tão pouco tempo?

As mãos viajaram para baixo de sua camiseta preta desbotada, com a estampa de uma banda que não faço ideia. Mordisquei seu queixo e um gemido involuntário saiu dos seus lábios. Ele não estava impaciente, era como se quisesse que domasse e acaricia-se cada extensão do seu dorso, cintura e abdômen.

Queria ser apreciado, isso não seria difícil.

Dobrei gradualmente a camiseta subindo devagar até mostrar seu peito nu. Não era mais novidade essa visão, mas meus olhos sempre se surpreendem com o que vê. A pulsação entre minhas pernas soava avisando que precisava dele ali, mas queria ir devagar. Joguei no chão a peça de roupa e deslizei a mão desenhando as tatuagens do seu corpo.

Sua atenção estava focada nos meus olhos. A forma como admirava-o fazia seu peito subir e descer com mais rapidez. Decidi deixar minha própria marca em seu corpo para enfeitar ainda mais suas tatuagens, além da mordida no pescoço que presenteei na noite passada. Encostei no pescoço cheirando seu perfume, chupei a fina pele na dobra entre seu ombro esquerdo. Seus dedos entrelaçaram nas madeixas me deixando mais excitada.

Vê-lo com prazer mexeu com meus sentidos e estava embriagada de tesão.

— Se quiser me foder agora é melhor colocar essa camisinha — sussurrei entre seus lábios e ele esboçou um sorriso malicioso.

Ergueu a embalagem até a boca, rasgou com os dentes e tirou a camisinha. No meio desse processo, me despi com a pouca roupa que restava no corpo. Ajudei-o tirando as calças e ele desenrolava em torno do seu pau de uma vez.

Estava tão duro, inchado e pronto que até podia sentir sua sanidade indo embora mais uma vez.

— Coisinha safada que você é — disse baixinho estendendo seu braço e tocando meu rosto tracejando meus lábios.

Um sorriso se formou na minha boca. Eu adorava quando dizia essas coisas.

Nós nos ajeitamos, e ele deslizou seu pau pelo calor do meu sexo e montei devagar até entrar por inteiro. A sensação era tão incrível que fiquei tonta com tanto desejo que sentia por ele. Direcionava em cima e embaixo lentamente. Ele molhou a ponta de seu polegar na língua e fez círculos no meu clitóris. Um arrepio subiu pelo meu pescoço e meus olhos se fecharam com um pequeno gemido escapando da boca.

Abaixei e beijei sua boca intensificando meus movimentos. Suas mãos enormes envolviam minha cintura direcionando como queria a pressão até seu pau. Sua respiração imediatamente se tornou entrecortada. Um estalo ecoou na sala com a batida da sua mão em minha bunda, enquanto puxava meus cabelos e chupava meu pescoço com força, gemendo como um selvagem. Ele era intenso, e eu amava isso. Me senti poderosa por ser a pessoa que fazia este homem gemer tanto.

Em um movimento rápido, Daemon mudou nossa posição me deitando no sofá. Seus quadris direcionaram com mais força e acelerando.

— Você está tão perfeita debaixo de mim.

As pernas tremiam e atingimos um ponto que não conseguia resistir. Ele puxou minha perna para cima até o joelho chegar ao ombro, e então ele enfiou ainda mais fundo, mais forte e rápido. Meu corpo arqueou e gritava assim que o clímax chegou. Meu corpo pingava e permaneci alguns segundos esparramada com o prazer que acabei de sentir. Era algo difícil de descrever.

— Me dê mais um — disse massageando meu clitóris e seu pau deslizando para dentro e para fora.

Deus é bom demais. Fechei os olhos, deixando minha mente mergulhar nas sensações, enquanto gozava de novo com um grito rouco e surpreso. Estava suada e ofegante.

Cravei minhas unhas nas suas costas e percebi que ele não se seguraria por mais tempo.

— Mais forte — ele implorou.

Mordi seu ombro chegando perto do peito.

— Goza — disse arranhando suas costas possessivamente — quero sentir você gozando.

Senti seus músculos tremendo, as mudanças na respiração e os sons cada vez mais altos enquanto ele mudava o ângulo dos quadris e entrava tão fundo. Gozou grunhindo alto em meu pescoço.

Estava exausta, dolorida e despedaçada.

Não queria mais voltar para casa.

