33. É que estou nervoso. (presente)

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Pov'Andrew.


- garoto! - Sam me cutucou - acorda.

- não estou dormindo - revirei os olhos, sai do elevador puxando minha mala e a dela - entregue - parei em frente ao seu apartamento - sabe qual a melhor parte de ter indo até seu consultório?

- teve alguém pra conversar? - ela zombou.

- exatamente isso! - concordei - você me faz ver coisas que normal eu fugiria.

- como fugir da sua família?

- é, isso... - eu sabia que fugir não era a solução, mas toda vez que me deparava com eles me sentia perdido.

- posso te dar um conselho?

- vai dar mesmo sem eu aceitar - bufei.

- para de fugir, não tô falando pra contar a verdade, mas você tem que parar com isso de "é meu irmão, é meu pai, é minha mãe" e blá blá blá! ... Meu caro, enquanto você tá se importando com eles, sua família só te vê como alguém que errou... Ninguém tá nem aí para o que você sente.

- obrigado! Sério! Obrigado por falar.

- para de pensar um pouco nos outros e pensa em você, da um motivo para aquela garota deixar o marido e ficar com você, eu sei que não quer trair ninguém, por tudo que passou... Mas não tô falando disso, só de um telefonema, liga para Meredith e diz que ainda a ama, nada de cartas, só liga e fala que a ama, e se tiver uma chance você quer tentar.

- vou pensar nisso! Agora eu preciso dormir - dei um beijo no cabelo dela.

- eu também.

Segui até meu apartamento quatro portas depois da de Sam, peguei minhas chaves e entrei, levei a mala direto para o quarto, só o que fiz foi tomar um banho e fui pra cama, já era noite, passamos quase o dia todo em um avião, deixei sobre a mesinha ao lado da cama minha pulseira, vesti a calça de um pijama e liguei o aquecedor.




*****

Puxei o celular da mesinha e olhei a hora, 14:30hrs! Dormi a noite toda a metade do dia, levantei da cama e fui até o banheiro escovar os dentes, fiquei olhando a tela do celular, abri a agenda e liguei para um número que estava agendado, mas nunca liguei, eu acho que aquele seria o maior erro da minha vida, mas eu ia errar, só uma vez ia fazer algo pensando só em mim, possívelmente seria deserdado, sorri sozinho só pensar que já havia sido a muito tempo, ouvi chamar algumas vezes, quando achei que iria cair ela atendeu.

Ligação on.

- alô? Quem fala?

- sou eu! - falei.

- Andrew? Oi - ouvi a voz divertida dela.

- oi! Como você está?

- bem! Eu acho que bem, mas não me ligou pra saber se estou bem - ela ainda estava sorrindo, sabia só por seu tom de voz.

- não! Cheguei em casa ontem umas dez da noite, dormi a noite toda e ao acordei agora - contei nervoso, não perdia esse hábito.

- e me ligou pra contar isso? - sua risada ficou perceptível.

- não, é que estou nervoso - adimiti - eu preciso... - respirei fundo

- pode falar Andrew, nos sempre falamos de tudo... Isis mudou?

- tô escovando os dentes - o que eu tava fazendo? Era um homem adulto, não um menino.

- sério? O que mais? - a risada dela era tão boa de se ouvir que só fiquei mais nervoso.

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