Casamento parte 01

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Entramos no camarim desajeitados entre beijos e gemidos, fechando a porta grosseiramente e tropeçando em alguns fios jogados dos instrumentos. Precisava consumi-la de todas as formas, sentir sua pele, seu cheiro, seu toque. Não importava se passaram apenas três dias da nossa última transa, eu precisava sempre urgentemente dela.

Não conseguia deixar de tocá-la, passando as mãos por todo o seu corpo e adorando como estava vestida. A curva da sua cintura e os seios avantajados roçando em meu peito com os mamilos endurecidos e prontos para serem chupados.

A jogaria no chão e transaria ali mesmo, mas precisava certificar se ela não queria um lugar mais confortável.

— Podemos ir até um hotel e saborear você inteira em uma cama.

Ela sorriu ofegante, passando as mãos em meu rosto.

— E acabar com o meu fetiche em transar com alguém famoso no camarim? Nem pensar, Daemon, isso é o sonho de toda mulher.

— Você deveria ter falado antes sobre seu fetiche, teria realizado tantas vezes.

Seu rosto se iluminou com uma luxúria intensa, mordendo os lábios e fingindo uma doce inocência por trás dos seus olhos violetas.

Maldita diaba.

A meia arrastão virou uma peça qualquer no chão com seu short. Ela me empurrou no sofá encostado na parede e subiu em meu colo rebolando os quadris contra meu corpo sentindo meu membro duro e desesperado por ela.

Puxou minha calça e boxer até os tornozelos, sorrindo e eufórica pelo desejo.

Eu amava o quanto ela não tinha pudor ou vergonha em buscar o que realmente a satisfazia. Ela sempre soube como queria e não tinha medo em buscar seus desejos. Isso me fascinava e a deixava ainda mais gostosa do que era.

— No que está pensando? — ela perguntou estudando minhas expressões.

— Que você é fodidamente gostosa.

Rhaenyra puxou meus cabelos, mordendo meu lábio inferior e sugando um gemido rouco.

Meus dedos resvalaram por sua bunda nua alcançando sua boceta e deslizaram por sua umidade fazendo ambos gemer.

— Porra Rhaenyra! Tão molhada! — lambi a pele de seu pescoço, mordendo o queixo, suspirando por sua pele macia.

Ela apertou involuntariamente em resposta os dedos e não resisti, enfiando mais fundo chegando naquele ponto especial que a fazia tremer.

— Oh! Isso, porra, isso!

Seu pescoço estava salpicado de chupões, mordidas e suas costas arquearam com as estocadas dos meus dedos.

Com a mão livre, puxei sua camiseta e abri o fecho de seu sutiã revelando os seios cheios e empinados.

— Caralho, você é tão linda — antes de ouvir qualquer resposta minha boca sugou seu mamilo arrancando outro gemido cortado.

Suas mãos agarram meus cabelos, desfazendo o coque e soltando os fios em torno dos meus ombros.

Ajustei meu pau em sua entrada, levantando-a levemente. Pressionei as mãos em seus quadris e puxei em um único movimento entrando inteiro nela. Ela gemeu, cobrindo a boca para não soltar nenhum som.

— Não minha gostosa, você não vai conter seus gemidos — tirei suas mãos da boca beijando delicadamente os nós dos dedos, e aproximei seu corpo ainda mais forte fazendo-a gritar.

— Alguém... Alguém pode ouvir.

— Não me importo — pressionei seu pescoço sentindo um leve tremor em seu corpo — consegue gritar meu nome?

Assentiu com a cabeça, mas não estava satisfeito, precisava ouvir.

— Fala!

— Si- sim.

— Sim o quê?

— Sim Daemon, eu... Eu consigo.

— Então grita!

Agarrei seus quadris manipulando do jeito que queria, estocando-a dentro e fora, forte e sem delicadeza, deliciando com seus seios balançando, seus cabelos soltos e suas unhas cravando forte nos ombros deixando um rastro de sangue para me preocupar depois.

— Oh Daemon!

— Ainda não ouvi — enfiei mais forte, mais fundo sentindo suas mãos agarrarem meus ombros com força.

— Daemon!

— Mais alto!

— DAEMON!

Ela gritou exatamente como queria.

— Isso minha coisinha safada, grita!

Seus quadris quicaram e rebolaram punitivamente para me fazer enlouquecer. Rhaenyra sabia exatamente como me provocar e sua boceta molhada e quente estava me matando.

Os dedos ficaram marcados em suas coxas e doloridos com a pressão de como a segurava. Ela estava perto de seu clímax, seus gritos mais altos e sua carne fervendo apertando ainda mais denunciavam seu prazer.

— Diga mais alguma coisa, por favor — ela suplicou.

