Quando a mãe de Morgan, Isabella Sullivan, ainda estava viva, ela se orgulhava muito de dizer que estava criando um cavalheiro. E, até três anos atrás, antes de uma linda garota inconsequente pular em um chafariz diante dele e virar seu mundo de cabeça para baixo, Morgan nem sequer precisava se esforçar para colocar em prática a educação que sua mãe havia lhe dado.
O quão decepcionada Isabella estaria se pudesse vê-lo naquele momento, incapaz de tirar os olhos do traseiro de Charlie enquanto eles saiam do restaurante? Certamente ela faria questão de arrancar seus olhos para que ele nunca mais pudesse fazer algo tão indecente novamente. O que, talvez, fosse algo bom. Apenas talvez, ele realmente devesse fazer isso consigo mesmo.
Talvez assim o pau pesado entre suas pernas encontrasse uma razão para se acalmar, sempre que Charlie estava por perto.
Pigarreando para tentar conter sua indiscrição, ele abriu a porta para ela, tentando se concentrar em qualquer outra coisa que não fosse seu perfume doce, o balanço hipnotizando de seus quadris, seus lábios cheios ou a maneira como a blusa que ela estava usando subia um pouco sempre que ela se mexia, revelando a pele macia de sua barriga e fazendo-a pensar como seria se ele subisse o tecido um pouco mais acima e libertasse os seios cheios, que sempre pareciam estar clamando por eles, não importasse o quão cobertos estivessem...
Em que momento ele tinha começado a se distrair com tanta facilidade? Não, aquela era uma pergunta idiota com uma resposta fácil. Foi depois que Charlie havia completado 18 anos e garota divertida por quem nutria uma profunda afeição começou a se revelar uma mulher capaz de despertar o que havia de mais primitivo nele.
— Tem certeza de que não quer mais batata? — a pobre e inocente Charlie, completamente alheia ao fato de que tudo o que ele conseguia pensar naquele momento era colocar as pernas novamente ao redor da cintura dele, como ela tinha feito sem querer mais cedo, estendeu uma batata frita na direção da boca dele — Afinal, é a única coisa que você consegue comer nesse terrível templo capitalista da comida de mentira. — ela o provocou, fazendo-o rir.
Ela sempre o fazia sorrir.
— Eu apenas não gosto da ideia de desperdiçar um espaço precioso no meu estômago com carne misturada com papelão, quando poderia estar comendo algo muito melhor... — ao notar que seus olhos estavam prestes a se desviar para as pernas dela, Morgan se conteve, apertando o volante quase ao ponto de quebra-lo — E, bem, não se esqueça de ainda temos que cumprir a tradição de eu levar para jantar em um restaurante de verdade, depois disso.
— Eu sei, eu sei. Tenho que compensar você pelo trauma de vir em um lugar como esse... — Charlie riu, inundando o carro com o melhor som do mundo, pelo menos para Morgan — Apenas tenha certeza de não gastar o equivalente a um carro na conta mais uma vez... — ela parou por um momento, pensativa, até que um sorriso enorme se espalhou por seu rosto — Na verdade, por que você não faz melhor e cozinha para mim novamente? Nunca comi nada melhor do que aquele macarrão carbonara que você fez para mim.
— Cozinhar para você...? Na minha casa...? — ele engasgou, quase em pânico ao imaginar Charlie parada em sua cozinha mais uma vez, inclinada sobre sua bancada, enquanto o observava preparar a comida...
Várias vezes, quando ela ainda tinha 17 anos, ele a havia acostumado a jantar em sua casa e comer sua comida. Sendo franco, ela era única pessoa viva que sabia que ele gostava de cozinhar. Porém, uma vez, pouco tempo depois de ela ter completado 18 anos, Morgan tinha cometido o erro de convidá-la para jantar novamente... E ela apareceu em sua casa com um vestido que mal chegava até a metade de suas coxas e um decote que não deixava nada para a imaginação. Pela primeira vez, seu pau começou a discordar de sua mente e, ao invés de uma jovem amiga, ele começou a vê-la como uma mulher que ficaria ainda mais linda deitada sobre a cama, com as pernas abertas, enquanto ele comia sua buceta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Como Seduzir o Seu Marido
RomanceDesde os 17 anos, Charlie Foster é apaixonada por Morgan Sullivan, o gentil sócio de seu pai que rapidamente se tornou seu melhor amigo. Agora, aos 20, e depois de várias tentativas frustradas de fazer Morgan vê-la como mulher, Charlie se vê impedid...