Olhava Viserys repousar pelo lado de fora do quarto.
Alicent estava rezando de joelhos apoiada na cama. O hospital avisou o ocorrido da madrugada conforme ordens que ela solicitou. Por mim, ela poderia sumir e deixar meu irmão descansar em paz.
Depois que as enfermeiras usaram o desfibrilador, seu coração voltou a bater. Foi necessário induzi-lo ao coma, porém segundo o médico, não permanecerá assim por muito tempo. Sua perna esquerda foi comprometida e precisará dos máximos cuidados até retomar a fisioterapia e com muita dedicação, voltar a andar normalmente.
— Não avisei nada a Rhaenyra — aproximou Rhaenys me entregando um café expresso — Seria um choque muito grande e poderia comprometer na gestação.
— Obrigado prima! Realmente foi o melhor a fazer.
Alicent saiu do quarto vislumbrando meu rosto com raiva. Já senti que essa vaca verde vai me encher o saco.
— É só você aparecer, e tudo de ruim acontece com ele.
— Na verdade, foi só ele se casar.
— Tenho certeza que tentou matá-lo nessa madrugada para ficar com a maldita herança — estava visivelmente alterada e pronta para expressar todos os seus sentimentos de repúdio contra mim.
Ela aproximou insinuando algum tipo de "tapa", erguendo sua mão magrela e direcionando seu corpo até o meu. Não movi um centímetro de onde estava. Queria qualquer motivo para colocar essa vaca no seu devido lugar.
— Rhaenys, some com essa mulher da minha frente ou vou cometer uma loucura.
— Que loucura? Me matar?
— Não responde! — disse Rhaenys apontando seu longo dedo indicador me conhecendo tão bem — Vocês parem de lavar a roupa suja no meio do corredor do hospital. Viserys quase morreu, tenham respeito.
Alicent abriu a boca para dizer algo, mas perdeu a coragem. Ela sabe exatamente como meu temperamento volátil é e não penso nas consequências dos meus atos. As cicatrizes que tenho nos punhos resultados da minha adolescência conturbada, são a prova de todas as histórias que seu digníssimo pai deve ter contato. Alicent não é burra, longe de ser. Esse tipo de cobra, conheço bem, se esconde na suposta menina inocente e religiosa para alcançar de forma vil o que deseja. Claro, Otto também participa desse plano nojento.
Infelizmente meu irmão não tem a mesma percepção para o lado podre dos Hightower. Adora enaltecer seus bajuladores ficando contra sua própria família, sangue do seu sangue.
No entanto, depois daquela declaração no leito de morte, trouxe uma felicidade em meu peito e consegui lembrar do meu velho irmão.
— Daemon, volte para casa, ficarei aqui com Viserys — seu rosto encontrou da crente verde maldita — e você Alicent, pare de acusações graves sem fundamento. Ficaremos juntas aqui.
Juntas? Rhaenys só pode estar louca. Meus olhos não escondiam a desaprovação por essa decisão.
— Eu sei o que estou fazendo — ela disse com a voz baixa — Vá, cuide de Rhaenyra, conte a verdade antes que saiba da boca de outras pessoas.
Rhaenys tinha razão, precisava cuidar de Rhaenyra. Se ela soubesse dos acontecimentos por outras pessoas, ficaria chateada e qualquer alteração sentimental pode comprometer a sua gravidez.
***
Quatro meses se passaram...
Viserys felizmente se recuperou e voltou para casa com uma saúde incrível. Rhaenyra resolveu contar tudo para seu pai e para nossa felicidade ele se emocionou ao saber que seria avô e prometeu que não iria se intrometer em nosso relacionamento.
Ele já havia confessado isso antes, mas ouvi-lo dizer lúcido, realmente era algo que me deixava feliz.
Resolvemos mudar para uma das mansões da família ficando próximos de Viserys. Não confiava em Alicent cuidando dele, sozinha e queria apenas me assegurar que nada de ruim acontecesse.
Ficar próxima do seu pai deixaria Rhaenyra em paz também e poderia visitá-lo sempre que sentisse saudade.
Redecorei o quarto de hóspedes e começamos a organizar cada detalhe para a chegada de Aegon. Sim, era um menino. Quando escutei seu coração bater pela primeira vez me fez sentir o homem mais bobo e feliz do mundo.