Minha garota gosta de palavras sujas.

— Você fica ainda mais linda com sua boceta recheada com meu pau, suada e gostosa me pegando tão bem. — introduzi o polegar em sua boca umedecendo com sua saliva e direcionei até o clitóris circulando devagar enquanto guiava seus movimentos com a outra mão.

Ela tremeu puxando mais forte meus cabelos e fechando as pálpebras delirando.

— Seu rosto fica perfeito quando goza, corada e divina, pedindo tão obediente para te foder gostoso.

Suas pernas não conseguiam mais acompanhar o ritmo e em um único movimento coloquei seu corpo debaixo do meu e estocando mais fundo, levantando sua bunda com cada movimento.

Senti seu orgasmo apertando, ferozmente, gritando meu nome e se entregando debaixo de mim, gozando vigorosamente. Com mais algumas estocadas, gozei explodindo meu orgasmo intenso, gemendo em seu pescoço.

Deitei em seus seios após passar a intensidade do momento, massageando sua barriga carinhosamente, pensando se seria menino ou menina em seu ventre.

— Ainda não temos certeza.

— Eu tenho. Isso já basta! Conheço seu corpo o suficiente para afirmar.

Ela sorriu entrelaçando em pequenos redemoinhos os meus cabelos.

— Você disse que vamos casar amanhã, mas não planejei nada...

— Nettles cuidou de tudo. Antes de contar sobre a apresentação, deixei tudo certo com ela, Laena e Laenor. Nós vamos dormir em um hotel e amanhã cedo voltaremos para casa e você vai apenas se arrumar, sem se preocupar com nada.

— Eu te amo — sua voz era tão suave e seu toque carinhoso. Nossos narizes se tocaram unindo a respiração.

Será que Rhaenyra tem ideia do quanto sou doido por ela?

— Eu sei. — respondi com um sorriso torto.

Rhaenyra bateu em meus ombros achando graça pelo meu deboche. Puxei entre meus braços com um beijo calmo e demorado.

***

— Quando você viu o papai pela primeira vez, como foi? Foi amor à primeira vista?

O álbum de casamento dos meus pais era algo divino. Adorava a ideia de conto de fadas, do primeiro amor, do sonho de toda menina encontrar o seu príncipe prometido. Mamãe amava papai e queria um amor tão puro e feliz como o deles.

Minha mãe olhava o álbum ao meu lado no jardim de uma tarde ensolarada. Ela era a mulher mais doce que conheci. Não era uma ilusão de filha, mas todos concordavam que ela emanava calma e paz por onde estivesse e não existia um ser humano nessa terra que a odiasse. Ela era demais para esse mundo, para essa família.

— A primeira vez que vi seu pai, estávamos em uma festa da família Arryn. Era uma adolescente tímida e ele outro adolescente tímido. Tínhamos 18 anos na época.

Passamos as fotos analisando a chegada ao altar, a troca de alianças, o beijo e a dança.

— Seu pai tinha um jeito adorável de menino ingênuo e gostava disso. Porém, nós éramos um completo desastre para comunicação. — ela sorriu.

Ao passar a página, uma foto me chamou a atenção. Mamãe dançava com um rapaz mais novo, de brincos e cabelos longos em um coque bem feito com a postura melhor mostrando entender mais sobre valsa do que meu pai.

— Quem é esse?

— Esse, — ela suspirou, seus olhos se tornaram tristes e cobertos de uma saudade que não compreendia - é o responsável por fazer esse casamento dar certo.

Olhei atenta estudando suas feições. Ela sentia apreço com esse desconhecido na foto. Desconhecido para mim, é claro.

— Você gosta dele? — perguntei temendo a resposta. Será que meu pai não foi o grande amor dela? No entanto, ela disse ser responsável sobre a união deles, então um sentimento apenas de afeto seria?

— Não deveria falar dele para você, seu pai infelizmente não suporta ouvir nem ao menos seu nome.

— Vocês... Eram namorados?

Ela sorriu achando absurdo meu comentário aliviando a pontada de dor que surgiu no peito.

— Não, ele é irmão mais novo do seu pai. Na festa, ele tinha 12 anos. O garoto mais desbocado e extrovertido que conheci. Ele tinha aquele estilo badboy e parecia mais velho do que realmente era por conta da sua altura. — voltou o seu olhar para a foto relembrando os momentos — ele percebeu meus olhares para Viserys e encostou ombro com ombro dizendo "se você está esperando meu irmão aproximar, você vai morrer e isso não vai acontecer" — ela gargalhou adorável — ele tinha razão.

— O que aconteceu? Como ele conseguiu?

