Tempo

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Boa parte dos meus dias são cuidando de toda papelada da empresa. Assinaturas, contratos, vistorias, recursos humanos, estava esgotada. Aceitei ser CEO no lugar do meu pai, mas isso consome todo o meu tempo. Prometi que conciliaria trabalho com design de joias, mas é impossível. O pouco tempo que tenho aproveito com Aegon.

Com Daemon sobra apenas migalhas.

Mesmo não tendo a minha atenção nunca se queixou, pelo contrário, me ajudava ao máximo em tudo e sua prioridade era sempre o meu descanso.

Sentia falta dele. Vivíamos juntos, mas parecia que nunca nos encontrávamos.

Trouxe o trabalho para casa hoje e quando olhei a hora era tarde da noite. Levantei da cadeira desligando o notebook e saindo definitivamente do escritório.

Caminho pelo corredor escuro até a sala e escuto vozes de algum filme animado. Provavelmente Daemon e Aegon desfrutavam da história.

Ao chegar, me deparo com a cena mais linda. Aegon estava com a cabeça apoiada em um travesseiro no colo de Daemon. Seus pequenos olhos fechados em um sono profundo, enquanto as mãos de Daemon passavam carinhosamente nos cachinhos prateados. O edredom azul-claro o aquecia e as mãos permaneciam juntas, perto do rosto corado.

— Pelo visto você gostou mais da animação que ele. — aproximei olhando-o com atenção.

— Gosto dessas histórias de superação em filmes infantis — ele sorriu orgulhoso observando Aegon — Terminou o trabalho?

— Decidi deixar para amanhã. Minha cabeça está latejando com tantos contratos — bufei desanimada.

— Vou levar nosso pequeno até o quarto e volto para cozinhar algo. Espere aí.

Daemon pegou Aegon com cuidado, apoiando a cabeça no ombro, embalando-o com o edredom. Nem se o mundo estivesse acabando essa criança acordaria. Ele sempre teve um sono bem pesado e tive muita sorte de não precisar varar noites em claro com cólicas ou agitação. Era uma criança calma.

Segundo Daemon a experiência dele ajudou nesse processo. Passar horas fazendo-o correr e gastar energia o cansava com facilidade.

Eles passam todo o tempo, juntos e não é de se surpreender Aegon sempre chamar pelo pai quando precisa de algo.

Confesso que sinto ciúmes. Desde quando a primeira palavra dele foi "papa" meu coração se aperta pedindo o máximo de atenção.

Será que Aegon não sabe que o amo?

Não posso mais trabalhar e perder todos os momentos preciosos. A primeira vez que andou, o primeiro tombo, as pequenas gargalhadas gostosas de um fim de tarde repleto de cócegas.

— Conheço esse olhar — a voz dele me trouxe de volta — estava com uma grande discussão internamente, não é?

— Sou tão transparente assim? — circulava nervosamente os anéis dos meus dedos.

— Não, mas conheço você bem — sorriu agarrando minha mão — Vem, vou cozinhar algo para você.

Caminhamos juntos até a cozinha e estudei a forma tranquila como Daemon andava. Os cabelos soltos, a camiseta desbotada do Deep Purple e a calça moletom cinza. Os pés como sempre, descalços. Briguei diversas vezes para usar algo ou meias nos dias frios, mas ele simplesmente odeia. Sinto agonia só de imaginar os pés gelados no piso frio.

— Não vou colocar um chinelo — ele olhou por cima dos ombros — aposto que estava pensando nisso?

— Você lê mentes?

Soltou uma gargalhada alta e rouca e não consegui conter o sorriso. O som da sua felicidade fazia meu corpo esquentar.

— Posso ajudar em algo? — perguntei sentada na banqueta alta próximo da bancada da cozinha americana.

— Claro que não! — olhava a geladeira — Você é um desastre na cozinha.

— Você diz isso só porque queimei um arroz. — franzi a testa contestando.

— Um arroz? — ele ergueu as sobrancelhas com uma careta debochada — Uma panela imensa de arroz que alimentava um batalhão inteiro. Por favor, não se aproxime.

Revirei os olhos balançando a cabeça de um lado para o outro. Estava como sempre exagerando, era uma panela grande, inegável, mas me distrai com os pensamentos e queimei um... pouquinho.

