Família

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Rhaenyra cantava baixinho acariciando a barriga deitada na cama após nossa comemoração. Sim, nós celebramos a boa notícia como sempre gostamos, entre gemidos e prazer.

Encontrava-se nua, com a perna esquerda estendida e a direita dobrada, a janela um pouco aberta com a luz do sol da manhã preenchendo o quarto e banhando seu corpo. Poderia passar o tempo que fosse, iria admirá-la sempre. Lembrava aquelas pinturas renascentistas onde a nudez é um ato de liberdade, os seios rosados perfeitos, o rosto de uma deusa, o olhar de diaba. Observei seu cabelo que estava mais longo nos últimos meses e senti uma vontade de agarrá-lo com força e foder seu corpo maravilhoso por trás mais uma vez.

Entretanto, precisava ir devagar, agora ela carregava nosso filho em seu ventre e não gostaria de prejudicar em nada a gestação.

Continuava adorando-a encostado no batente da porta do quarto tomando um café.

— No que está pensando? — ela perguntava erguendo seu olhar curioso.

— O quanto sou sortudo em ter você.

Ela sorriu.

— Se continuar com esses elogios, não saímos da cama nunca mais.

— Então preciso continuar — respondi caminhando e sentando ao seu lado.

Rhaenyra estudava meu rosto com as sobrancelhas arqueadas. Ela fazia isso com frequência, gostava de analisar as minhas expressões e conhecia cada sentimento por trás do olhar, do sorriso, do movimento dos ombros.

— Precisamos contar para Nett as novidades.

— Sim, — murmurei — estou um pouco preocupado em como ela vai reagir.

— Porquê? Acredita que não vai gostar?

— Gostar ela vai, mas é difícil de entender o que passa naquela cabeça de adolescente.

— Tal pai, tal filha — ela brincou.

— Engraçadinha — envolvi meus braços em torno dela e a puxei para um abraço beijando o topo de sua cabeça — Precisamos contar para Viserys também.

— Não vou contar — ela ergueu surpresa com meu comentário — ele não aprova nosso relacionamento, tentei falar com ele por dias e não me retorna, não devo nenhuma explicação.

— Você pensa que vou perder a oportunidade de ver a cara do meu irmão quando informar que será avô e eu sou o pai do neto dele?

Seu olhar não era de aprovação, mas ela me conhecia, gerar um pouco de caos me deixaria feliz.

— Vamos marcar!

— Antes disso, gostaria de comemorar com os rapazes da banda e claro, apresentar você.

Rhaenyra arregalou os olhos um pouco tensa. Não entendi o porquê dessa reação.

— Tem certeza? Eu não queria ser vista como, a namorada estranha.

— Suponho que você deixou de ser namorada faz um tempo — aproximei mordiscando o lóbulo da orelha — Agora você é minha mulher.

Senti seu corpo estremecer quando sussurrei a frase "minha mulher". Ela abriu um sorriso enorme e me beijou faminta passando os braços no pescoço.

— Vai com calma! — Segurei seu rosto entre as mãos.

— Estou grávida não doente Daemon — ela passava as pontas dos dedos em meu peito — não precisa ser cauteloso.

— Eu sei, mas tenho receio, ainda mais nos primeiros meses.

Ela continuou descendo, roçando as unhas no abdômen e guiando a língua até meu membro. Rhaenyra puxou a cueca para baixo e libertou meu pau, observando o quanto ficava duro com sua expressão safada.

— Que homem atencioso eu tenho — conseguia sentir seu sorriso entre o caminho da felicidade (como ela sempre chamava) até meu pau ereto e pronto.

As palavras agora não saiam, agarrei seus cabelos com força enquanto descia e subia sua boca esfomeada. Ela agarrava a extensão do meu pau e circulava sua língua na ponta da ereção.

— Gosto do seu sabor — dizia, me sugando e apertando me fazendo soltar um gemido de prazer — Gosta de me assistir fazendo isso?

Abri a boca para falar algo, mas não conseguia conter os grunhidos e a voz ofegante. Ela girou a língua na ponta olhando para mim com um olhar escuro e cheio de tesão.

Amava quando ela comandava, deixava meu corpo a mercê dela, poderia fazer o que quiser.

Meu instinto mais selvagem surgia quando ela segurava as coxas com força e preenchia fundo a sua boca, tentando me pegar por inteiro. Puxei seus cabelos massageando, guiando os movimentos e estoquei seus lábios fazendo-a soltar um gemido de satisfação.

— Adoro a sua boca — deslizei o polegar até seu lábio — Duvido que você consiga ir mais fundo.

