Capítulo 13 - Morgan

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Morgan tinha certeza de que não ia conseguir pegar no sono. A cada novo dia ele desafiava os níveis de seu autocontrole, mas todos tinham seus limites. E um dos dele, por acaso, era dormir ao lado de Charlie, na mesma cama, sentindo o calor de seu corpo e seu perfume doce, como naquele momento.

Era impressionante como aquele dia tinha se convertido em um dos melhores e também piores de toda a sua vida. O casamento, apesar de tudo, tinha sido como um sonho. Mas, a partir do momento em que eles colocaram os pés no hotel, aquele quarto havia se convertido em seu purgatório particular. Ou melhor, sua câmara de tortura particular. Porque parecia que para todos os lugares em que ele olhava, não importava o quanto ele tentasse ser forte e resistir à tentação, o corpo de Charlie sempre aparecia para atormentá-lo, em uma posição mais sedutoras.

Tudo tinha começado com aquela situação inexplicável que, de alguma maneira, os havia forçado a dividir uma cama. E, então, de repente, como se ele tivesse começado a viver um de seus sonhos molhados com ela, Charlie tinha esquecido a toalha e aparecido nua da cintura para cima para ele, sem querer. Não havia nenhuma dúvida em sua mente de que a imagem de seus seios descobertos, rosados e pesados, com os mamilos pontiagudos, ficaria com ele para sempre, impedindo-o de passar algumas horas sem ter uma ereção.

E, para completar, o destino parecia decidido a estender seu tormento, fazendo com que Charlie vestisse uma de suas camisas como pijama, fazendo-o imaginar como ela ficaria linda daquela exata mesma maneira, só que com a boca inchada de beijos e o cabelo bagunçado depois de uma foda intensa. De forma que ele poderia facilmente deslizar as mãos para dentro do tecido folgado sempre que quisesse, para dar a cada parte daquele corpo delicioso a atenção que ele merecia...

Afundando ainda mais a cabeça no travesseiro, ele abafou um gemido quando a imagem da bunda dela piscou em sua mente, fazendo seu pau ameaçar endurecer. O que havia com aquele dia, que parecia estar tão determinado a fazê-lo ceder à tentação de ter uma noite de núpcias de verdade com ela? Ele nem sequer já deveria ter sido capaz de vê-la em suas roupas íntimas, como tinha acontecido em seu apartamento, muito menos saber que seus seios eram do tamanho perfeito para caber em suas mãos ou que aquela linda bundinha branca certamente ficaria em um lindo tom de rosa, depois que ele lhe desse alguns tapas, quando ele fizesse sua garotinha safada montar seu pau...

Merda, o que aquele dia tinha feito com ele?

E, o pior de tudo, se Morgan não soubesse melhor, ele certamente chegaria a pensar que ela estava fazendo tudo aquilo de propósito, quando estava bem claro que ele era o único pervertido ali, incapaz de controlar sua imaginação depravada, mesmo quando a pobre Charlie não estava fazendo nada além de confiar nele e agir normalmente.

Se bem que ele realmente precisava ter uma conversa séria com ela sobre modéstia e como não era apropriado sequer se a arriscar a ficar nua perto de um homem, mesmo que esse homem fosse seu melhor amigo e marido de mentira.

Suspirando pesadamente, ainda tentando impedir que sua mente fosse longe o suficiente para fazer com que um tronco de árvore se erguesse na parte da frente de suas calças, Morgan sentiu Charlie se mexer ao seu lado, apenas o suficiente para se aproximar um pouco mais dele, prendendo-o contra a parede. Ele teorizava que ela estava dormindo e se revirando sem perceber, apesar de que ele jamais teria coragem de virar o rosto para verificar. Do jeito que as coisas estavam caminhando naquela noite, era provável que ela estivesse com as pernas abertas, lhe dando uma visão privilegiada da buceta rosa e apertada que ele não deveria se digno de olhar... Ou de tocar.

Com um grunhido silencioso, ele sentiu vontade de socar a si mesmo. Ele não era digno de vê-la nua novamente e jamais a tocaria, mesmo que seu corpo traidor se contorcesse de desapontamento ao se dar conta disso.

Como Seduzir o Seu MaridoOnde histórias criam vida. Descubra agora