Apoiei o cotovelo na bancada e decidi apenas observá-lo. Ele pegou um de seus elásticos para cabelo no bolso da calça e levou até a boca, unindo mecha por mecha para prender em um coque levemente frouxo.

Me pegou olhando-o, girando sutilmente o corpo e soltando uma piscadela se exibindo.

Voltou a sua atenção para os legumes que precisava cortar, mas meus pensamentos tiveram outras ideias e não consegui me conter em abraçá-lo.

Acariciei seu torso, abdômen por cima da camiseta e despejava beijos pelas costas. Senti seu corpo enrijecer quando minha mão deslizou por dentro da calça, segurando seu membro endurecido rápido com o meu toque.

— Rhaenyra... — sussurrava com a voz suave e por deus amava quando dizia meu nome morrendo de tesão.

— Sinto sua falta. — respondi com a outra mão arranhando os braços.

Ele se virou, com um olhar pesado e escuro. Me puxou com facilidade colando nossos corpos e beijando esfomeado, chupando lábios, língua, pescoço. Me tomava por inteiro de um jeito gostoso que só ele sabia fazer.

— Vamos para o quarto! — dizia entre beijos e mordidas.

— Não! — olhei atentamente, no fundo dos seus olhos — Quero aqui!

— Aqui? — olhava confuso — Porquê?

— Faz tempo que não transamos em lugares diferentes — passava os braços em seu pescoço, deslizando a ponta dos dedos na lateral do pescoço e entrelaçando as mãos até o cabelo preso.

— Você está cansada, na cama vai ser mais confortável para você.

— Não Daemon, quero que você me coma aqui, forte e exigente.

Minha voz saiu autoritária e um pouco desesperada. Desde quando Aegon nasceu ele foi cuidadoso. Não reclamo, em todos os momentos me fazia gozar incontáveis vezes, mas sentia falta dele... Bruto.

— Eu sinto falta daquele Daemon que me pegou no banheiro — tirei a blusa devagar, revelando o sutiã vermelho rendado — enrolou o cinto no meu pescoço — a calça deslizou com leveza até o chão — e me fodeu com os dedos, me deixando a beira do abismo no casamento do meu pai.

Seu rosto desceu por todo o meu corpo e meu sangue ferveu sentindo o quanto estava excitado. Demorou para encarar o meu rosto. Aproximou gradualmente, admirando cada pedaço da minha pele.

Em um impulso único, me puxou pela cintura, olhando para os meus olhos, depois para a minha boca e me beijando intenso e selvagem como sempre gostei.

Sugou meu lábio inferior e uma excitação percorreu por todo o meu corpo, puxando-o ainda mais perto, desfazendo o nó do cordão da calça, querendo ele, inteiro para mim.

Sua mão deslizou pela lateral da calcinha e puxou, rasgando-a e passando os dedos entre as minhas pernas, sentindo o calor e o quanto estava molhada.

Enfiou os dois dedos, forte, curvados no ponto especial enquanto seu polegar circulava o clitóris devagar. A outra mão encontrou o fecho do sutiã, soltando e mostrando meus seios inchados. Não parava um segundo de me olhar.

— Você quer forte, não quer?

Ahaaam! — conseguia apenas confirmar, com a voz trêmula entre delírios e tesão.

Abocanhou urgente toda a aréola, sugando e raspando os dentes no bico me fazendo tremer enquanto apoiava na bancada.

Seus dedos não pararam, sua boca me chupava, lambia, mordia e deixava marcas em todo o lugar. Eu gemia, pedindo mais, queria-o dentro inteiro e forte. Parecia que ele realmente lia meus pensamentos porque no mesmo instante ele se afastou e pegou a banqueta, me erguendo pela bunda e sentando na altura perfeita para ele.

Tirou suas roupas rápido e olharia seu corpo até o final dos meus dias porque puta merda ele é muito gostoso.

— Você vai abrir bem essas pernas — ele me fez apoiar em volta da sua cintura — e vai gritar meu nome até ficar rouca — segurou seu pau perto da entrada me torturando excitada.

— Vai Daemon, caralho, assim você vai me matar.

— Você é mais educada que isso.

Que saudade estava dele assim.

— Por favor, me foda!

