31. Por que brigaram? (presente)

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Pov'Meredith.



Voltei para casa entrando como um verdadeiro furacão, Ellis já havia levantado, me olhou assustada, mas não falei nada além de "bom dia", subi para meu quarto e peguei duas malas grandes, comecei a tirar as roupas de Angelo e jogar na mala, abri as gavetas e fui tirando tudo de dentro.

- Meredith, o que está fazendo?

- tirando as roupas de Angelo do armário, vou levar pra casa dos pais dele, não quero que ele entre nunca mais nessa casa, e se entrar eu mesma atiro.

- filha calma!

- estou calma pai, eu estive calma nos últimos anos... Entrei em estado vegetativo... Me joguei no mar e fiquei a deriva, me deixei ser levada - parei o que fazia e sentei no chão,. Thacther sentou ao meu lado.

- continue.

- depois do bebê - murmurei - eu me senti perdida, dentro de mim uma coisa de quebrou, perdi Andrew e logo depois nosso filho, parecia que o universo me achou indignada deles, eu achei que não merecia ter Andrew de novo.

- sabe que isso é bobagem, não foi sua culpa.

- eu achava que era Andrew me chamando... Que ele havia voltado.

- mesmo assim, eles são idênticos - meu pai pegou a minha mão e apertou - Mer, você tentou viver da melhor forma, Angelo entrou na sua vida e te amparou, ou pelo menos foi isso que ele quis mostrar.

- eu me apaixonei por ele pai, não por ser igual a Andrew, mas na verdade foi pelas diferenças, me sinto culpada por que foi fácil amar ele nos anos que Andrew passou fora, mas agora!

- quando você era mais nova me preocupava essa intensidade de vocês... Muitas vezes falei para Ellis que deveríamos intervir, mas você ao mesmo tempo era sensata, mostrava que estava lá na beira vivendo intensamente, mas sabia que precisava da corda para se segurar, mesmo amando ele o deixou ir.

- queria não ter feito, as vezes eu queria que ele tivesse ficado.

- não queria não, só queria que não doesse.

- Angelo me mostrou ontem o exame que mostra que ele não pode ter filhos por meios comuns, sugeriu a fertilização in vitro... Eu deveria ter ficado feliz, tudo o que desejei ter na vida era um filho, mas quando ele falou, senti raiva... Tanta raiva dele, queria bater, gritar...

- você quer preencher o vazio que o seu aborto deixou, isso e compressível.

- ele tem um caso.

- Angelo?

- sim, com Maggie... Ontem na festa os ouvi juntos... Angelo me fez sentir raiva dele, ter tanta te raiva por não ter feito antes esse exame... Mas eu teria perdoado, juro que teria pai.

- eu sei.

- mas ouvir ele falando que eu estava naquela casa por que deveria estar, me tratar como um objeto, um item decorativo... Dizer que eu era dele, isso eu não perdoo, você disse que nunca tentou me prender, não aceito isso dele, nem de nenhum outro homem.

- não deve mesmo.

- mas agora eu não sei o que fazer.

- está falando de Andrew?

- sim! Ele foi embora... Mas de uma coisa! - não sabia como falar sobre, sem falar da casinha.

- o que?

- lembra da casinha? Aquela que eu ia quando criança?

- lembro, a que vocês iam todos os sábados - meu pai falou rindo, olhei para ele surpresa, ele sempre soube? Eu achei ser segredo.

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