***

Apesar de o nosso fogo ser intenso, conseguimos comer, tomar banho e parecer duas pessoas normais. Meu pai anunciou a sua chegada e me preparava para a discussão que começaria. Meu estômago se apertava numa grande bola de ansiedade.

Daemon abriu a porta assim que a campainha ressoou no apartamento. Lá estava ele, meu pai, Viserys, pronto para quebrar a cara do meu tio.

— Eu espero que você tenha ótimos motivos para aquela aproximação com Rhaenyra — ele entrou de supetão e sua ficha ainda não caiu que estava bem ali.

— Boa tarde para você também irmão.

— Não comece com o seu sarcasmo — disse irritado olhando apenas Daemon e ignorando tudo ao seu redor — demoramos 18 anos para se reencontrar, para te perdoar por abandonar nossa família.

— Abandonar? A idade deve estar chegando mesmo, você esqueceu os verdadeiros motivos do por que fui embora? — estava irritado e com os braços cruzados se segurando para não cometer nenhum ato impulsivo.

Tentando se encostar para sentar, finalmente meu pai vislumbrou onde estava.

— Rhaenyra? — olhava confuso — O que está fazendo aqui?

— Esse assunto me envolve também.

— Por que chamou ela até aqui Daemon? Esse assunto deveria ser resolvido apenas por nós.

— Eu dormi aqui pai! — essa frase pareciam diversas lâminas cortando lentamente o corpo do meu pai. É como se tivesse jogado a última esperança que tinha de que tudo isso não passasse de um mal-entendido.

Ele cambaleou um pouco. Daemon tentou segurá-lo, mas ao sentir seu apoio, meu pai se desfez bruscamente de seu toque e sentou sozinho no sofá.

Sofá esse que horas antes estávamos fodendo. Se soubesse, teríamos que levá-lo urgente até o hospital.

Meu pai não era um homem doente ou frágil, mas quando envolve algo emocional seu drama aumenta e seu corpo reage na mesma hora.

— Então vocês realmente estão juntos?

— Sim — eu disse.

— Não — Daemon disse.

Nos olhamos confusos tentando entender que ponto cada um queria chegar.

— É sim ou não? — meu pai estava perdendo a paciência e não conseguia ficar em paz.

— Sim Viserys, aconteceu.

— SEU MALDITO! — ele levantou tão rápido pegando Daemon pela gola da camiseta — VOCÊ É UMA PRAGA, SEMPRE FOI!

Tentei me aproximar para auxiliar, mas Daemon sinalizou com a mão para não continuar. Ele também não tentava se afastar ou reagir de forma hostil. O ódio do meu pai era perceptível, estava com o rosto vermelho de raiva e precisou puxar Daemon mais próximo para igualar alguns centímetros de diferença na altura.

— Pai, ele não me forçou a nada, quis desde o primeiro momento isso.

— Ele é seu tio Rhaenyra, mais velho que você, devia ter colocado a mão na consciência e pensado na gravidade desses atos.

— Meu deus Viserys, nossos pais eram irmãos, por que está criando esse drama desnecessário?

Antes de cometer qualquer agressão, o tinir de chaves batia na maçaneta da porta. A garota de pele escura e ar jovial entrou lentamente vendo a cena na sala do apartamento. Nettles retornava hoje, penso que todos nós esquecemos desse detalhe importante.

— Pai, o que está acontecendo aqui? — ela perguntava confusa terminando de fechar a porta e colocando sua enorme mochila no chão, próximo à mesinha com vaso sem flores.

Meu pai ficou confuso. Ele mediu de cima embaixo a garota.

— Pai... Não me diga que...

— Sim Viserys, eu criei ela, não entreguei a nenhum orfanato conforme você e todos me aconselharam. Você ainda tem a coragem de dizer que sou a praga dessa família?



***

Nota: Depois de diversas ameaças e mensagens, finalmente o capítulo chegou hahaha. Desculpem essas semanas tudo foi uma loucura, porém vou recompensar com novidades para esse final de semana. Minha outra fanfic "Um dragão não é um escravo", ganhará atualização também, então se você não acompanha, corre lá.

Pergunta: Vocês teriam interesse em POV do Daemon no próximo cap? Me avisem se gostariam :)

Espero que gostem e por favor deixem comentários, eu amo ler cada um deles. Me siga no Twitter: moneceles

Beijooos

Estranhos PrazeresOnde histórias criam vida. Descubra agora