16. nem o tempo, nem a distância. (passado)

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Pov'Meredith.



Me sentia nervosa, era véspera de natal, Andrew avisou que estava vindo até em casa para me dar meu presente, olhei a caixinha com o dele, não era algo caro, mas era simbólico, deixei a caixinha sobre a mesa e terminei de me arrumar, ia amarrar meu cabelo mas decidi deixar solto, só calcei minhas botas e vesti uma jaqueta por que hoje estava mais frio, peguei o presente de Andrew e desci.

- filha? - Thacther chamou.

- oi pai - voltei um pouco indo para a sala.

- onde vai?

- só até o estábulo... Andrew vem trazer meu presente de Natal.

- e esse aí, é para ele? - meu pai apontou a caixinha em minha mão.

- sim! Quer olhar?

- claro - Thacther concordou, me aproximei mais e sentei ao seu lado lhe entregando a caixinha, meu pai abriu e olhou com atenção - quero um assim também.

- te faço um depois - concordei.

- combinado... Nada de sair a cavalo hoje.

- não vou, volto depois - dei um beijo na bochecha dele e levantei.

Passei pela cozinha dando um "oi, tô indo até o estábulo" para Ellis, ela estava terminando de preparar uma torta para levar a casa dos pais de April onde passaríamos o natal como sempre, já era tradição, não era só eu e ela que éramos amigas, Ellis e Olívia a mãe de April também eram amigas da vida toda, então todos os anos desde que eu lembro nos reunimos na casa deles.

- oi Prometheus - falei parando na frente dele - hoje não vamos passear, sinto muito.

O cavalo soltou um relichar que me pareceu uma reclamação.

- sinto muito, hoje é véspera de natal, o papai não deixa.

- tem algum motivo específico? - ouvi a voz familiar, olhei para a entrada do estábulo e vi Andrew segurando uma caixa grande.

- ele diz que o natal é dia de descansar, pensar coisas boas e ficar com quem se ama...

- seu pai não está errado - Andrew falou andando em minha direção - feliz Natal antecipado.

- feliz Natal - sorri - vem... Vamos sentar aqui.

Puxei Andrew para o banco de madeira que ficava no canto perto de onde guardavamos as celas, sentei e ele ao meu lado.

- aqui! Espero que goste - Andrew me entregou a caixa grande.

- o seu - entreguei a caixa que cabia em sua palma - sinto por ser tão pequeno.

- não tem problema - deixei ela abrir primeiro, Andrew pegou a pulseira simples, havia só um pingente na forma do infinito, havia tirado ele do chapéu que um dia foi do meu avô, a pulseira era feita da crina de prometeus - nossa! Parece a crina do Prometheus.

- não tem problema - deixei ela abrir primeiro, Andrew pegou a pulseira simples, havia só um pingente na forma do infinito, havia tirado ele do chapéu que um dia foi do meu avô, a pulseira era feita da crina de prometeus - nossa! Parece a crina do...

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- é ela, eu tenho um chaveiro que fiz... Um dia ele vai ficar muito velho, mas assim estar na nossa memória para sempre, e o pingente é do meu chapéu, tirei para dar um charme.

- caramba - Andrew parecia emocionado - eu adorei... Sério.

- mesmo?

- claro! Ele é importante para você... Está dividindo isso comigo, obrigada... Agora abre o seu.

- certo - abri a caixa grande e me deparei com um chapéu preto, não havia muitos detalhes além da fivela dourada na lateral, era bem minha cara, não gostava de chapéus cheios de enfeite - eu amei, agora tenho um branco e um preto.

- olha dentro.

- vejamos - virei o chapéu e vi o que ele tinha colocado ali dentro, preso por um alfinete tinha um anel dourado, parecia uma corda de duas dobras torcido, mas era de ouro, soltei e olhei o circulo fino - um anel?

- de compromisso... De namoro! - ele se explicou - tem uma coisa escrita no chapéu.

Voltei a olhar ele, e Andrew tinha razão, não dava para ver com facilidade por que a cor das letras era um azul não muito mais claro que o preto do chapéu, mas olhando com cuidado se lia

"Andrew e Meredith"
"4ever"

- seus presentes são muito mais legais - reclamei.

- o seu é bem melhor, eu vou guardar pra sempre - Andrew pegou o anel da minha mão e deslizou por meu dedo. Peguei a pulseira dele e ajeitei em seu pulso direito.

- te amo.

- te amo muito - Andrew passou seu dedo de cima a baixo em meu nariz.



****


Quando voltei pra casa minha mãe ficou me olhando séria, nos conversamos sobre o sexo, sobre os cuidados, ela ficou preocupada se não havia sido cedo de mais, porém não tinha mais volta, então ela me levou até uma ginecologista, ainda não tinha idade para tomar anticoncepcional,  mas tirei algumas dúvidas, depois da médica minha mãe me fez prometer que não transaria sem camisinha, ela me falou todas as coisas que a médica já havia falado, incluindo que poderia engravidar cedo demais, eu já sabia de tudo isso, nossa primeira conversa sobre sexo foi a três anos atrás, sobre SEXO! por que sobre sexualidade ela fez desde muito antes, sempre me ensinou a conhecer meu corpo, principalmente quando começou a mudar, ter forma e pelos! Era bem estanho, April falava que a mãe dela não conversava sobre isso com ela, era tipo um assunto proibido! Mas eu contava tudo o que minha mãe falava.

- o que foi? - perguntei sem jeito diante do olhar sério de Ellis.

- o anel - ela apontou.

- Andrew me deu... É só de namoro, nada de mais.

- é um anel...

- eu sei! - sentei no banco diante do balcão - em um ano ele vai embora pra faculdade.

- e tudo bem pra você?

- bem não tá! - suspirei desanimada - mas eu sei que ele precisa disso, estar longe da influência do pai, ter um pouco de controle sobre sua vida.

- o que aconteceu de fato com Andrew?

- eu não posso contar... Se um dia ele quiser, tudo bem, mas eu sei que ele precisa disso.

- mas você vai ficar! - minha mãe continuava me olhando séria.

- vou! E se um dia for para ficarmos juntos independente do tempo, da distância, ou das circunstâncias nós vamos ficar - consegui sorrir de verdade.

- que maduro - minha mãe riu.

- bom, você me ensinou isso, você e o papai passaram anos sem se ver, e no segundo que se reencontraram foi como se nada tivesse acontecido... Nada mudou.

- nada - Ellis concordou, eu adorava ouvir a história de como meus pais se apaixonaram.

Eles cresceram juntos, eram melhores amigos da vida toda, se apaixonaram e namoraram até meu avô mandar minha mãe estudar fora em um colégio interno, e anos depois quando ela voltou já formada a primeira pessoa que procurou foi meu pai que ainda estava bem aqui em paradise of dreams, trabalhando com o pai, havia se formado em veterinária; e segundo eles foi como se o tempo tivesse parado e voltado a correr no segundo que se viram, um anos depois da volta de Ellis eles casaram e estão juntos até hoje.

Então eu sabia que amores reais não acabam assim, se o que Andrew e eu temos for isso, vai acontecer, sem forçar, só vai ser inevitável, mas forte que nós dois ou tudo a nossa volta, mesmo que tudo conspire contra, o que é para ser será!



*****



Bom dia humanos!!!

Cheguei!!!! Aí eu não aguento esses momentos deles cheio de amor!








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