Ele entrou tão forte, inteiro e quente que minha única resposta foi um gemido alto, tombando a cabeça para trás e segurando firme atrás do balcão.

Meteu, meteu, meteu, meteu, exatamente como queria. Abri ainda mais as pernas e ele gemeu grosso quando sentiu estar indo mais fundo.

Molhou o polegar com a língua e circulava o clitóris devagar em contraste com seu pau metendo rápido e forte. Gemi mais, gritei seu nome até perder a voz e não vi apenas estrelas e sim constelações inteiras, sorrindo ofegante e desossada.

— Olha aqui — ele chamou a minha atenção agarrando meu rosto — olha como entro e saio de você.

A visão. Era. Do caralho. Ver seu pau sumindo inteiro na boceta me deixou mais molhada e meu orgasmo chegava forte, urgente e apertando-o firme.

— Porra Rhaenyra! — gemia apertando com força a cintura — Gostosa, que boceta gostosa.

Erguia meu quadril, ficando com a bunda metade na banqueta e com os calcanhares o trouxe inteiro dentro.

— Não se mexe! — exigi mordendo o lábio.

Me olhava ofegante e selvagem.

Quando rebolei os quadris, esfregando fundo, sua boca se contorceu e seus olhos reviraram. Senti seu pau estourando inchado dentro e meu orgasmo estava muito perto.

Seu corpo brilhava com o suor e as mãos pressionavam e batiam nas coxas deixando-as ardendo e vermelhas. Que corpo gostoso, que pau gostoso, que homem gostoso e ele gemendo grosso doido por mim.

Aproximou meu corpo ainda mais da banqueta e colocou minhas pernas nos ombros, me contorcendo inteira.

Não fazia ideia de como consegui ficar assim e meu corpo estava flexível como nunca foi. Daemon me virava do avesso deliciosamente empurrando seu pau com a força do abdômen.

Meu corpo tremia involuntariamente.

— Diz Rhaenyra!

— Eu vou... — aquela sensação preenchendo as costas e barriga, descendo como fogo até a boceta extremamente molhada — Vou gozar!

Não lembro o que disse, mas soltei diversas palavras sem sentido, gemendo, gritando e lágrimas escorreram pelo rosto pela intensidade do meu gozo.

Fui até o céu e o inferno em segundos.

Daemon gozou em seguida, enchendo-me até escorrer nas coxas, sussurrando meu nome, me chamando de sua.

Deitou sua cabeça em meus seios recuperando o fôlego ainda com os dedos pressionados na minha bunda.

Seu olhar encontrou o meu e sorriu malicioso.

— Gostosa, gostosa, gostosa... — dizia enquanto beijava meu ombro, pescoço, queixo, boca, depois pescoço de novo.

Ele me ergueu em seus braços andando para fora da cozinha.

— O que está fazendo?

— Agora vou limpar essa bagunça que fiz em você.

***

Deitada ao lado dele, passava os dedos em seu rosto, olhando o contorno do maxilar, o formato do nariz, ajeitando os cabelos atrás da orelha.

Apaixonada por ele.

— Porque não casamos?

A pergunta o pegou desprevenido porque seus olhos se arregalaram e tomou espaço para trás analisando melhor o meu rosto.

— É complicado Rhaenyra, você sabe. Sei que você esquece, mas eu sou seu tio.

— Nossa família conseguiu casar, temos dinheiro, podemos fazer.

— Se importa tanto com um pedaço de papel?

— Pedaço de papel? — sentei na cama furiosa, como ele poderia pensar ser apenas isso — Não é só um pedaço de papel, é a celebração do que somos...

— Você tem medo que te deixe?

Tão direto. Talvez meu livro sempre foi aberto para ele e mesmo nas entrelinhas Daemon entendia tão bem.

— Se você se sentir melhor, tudo bem. Eu faço. No entanto, saiba que nunca vou te deixar.

Me puxou pelo cotovelo até ele, abraçando na cintura e beijando devagar até o sono reivindicar e dormir em paz.

***

Nota: Fiz um rascunho de como seria o Daemon na minha fanfic :) Esse final de semana deixo colorido e também faço a Rhaenyra. Então me acompanha no Twitter: moneceles.

Aproveitem esse capítulo gostosinho, porque os próximos

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Aproveitem esse capítulo gostosinho, porque os próximos...

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Beijooos

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