Ela me olhou com fogo nos olhos se sentindo desafiada. Desceu seus lábios me consumindo ainda mais. Arqueou as costas empinando sua bunda gostosa enquanto roçava os dentes e descia mais e mais.

Caralho.

Se me perguntassem qual foi a melhor visão que tive em toda a minha vida, com certeza seria essa.

Ela retomava o fôlego e nesse tempo a puxei, levantando da cama em meus braços e encostando-a na parede.

— Você disse para não ser cauteloso.

Assentiu-me analisando meus lábios com atenção. Apoiou suas mãos em meus ombros e levantei sua perna encaixando meu pau em seu sexo quente e macio. Apertei suas pernas torneadas e lisas enfiando fundo, sentindo-a tremer quando entrei inteiro.

— Tão grosso Daemon — ela sabia exatamente o que falar para me levar ao limite.

Sua boceta encharcada deslizava meu pau com facilidade. Senti as paredes convulsionarem e seu clímax tão perto.

— Está quase meu amor, gosta de ser fodida nessa posição?

Ela concordou com a cabeça revirando os olhos e agarrando desesperada meu pescoço, mordendo meu ombro, soltando palavras sem sentido. Levantei sua outra perna, passando às duas ao redor da minha cintura. Metia vorazmente, movendo os quadris cada vez mais rápido e forte. Ela deixava escapar os mais deliciosos gemidos me deixando perto de gozar.

Seu polegar deslizou em meus lábios e estudava meu rosto, olhando seus peitos balançarem com o movimento de cada estocada rápida e urgente.

O corpo dela tremia anunciando o orgasmo.

— Diz para mim Rhaenyra — sussurrei.

— Vou... Vou gozar — ela tremia — estou tão perto.

Ela me agarrou com força, implorando para ir mais rápido. Em um grito ela gozou e não demorou muito para me liberar dentro dela.

— Adoro quando você faz assim — ela sorria em meus lábios.

— Assim como?

— Com força!

Levantei-a em meus braços, deitando na cama e acariciando sua barriga até adormecer.

***

Nett chegou feliz carregando um bolo com cobertura de brigadeiro. Ela adorava doces e gostaria de mostrar todos os bolos que mais gostava para Rhaenyra.

Realmente não esperava elas se darem tão bem em tão pouco tempo, mas talvez o fato de Rhaenyra ser a primeira pessoa da família que ela conheceu, tenha criado um vínculo mais profundo. Nett se sentia sozinha, mesmo sempre ao seu lado, mas agora ela teria um irmão ou irmã para chamar de família.

— Sua voz no telefone parecia de felicidade pai — passando o dedo indicador na cobertura e provando — Humm, Rhaenyra prova você vai amar — entregava um pedaço em cima do prato.

— Nós temos uma notícia para você — Rhaenyra respondeu antes.

— Vou fumar na varanda.

O olhar de Rhaenyra foi intenso e assassino, dizia "não acredito que você vai fazer isso comigo", sorri pegando o isqueiro e cigarro deixando a porta da varanda entreaberta para escutar a conversa.

— Desde quando você fuma do lado de fora? — Nettles perguntou desconfiada.

— Desde quando descobriu que vai ser pai mais uma vez — Rhaenyra respondeu olhando docemente para ela.

Nett piscou duas vezes tentando absorver a informação.

— Pai de novo? Você está... — disse apontando para a barriga.

— Sim, estou grávida!

— De quanto tempo?

— Oito semanas.

Ela ficou muda. Olhei com atenção encostando na porta, jogando a fumaça para fora.

— Eu vou ter um irmão? — ela sorriu chegando perto de Rhaenyra.

— Ainda não sabemos o sexo...

— É irmão sim, eu sinto, eu sei — ela encostou a mão na barriga feliz — Eu preciso ser melhor, vou ser um exemplo, eu prometo.

— Não estamos exigindo nada de você pequena — respondi voltando até elas — você já é a melhor.

— Eu quero acompanhar tudo, não quero ficar de fora vocês ouviram? — apontava seu magrelo dedo indicador para nós — Vai ter alguma festa? Precisamos celebrar!

— Eu já celebrei bastante com Rhaenyra... — ela cortou minha frase com um tapa em minha barriga.

— Daemon!

— Me poupe dos detalhes, pai — Nett olhava com cara de nojo — Eu não quero sentar em nenhum lugar desse apartamento, certeza que batizaram cada canto.

— Que bom que você me conhece.

Ela fez uma careta cruzando os braços.

— Respondendo à sua pergunta — continuei — pensei em chamar os rapazes, apresentar Rhaenyra e contar a novidade.

— Alyn, tam-também vai estar? — perguntou nervosa.

— Sim, todos os rapazes.