— Ele sussurrou alguma coisa para Viserys, direcionando seu olhar para onde estava. Naquele momento queria me esconder e sumir de tanta vergonha, mas seu pai estava mais vermelho e nervoso com a situação e, no fundo... Trouxe um fio a mais de coragem para seguir com esse plano.

— E o que ele disse?

— Eu não sei, nenhum dos dois me disse e nunca saberei.

Olhamos o restante das fotos e esse rapaz sorridente sempre perto deles.

— Ele... Morreu?

— Oh, não! Houve uma discussão entre eles e seu pai o expulsou da família e desde então nunca mais voltou.

Pensei em perguntar qual seria o motivo da briga, mas não queria mais tristeza para esse momento. Olhei com atenção para ele nas fotos e é um verdadeiro pecado ter um tio tão bonito e tão longe.

— Será que um dia vou encontrar alguém que me ame?

— Claro minha doce menina — acariciou meu rosto e com três beijos carinhosos em minha bochecha ela sorriu — você merece uma pessoa que faça loucuras por você.

Olhando no espelho o vestido de noiva perfeitamente moldado em meu corpo e um pescoço coberto de marcas da noite passada, conclui que sim, encontrei um homem que faria loucuras por mim.

Nunca imaginei que seria tio Daemon.

Onde minha mãe estivesse, tenho certeza que amaria saber que era ele, fazendo meus caprichos, me mimando com tudo o que gostava e me fazendo imensamente feliz.

— Parece que estou vendo Aemma na minha frente.

Girei os calcanhares encontrando Rhaenys segurando as lágrimas olhando os detalhes do vestido. Sorri emocionada, com lágrimas caindo pelo rosto e fracassando em segurar qualquer sentimento de saudade.

A reação de Rhaenys desencadeou uma dor adormecida e mergulhei em seu abraço, afagando a dor de saber que minha mãe não seria testemunha da minha felicidade.

***

Me olhava no espelho ajeitando as mechas dos cabelos, abotoando a camisa preta com duas finas correntes unindo a gola, a gravata com a mesma textura e cor do paletó deixando um visual monocromático elegante. Uma corrente com um broche de dragão deixava a vestimenta mais charmosa e menos formal.

— Você realmente é um velhote bonito. — Nettles sorria graciosamente analisando da porta — mas hoje ninguém supera a noiva.

— Isso é algo impossível mesmo — aproximei brincando com um cacho solto dos cabelos crespos dela — milagrosamente você usou um vestido hoje.

Ela balançou de um lado para o outro movimentando a barra de babados do vestido laranja.

— Hoje é um dia especial.

Envolvi meu braço em seu ombro e caminhando para o jardim admirando a decoração. O caminho até o altar era repleto de pétalas brancas, um arabesco de flores minimalistas unido com a paisagem das árvores e céu azul ao fundo decorando rusticamente o altar.

Tudo estava incrivelmente maravilhoso.

— Você foi perfeita na decoração — admirava cada detalhe — Rhaenyra vai enlouquecer quando ver.

— Na verdade, ela vai enlouquecer com uma pessoa.

Pegou firme em meu braço conduzindo até o jardim próximo aos convidados. Cregan, Alyn e Erryk batiam palmas toda vez que Aegon andava perfeitamente um longo caminho com a almofada nas mãos e as alianças em seus cuidados.

Aegon era a criança mais linda e adorável. Um perfeito pajem, vestido como um príncipe e os cabelos prateados com mechas onduladas parecendo um querubim.

— Meu príncipe tem uma grande função essa noite — os enormes olhos violetas de Aegon arregalaram ao ouvir minha voz e o sorriso mais doce saiu dele.

— Papa, papa, olhe! — ele deu meia volta caminhando com a atenção redobrada olhando firme para frente.

Ao terminar o trajeto, olhou com atenção esperando a minha aprovação.

Corri até ele, pegando no colo e levantando para o alto arrancando risadas de uma criança sapeca.

— Você foi perfeito meu pequeno dragão!

Todos bateram palmas e gritos de festa, deixando Aegon eufórico.

Alyn caminhou próximo onde Nettles estava. Quando percebeu sua aproximação fechou o cenho e direcionou sua atenção para os convidados que chegavam.

Ele suspirou decepcionado colocando as mãos em seu paletó cinza ficando ao meu lado.

— Vou logo avisando — segurava Aegon no colo enquanto brincava com as correntes da camisa — Não quero saber nada de vocês.

— Daemon...

— Dois adultos, que se resolvam!

Cregan pegou a mão de Aegon oferecendo uma pequena baqueta para ele segurar.

— Isso pequeno, você vai ser um baterista.

— Cala a boca Cregan ele terá uma ótima educação e será um guitarrista igual ao pai. — acertei com chutes na canela forçando ele para longe de Aegon.

