73. meu vício favorito. (presente)

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Pov'Meredith.

Não imaginei que ia gostar tanto de estar ali, claro que qualquer lugar com Andrew ao meu lado seria bom, mas estar fora de casa, da única casa que conhecia na vida não era fácil, eu sentia falta da fazenda, de storm, da sensação que aquele lugar me causava, eu sempre me senti livre na fazenda, o apartamento de Andrew era um tanto claustrofóbico, mas ainda sim eu estava gostando de estar ali, viver uma experiência diferente, começando pelo espaço limitado, a grama mais próxima era a da área verde do prédio, que não era muita coisa.

A pior parte realmente foi não ter muito espaço, e por estar tão frio eu quase não saí, agradeci mentalmente por Andrew não querer ficar em Boston, acho que menina do mato não se adapta em um lugar como aquele, mas a parte que eu gostei foi ir com Andrew para o local onde estava trabalhando, mesmo frio era melhor que ficar trancada o apartamento, ele me apresentou um monte de pessoas, acabei me metendo e ajudando, mesmo ele reclamando e falando que deveria evitar esforços, mas eu cresci no mato, plantar mudas não era nenhum esforço.

- oi - uma moça parou ao meu lado - me chamo Aline.

- oi, Meredith.

- eu sei, Andrew falou de você - ela sorriu de forma gentil - sou a esposa do chefe dele.

- é um prazer te conhecer - ia oferecer a mão, mas guardei, a minha estava suja de terra.

- você parece se dar bem com isso - ela indicou a terram

- cresci em uma fazenda... Então sim - concordei - eu gosto do cheiro da terra.

- sabe mesmo montar a cavalo?

- sim, crianças normais aprenderam a andar de bicicleta, eu a andar a cavalo.

- deve ser maravilhoso crescer em uma fazenda.

Só de imaginar senti meus olhos encherem de lágrimas, como sentia falta da fazenda.

- nem imagina o quanto.

- Andrew parece finalmente feliz - Aline falou baixinho olhando na direção dele - já o conheço há alguns anos, e nunca o tinha visto tão feliz.

- isso deve ser bom - falei sem jeito.

- sim.. todos merecemos ser felizes.


***



Fazia um tempo que não me sentia tão bem e tão cansada, e isso era tão bom, deitei na cama olhando minha barriga de doze semanas, amanhã teria mais uma consulta com a médica, faríamos uma nova ultrassom, Andrew sentou na cama perto dos meus pés e pegou um e começou a massagear.

- nossa... Isso é melhor que um orgasmo - falei deslizando mais na cama para relaxar.

- você não disse isso... - Andrew gargalhou, onsim da sua risada se espalhou pelo quarto, era tão bom de ouvir, dava uma sensação de acolhimento, me dava alegria saber que ele estava feliz.

- eu disse...

- não lembro de ser tão falante sobre esses assuntos quando éramos jovens - ele me olhava cheio de intensos.

- tem certeza? - passei meu outro pé por sua coxa subindo e descendo.

- creio que sim.

- ah, mas naquela época eu não entendia que poderia falar sobre isso abertamente... Não sabia que poderíamos falar disso assim.

- jovens, tolos e apaixonados - Andrew brincou.

- exatamente... As vezes sinto falta desse tempo... Só nós dois e nenhum problema, nossa única preocupação era a próxima vez que estaríamos juntos, a próxima vez que nos tocariamos - suspirei.

Andrew começou a massagear o outro pé, pareceu refletir sobre isso algum tempo até parecer ter formado um pensamento coerente.

- você consumia todos os meus pensamentos... Sabe o famoso "primeiro e último pensamento do dia?" Era você, sempre foi, eu sempre está ansioso para estar com você.

- agora estamos aqui juntos... acredita?

- às vezes não - ele parou sua massagem, mas suas mãos não deixaram minha pele, senti seus dedos subindo por minha perna, ele se ajoelhou e se aproximou mais - mas, então lembro que algumas substâncias me causavam alucinações, porém nenhuma delas tão reais - sua mãos chegaram a minha coxa e subiram para dentro do minha camisola.

- não fala bobagens - pedi sentindo um frio na barriga.

- não é bobagem - André beijou entre meus seios - você é minha droga favorita, uma que não me importo em ser viciado - outro beijo.

Sua mão acariciou minha bunda e apertou, segurei um gemido baixo, descobri que de todas as coisas que mudavam durante a gestação, o tesão era um deles, estava sempre ansiando pelo toque de Andrew, e ficava agradecida quando o tinha.

- Andrew!

Ele mal me tocou e já estava arfando, senti seus dedos puxando minha calcinha para baixo, movi minhas pernas para terminar de tirar.

- sim amor? - ele não parou o que fazia.

Não respondi, só apreciei seu toque, seus beijos descendo, e minha camisola subindo, arfei quando senti seus lábios entre minhas pernas, sua língua deslizando, ah, eu adorava exatamente aquele momento, sua boca fazendo meu corpo gritar de prazer, sua língua encontrando meu ponto de prazer, apertei os lençóis entre meus dedos e gemi, um sopro de prazer, curvei meu corpo e lhe dei mais acesso, queria o sentir mais, era quase uma necessidade receber aquele toque, me deixar ser levada pela onda de prazer que me invadia.

Sussurrei o nome dele uma... duas ... até simplesmente perder o fôlego.

Andrew voltou a subir e agora levou minha camisola e a tirou totalmente, se livrou das próprias roupas, mas um segundo e ele estava dentro de mim, voltei, era sua vez de gemer o sentindo se mover devagar, e aos poucos mais rápido, soltei um arfar quando nos virou me levando para cima dele, e um gemido seu quando comecei a mover em cima dele, suas mãos se fecharam sobre meus seios.

Apoiei minhas mãos em seu peito, joguei minha cabeça para trás e fui aumentando meu ritmo, nossos gemidos se misturavam, Andrew SEMPRE soube me dar prazer, suas mãos desceram por meu corpo até minha bunda e a segurou firme me ajudando a ir mais rápido, Andrew sentou na cama e me abraçou forte, senti seus dedos apertando minha pele, seus lábios se uniram aos meus, foi impossível não gemer, estava outra vez gemendo enquanto sentia meu segundo orgasmo, tão gostoso quanto o primeiro.

Os beijos de Andrew ficaram mais intensos, seus toque, o modo que seus dedos se enterravam em minha pele, agora ele soltava gemidos roucos contra meus lábios, seu beijo foi descendo por meu pescoço, outra vez subindo, continuei a me mover em cima dele, outro gemido e senti Andrew gozar, era prazeroso demais.


***


- amor, estou com fome - falei me remexendo na cama, sabia que Andrew estava dormindo, mas eu não conseguia

- você comeu não tem nem uma hora - Andrew virou e me olhou, dava para ver seu rosto inchado, de quem havia dormido.

- eu sei, mas não consigo dormir, já tentei... Mas estou com fome.

- o que quer comer?

- Tiramisù de cream cheese... - senti agua na boca só de pensar nele.

- não temos isso em casa - Andrew abriu os olhos e me encarou.

- eu sei, comemos naquela noite, no réveillon... Estava tão bom.

- amor?

- eu acho que estou com desejo... - confessei - estou sonhando de olhos abertos.

- Tiramisù de cream cheese... Vou dar um jeito - Andrew levantou da cama e foi se vestir, antes de sair do quarto parou perto de mim e me deu um beijo, se curvou e beijou minha barriga - Tiramisù de cream cheese... Vou dar um jeito.

- nós amamos você.



****

Amo a fase dia desejos.

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