— Faz tempo que não os vejo — bagunçou seu cabelo cacheado um pouco tímida.

Rhaenyra analisou Nett diferente. Parecia que ela pegou algo nessa frase que eu não consegui identificar.

— Vou falar com eles, pensei no sábado agora às 7 pm.

— Estarei aqui — respondeu sorridente.

***

— Então você é a famosa mulher que conseguiu endireitar esse cachorro velho — abriu os braços Erryk abraçando-a.

— Só o fato de você conseguir aguentar a chatice dele, merece um prêmio — Cregan beijou a bochecha dela olhando-a — Ela é muita mulher para você Daemon, que feitiçaria você fez para conseguir ela?

— Você vai ver a feitiçaria quando pegar o cabo da vassoura e enfiar no seu...

— QUE ISSO? Rhaenyra faz alguma coisa — Cregan se escondia atrás dela.

Ela gargalhava com a situação.

— Esses rapazes apenas só me envergonham — aproximou Alyn abraçando-a com ternura.

Reunir um bando de músicos em um só lugar era uma péssima ideia. Em menos de 5 minutos alguém estava cantando, tocando, fazendo barulho, enlouquecendo os vizinhos e fazendo o interfone tocar todas às vezes por uma reclamação.

Não ligava, estava muito feliz com todos bebendo e festejando na varanda.

— Então meu velho amigo — perguntava Cregan encostado no parapeito — quais as novidades?

— Vou ser pai de novo.

Erryk parou o violão abruptamente. Eles congelaram, fazendo uma breve troca de olhares.

— Rhaenyra está grávida? — perguntou Alyn.

— Não, sua mãe... É claro que é a Rhaenyra seu animal — Cregan tinha a delicadeza de um mamute.

— Não sei qual a necessidade de falar assim — respondia Alyn revoltado.

— Sim, — afirmei rindo — ela está grávida.

Cregan continuou olhando-me analisando cada reação.

— Isso é inacreditável — dizia Erryk animado — vocês vão ter um bebê.

Eles levantaram abraçando e dando tapas fortes nas costas de felicidade. Erryk era o mais animado, levantando Rhaenyra com um forte abraço parabenizando-a.

— Nett ficará feliz — disse Alyn com um sorriso bobo — ela se sentia sozinha.

Notei Rhaenyra me observar. Não parava de me olhar depois de todas as felicitações e brincadeiras pela novidade. Caminhei até ela tentando entender seu olhar curioso.

— Posso saber o por que tanto me olha? — perguntei beijando seu ombro — Conheço todos os seus olhares e sei que esse não é de tesão.

— Nada de mais — ela deu de ombros — apenas observando o quanto você é péssimo em analisar os detalhes.

Detalhes? Do que estava falando?

— Nyra você sabe a minha enorme paciência com esses assuntos por códigos, então vamos direto ao ponto.

— Não — ela riu — esse vou ficar quieta até você perceber.

Olhei desconfiado, mas que diabos essa mulher estava dizendo?

— Olá! — Nettles chegou bem vestida, o que era raro, ela sempre gostava de algo mais confortável do que bonito.

— Ainda bem que sua filha não puxou você — zombou Cregan pegando mais uma garrafa de Heineken — imagina ter a cara feia do Daemon?

— Vai se fuder Cregan!

— Imagina — Rhaenyra passava as mãos na barriga — vou torcer para puxar para mim.

Olhei incrédulo para ela.

— Até você?

— E perder a oportunidade de te zoar? Nunca!

Todos gargalharam.

— Rhaenyra é oficialmente do grupo — dizia Alyn reverenciando-a.

Cregan se aproximou enquanto observava a paisagem da noite. O céu estava limpo e conseguia ver as estrelas deixando tudo ainda mais perfeito.

— Ela é realmente tudo isso que você falou. Você merece alguém que te faça feliz.

Ele sabia de tudo o que passei. Cregan me viu no fundo do poço quando éramos adolescentes.

Em meio a nossa conversa, avistei Nettles sorrir e desviar o olhar bobo com timidez. Conhecia bem esses olhares femininos e a acompanhei exatamente para onde ela estava direcionando sua atenção. Para a minha surpresa, Alyn a observava discretamente. Foi então que a minha ficha caiu sobre os detalhes que Rhaenyra comentou. Nyra percebeu que aqueles olhares eu entendi bem.

— Daemon! — ela levantou tentando me acalmar.

— ALYN! — ele saltou com olhar arregalado — Vamos conversar?

***

Espero que gostem e por favor deixem comentários, eu amo ler cada um deles. Me siga no Twitter: moneceles

Beijooos

Estranhos PrazeresOnde histórias criam vida. Descubra agora