Além do quarto, um escritório particular foi remodelado para as necessidades dela. Mesmo após descobrir a gravidez, Rhaenyra não deixou de trabalhar. Não devido ao dinheiro, nossa família era rica e somando a herança dela com a minha não precisaríamos trabalhar por anos, mas o design de joias era realmente algo que a deixava determinada. Ela nunca foi uma mulher de ficar parada e desfrutar dos mimos de ser herdeira, gostava de bancar seu próprio luxo e adorava quando a mimava com presentes.
Seus olhos sempre brilhavam ao ver uma peça de sua autoria. Não posso negar que suas joias eram feitas fora do padrão e diversas empresas buscavam pelo seu design arrojado.
Agora, ela se encontrava em seu quarto com o iPad desenhando uma nova coleção.
Sempre teve um corpo esbelto, com curvas nos pontos certos e uma cintura perfeita, mas estava com uma barriga bem saliente nos seus cinco meses de gestação, redonda e com a pele mais brilhante e macia. A gravidez a deixava ainda mais linda.
Acariciava e cantava todos os dias deitado na barriga dela. Era tão insuportável que Rhaenyra precisava pedir pelo amor de deus para sumir um pouco.
— Você é um pai babão — estávamos deitados e minhas mãos passavam pela barriga suavemente enquanto ela colocava o iPad na cômoda.
— Queria que fosse indiferente?
— Não, só menos emocionado — ela riu.
— Pensei que ficaria mais alterada por conta dos seus hormônios. Você continua a mesma, porém maior.
Ela despejou tapas em meu ombro se sentindo ofendida.
Prendi entre meus braços e beijei sua doce e carnuda boca. Ela ficou ainda mais selvagem a cada mês e adorava satisfazê-la. Vê-la gozar tão lindamente em cima do meu pau, esperando nosso filho, era a visão mais perfeita que poderia ter.
Um fato engraçado e difícil de explicar era ver Rhaenyra carregando nosso filho em seu ventre, fazendo um fogo se alastrar por meu corpo. Não que tivesse uma tara por mulheres grávidas, longe disso, mas todo esse desejo era concentrado nela.
Rhaenyra continuava provocativa e com um apetite três vezes maior. Era voraz e selvagem. Se fosse possível engravidar durante uma gestação, ela conseguiria essa façanha sem dúvidas.
— Será que você ainda vai me querer mesmo após ter nosso filho?
— Que pergunta mais boba!
— É sério! Meu corpo vai mudar...
— Seu corpo já está mudando e meu desejo por você aumentou.
— E depois? Minha barriga vai ficar flácida, minhas pernas cheias de estria-
— Vai ficar ainda mais gostosa e colocarei mais um filho, deixando-a grávida todos os anos.
— Não por favor! — ela dizia desesperada.
Ela adorava pegar minhas camisetas antigas de alguma banda. Nesse momento ela usava do The Black Crowes no qual tornou seu vício e escutou todos os álbuns em menos de uma semana na sua conta do Spotify.
Uma camiseta larga esticada com sua linda barriga e uma calcinha tentadora deixando à mostra suas longas e lindas pernas.
Não importava como estivesse, ela sempre seria minha tentação.
— Você está me comendo com os olhos, meu amor — adorava quando me chamava assim — Seu desejo por sua mulher grávida aumentou essa noite?
Ela sempre será minha diaba, com esses olhos escuros, pupilas dilatadas e um desejo enorme em me reivindicar.
Sua mão começou a deslizar pelo cós da calça, puxando o nó do tecido de algodão, facilitando seu acesso até a cueca com seus dedos ágeis.
— Você está tão duro e pronto para mim.
Solto um leve gemido quando ela começa a acariciar com seu polegar a cabeça, fazendo círculos e movimentando a extensão de cima para baixo deixando-o ainda mais duro.
Uma risada ofegante escapa quando escuta meus suspiros.
— Deita, quero montar em você.
— Minha pequena gananciosa. Deixe-me prepará-la antes.
— Quero você agora! Tenho certeza que vai se ajustar deliciosamente.
Rhaenyra tem o poder de conseguir o que quer comigo. Estou inteiramente à mercê das suas vontades.
Termino de despir e ela segue o meu exemplo, tirando a camiseta e suas roupas íntimas, engatinhando até o lugar que tanto almeja. Ela desliza sua boceta em meu comprimento, gemendo baixo, desenhando um sorriso satisfatório em seus lábios. Sua cabeça cai para trás movimentando seus longos cabelos loiro-prateados, parecendo a deusa grega Afrodite no auge do seu prazer.
