81. Ele é a minha cura. (presente)

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Pov'Meredith.

Depois da confirmação da síndrome, de Adeline, meu medo aumentou, mas junto com ele minha confiança também aumentou, passei as semanas seguintes estudando tudo o que podia sobre crianças com síndrome de down, e sobre a abertura do centro de ecoterapia, comecei dando entrada nas licenças. A outra novidade era que Sam finalmente estava vindo, Andrew viajou para Boston e quando voltasse, ela viria junto, eu acho que nunca me senti tão feliz, ainda tinha muito drama acontecendo, fazia um mês desde que voltamos, e a única pessoa com quem ele conversou foi com o irmão, agora todos sabiam sobre a gravidez, Carina até veio nos visitar, ela era acho que a única que Andrew estava bem, sem ressentimentos, também não tinha certeza, porém eles conversaram por um longo tempo, meus sobrinhos também vieram com ela, e isso foi bom, sentia falta deles, especialmente de Rael, eles eram tão jovens para entenderem toda a confusão, fiquei feliz por eles gostarem de saber o tio Andrew que sempre esteve longe agora ia morar perto, e na fazenda, quando Rael perguntou se agora ele era meu namorado fiquei com medo de não gostarem, nunca estive tão errada.

Parecia que aos pouco tudo estava se ajustando, esperava que continuasse assim, minha vida finalmente parecia fazer sentido, e eu não estava disposta a abrir mão de nada, mais uma segunda, tomei café com April e dessa vez Harriet foi junto, me encheu de perguntas sobre as gêmeas, seus olhinhos brilhavam de empolgação por saber que ganharia primas para brincar.

- eu vou poder brincar com elas?

- claro que sim! Aposto que elas vão amar.

- legal... Vou emprestar todas as minha bonecas - Harriet afirmou.

- que gentil - passei minha mão por seus cachinhos - sei que elas vão gostar de brincar com você.

Depois do café fui ao banco, passei em uma loja de artigos infantil e comprei algumas roupinhas, também comprei fraldas, manta, roupinha para o berço, sai cheia de sacolas, queria deixar tudo pronto para no final da gestação só me preocupar em esperar a chegada delas, Andrew cuidaria da montagem do quarto quando voltasse de Boston, segundo ele, Alex e Jackson garantiram que iriam ajudar.

- alguém pediu doces? - entrei na loja de Alex, congelei ao ver Maggie e Angelo lá.

- Meredith - Angelo chamou meu nome sem jeito - oi.

- oi... - me afastei deles e fui até o caixa onde Alex estava - trouxe seus doces.

- obrigado... - ele sorriu sem graça olhando na direção do casal - como elas estão?

- ótimas, Adeline achou seu novo lugar favorito embaixo da minha costela, quando empurra deixa a pobre mãe sem ar... Anelise tem seu lugar favorito bem embaixo, ela é mais calma.

- que sinistro, dois bebês dentro de você - Alex fez uma careta como se doesse nele.

- nem me fala - concordei rindo - já vou indo... Andrew volta na quinta e Sam vem junto, vamos fazer um grande almoço para inaugurar a casa nova na sexta.

- vou levar presente para a casa e para as gêmeas - ele garantiu.

- ótimo, vai ser as onze... Não atrasa.

- não vou.... Quer que te acompanhe até o carro?

- não vou recusar - sorri fraco, olhei para o lado, Angelo e Maggie escolhiam uma cor de tinta, imaginei se seria para casa ou para a floricultura, Maggie me flagrou olhando, ela tentou sorrir, desviei o olhar, Alex deu a volta no balcão e ajeitou meu braço no dele.

- relaxa - ele deu um tapinha na minha mão - ela disse que está reformando os fundos da floricultura.

- não é da minha conta...

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