— Baterista Aegon, fala B A T E R I S TA.

— Dois estúpidos — Erryk olhava debochado em nossa direção — evidente que será um baixista, apenas aceitem.

— Nós estamos falando de instrumentos interessantes, quando chegar nos fracassados chamamos você.

— Escuta aqui seus filhos da p-

— A CRIANÇA RAPAZES! — a voz de Laena e o rápido movimento tirando Aegon dos meus braços, fez todos calarem a boca. — Homens! — revirou os olhos caminhando para longe com a criança nos braços.

Erryk e Cregan olharam com grande atenção para os quadris de Laena balançando de um lado para o outro entrando na mansão.

— Rapazes! Controlem o pau de vocês!

— Admirando a paisagem Daemon — Erryk levantava os braços.

— Uma grande paisagem — pontuava Cregan.

— Vocês já viram o pai dela? — lembrava Alyn, apontando para Corlys.

— Se fosse vocês, teria medo da mãe! — Rhaenys cortaria todos em pedacinhos sem hesitar.

— Mudando de paisagem, aquela moça não acompanhava todas as nossas turnês?

Erryk indicou sutilmente com o rosto na direção da morena alta, com longas tranças negras, rosto comprido e olhar intimidador.

Ela buscava por um rosto familiar na multidão.

— Aly! — gritei acenando tentando chamar sua atenção.

— Não acredito que você finalmente achou uma doida para casar!

— Fico feliz que veio, cara de cavalo!

— Precisava testemunhar esse milagre e conhecer a noiva. Se ela sinalizar socorro, estarei pronta para ajudá-la.

Aly acompanhou a rotina de entra e sai de garotas durante as turnês e jamais imaginou que casaria e viveria tranquilo com alguém até a velhice.

— E quem vai me acompanhar no altar? Seu irmão?

— Não, ele acompanha a noiva.

— Oh! Ela perdeu o pai?

— Não — ri imaginando sua reação — ele é o pai.

Ela piscou duas vezes olhando confusa para o meu rosto. Conseguia ver as engrenagens de seu cérebro trabalhar e pensar com cuidado nas palavras que sairiam de sua boca.

— Calma! — pegou em meu braço ainda confusa — ela é sua sobrinha? — perguntou baixo como se estivesse escondendo um grande segredo.

— Se ela é filha do meu irmão...

— Ora, não seja idiota! Eu sabia dos incestos da sua família, mas não imaginei que você faria isso também.

Gargalhei adorando a enorme confusão em seu rosto.

— Conversamos sobre isso depois! Agora responda a primeira pergunta: quem é seu padrinho?

— Cregan.

Ela se afastou não acreditando no que falei.

— Você não fez isso comigo?

— Fiz!

— Vou embora!

— Pelo amor Aly você precisa tentar!

Caminhou furiosa até a saída, batendo os pés e levantando a barra do vestido azul-céu.

— Não posso fazer isso e se ele me odiar? Será doloroso saber que nunca poderia ser uma opção.

— Ele seria um idiota de negar você!

— Não me iluda Daemon, só aceitei o convite porque faria a função de madrinha, se soubesse desse seu plano cupido, recusaria na mesma hora.

— Confia em mim!

Sugou uma quantidade de ar preenchendo seus pulmões e ajustou o vestido tentando disfarçar a ansiedade.

— Se meu coração for despedaçado, arrebento a sua cara. — colocou as mãos na cintura séria, franzindo o cenho e respirando com dificuldade pela boca — Onde fica o banheiro? Preciso... surtar em um lugar privado.

Apontei para dentro da mansão sugerindo que Nettles a ajudaria.

***

Olhei ao redor analisando se todos os convidados haviam chegado. A hora da cerimônia começar, estava próximo e nenhum sinal de Viserys. Deveria me preocupar por seu atraso? Ele não recusaria entrar com Rhaenyra no altar, nossas desavenças estavam resolvidas e não teria motivo para se ausentar no dia mais importante de sua filha.

Rhaenys organizava alguns arranjos das mesas e orientava os garçons.

— Você falou com Viserys? Ele deveria ter chegado!

— Calma primo, ele virá.

— Vou ligar no celular dele, meu irmão sempre foi pontual.

Peguei o celular do bolso e disquei rapidamente o número dele. Leve até a orelha esperando o primeiro toque.

— Daemon — ela pegou firme em meu ombro evitando continuar a ligação — não faça nada precipitado, mas vamos resolver essa situação juntos.

— Do que está falando?

Ela indicou com o rosto fazendo meus calcanhares girarem e encontrar Viserys e Alicent entrando de braços dados.

Merda! Ele não fez isso comigo!

***

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