Os dedos agarram seus quadris mais largos, marcando sua pele gostosa, deixando-a dolorida para lembrar sempre da sensação das minhas mãos em seu corpo pecaminoso.
Ela ondula seus quadris segurando meu pau pela base, encaixando devagar em seu sexo molhado. Os seios balançavam graciosamente enquanto se moviam. Estavam maiores e perfeitos, fazendo sempre meus olhos desviarem para suas blusas decotadas.
Meus dedos brincam com seus mamilos fazendo-a soltar um gemido atrevido. Seus quadris mexem, ajustando a entrada dolorosamente.
— Você é tão grande!
— Adora dizer isso não é?
— E você adora ouvir — ela responde sorrindo maliciosamente.
Um gemido engasgado fica em sua garganta quando me consome por inteiro. Ela embala para frente e para trás com os olhos fechados e seu rosto iluminado pelo prazer. Ficaria horas olhando-a, enterrado no altar da sua linda boceta.
Meus dedos desenham a costura dos seus lábios, separando-os e enfiando-os em sua boca. Ela chupa, me olhando, ondulando os quadris, subindo e descendo fundo.
Essa mulher ainda vai me matar.
— Nunca vou me cansar de você, sobrinha.
Sua boceta aperta em torno do pênis em resposta.
— Oh! Você gosta de ser chamada assim?
— Daemon... — seus sussurros me deixam louco.
— Vem aqui, minha doce sobrinha!
Ela se curva até minha boca, arrastando meu lábio inferior enquanto a levanto por trás de suas coxas, batendo meus quadris ainda mais fundo. Suas pernas começaram a tremer e sentia sua boceta convulsionar.
E com um violento movimento dos quadris, ela gozou, tremendo e molhada, sussurrando meu nome como uma prece. Não conseguindo controlar mais meus impulsos, eu gozei com um gemido silencioso, com o calor subindo por minhas costas e derramando inteiro dentro dela.
Deslizou ofegante ao lado da cama me olhando. Sua pele corada e um sorriso largo deixando seu rosto ainda mais bonito.
— Você é linda Rhaenyra. Entenda, vou sempre te querer.
Os olhos dela brilhavam me analisando. Ela tinha essa mania de sempre me estudar, entender cada expressão durante qualquer conversa.
— Meu pai pediu para visitá-lo amanhã. Disse ser algo urgente, uma conversa inevitável.
— Ele disse exatamente o que seria?
— Não, tentei puxar o assunto com mais detalhes, mas ele se recusava a dizer, queria apenas pessoalmente — ela deu de ombros — bom, você sabe como ele é, faz drama por pouco e odeia tecnologia, ficar muito tempo no telefone não é do feitio dele.
— Viserys está ficando velho.
— Você não está muito longe...
Expresso uma reação indignado com a resposta e ela retribui rindo.
— E Nett como está?
— Se acomodou bem no nosso antigo apartamento.
— Será que Alyn dorme lá alguns dias?
— Rhaenyra por favor não me faça imaginar minha filha dormindo com alguém, já está sendo horrível saber detalhes do namoro dela pelas mensagens.
— Você vai ser ciumento com Aegon também?
— Não, mas você vai.
Ela olha incrédula afastando o corpo para me observar melhor.
— Não serei uma mãe ciumenta, isso é absurdo.
Eu ri.
— Ah! Você será e vou adorar ver analisando as futuras pretendentes dele.
Puxei seu corpo se acomodando entre meus braços e entrelaçando nossas pernas. Ela circulava as pontas dos dedos entre as tatuagens das costas até o sono nos reivindicar e cair em exaustão até o próximo dia.***
Nota: Hoje foi um comfort capítulo :)
Espero que gostem e por favor deixem comentários, eu amo ler cada um deles. Me siga no Twitter: moneceles
Beijooos
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Estranhos Prazeres
FanfictionConteúdo: ADULTO (+18) Rhaenyra participa do casamento de seu pai, Viserys, com sua amiga (ex amiga agora) de infância Alicent. Em meio ao turbilhão de emoções, seu tio Daemon aparece após diversos anos. Ela não sabia que esse reencontro reacenderi...