Capítulo 11 - Charlie

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— Você está bem? — foi a primeira coisa que Morgan perguntou a ela, enquanto abria a porta do táxi para ela, na frente do hotel — Parece nervosa com alguma coisa...

— Não, não... Eu estou bem. — ela se esforçou ao máximo para abrir um sorriso natural, não querendo atrair ainda mais a atenção dele para a tensão que ela estava sentindo, conforme os dois entravam no saguão luminoso e coberto de mármore branco — Só estou ansiosa para conhecer o hotel, eu acho. Nunca estive em um lugar tão bonito.

— Sério? — as sobrancelhas de Morgan se ergueram, demonstrando o quanto ele estava confuso — Mas você insistiu tanto para que nós fôssemos direto para a capela, quando chegamos, ao invés de fazer check-in no hotel primeiro...

— Hã... É... — Charlie deu um sorriso amarelo, furiosa consigo mesma por ter pensado naquela desculpa estupida, que poderia acabar fazendo-o ficar mais desconfiado — Você sabe, o casamento era mais importante do que qualquer outra coisa. Além do mais, eu ando um pouco desorientada ultimamente. Acho... Que é só uma reação natural a tudo o que tem acontecido nos últimos dias. Você sabe, as coisas estão acontecendo tão rápido... — ela tentou despistá-lo e teve que conter um grande suspiro de alívio ao perceber que parecia ter conseguido, quando ele a puxou para ainda mais perto, com a expressão cheia de piedade.

As coisas estavam caóticas ultimamente e o casamento dos dois a tinha emocionado como nenhum outro momento de sua vida, era verdade, mas não era esse o motivo do suor frio estar começando a escorrer pelas costas dela, enquanto os dois paravam diante do balcão e começavam a aguardar o atendimento da moça simpática do outro lado, que parecia estar quase terminando de resolver o problema de outro hóspede. Mordendo o lábio, Charlie tentou ser o mais discreta possível ao desviar o olhar até as credenciais abertas no celular de Morgan, que seriam usadas para confirmar as reservas dos quartos deles.

— Pois não? Em que posso ajudar? — a atendente sorriu, ao finalmente se direcionar a eles, e Charlie não pôde deixar de estreitar um pouco os olhos ao perceber que ela parecia estar sendo um pouco amigável demais com Morgan.

— Olá, nós viemos fazer o check-in para esses dois quartos. — ele mostrou a tela do celular para ela, apontando para o código de verificação, ao mesmo tempo em que lhe estendia sua identidade — São duas suítes no sétimo andar no nome de Morgan e Charlotte Sullivan.

— É claro, vou verificar em um instante. — a moça sorriu brilhantemente, mantendo contato visual com ele mesmo quando era óbvio que deveria já ter digitado o código no computador — Será que eu deveria pedir para um dos funcionários pegar um café ou uma água para o senhor e sua irmã, enquanto vocês esperam?

— Não, muito obrigada. — Charlie foi quem respondeu, colando-se ainda mais a Morgan, para poder entrelaçar o braço no dele, com um sorriso cheia de mensagens silenciosas — Eu e meu marido estamos bem. Tudo o que queremos agora é sorrir e descansar.

— Oh, sim, é claro, me perdoe. — a atendente arregalou, engolindo em seco diante do olhar dela, enquanto finalmente começar a mexer em seu computador — Muito bem... Oh, aqui está, sejam bem vindo Sr. e Sra. Sullivan... Oh! — ela se interrompeu de repente, olhando a tela com mais atenção — São duas reservas, o senhor disse?

— Sim. — Morgan confirmou, confuso — Por que? Algum problema?

— Eu sinto muito, Sr. Sullivan. Mas no sistema só consta a reserva para uma das suítes: a de casal, que originalmente estava destinada à Sra. Sullivan.

— O quê? Mas eu mesmo cuidei dessas reservas e tenho certeza que pedi por dois quartos... — Morgan começou a reclamar, surpreso, até que pareceu se dar conta de algo — Espero, o que você quer dizer com originalmente?

Como Seduzir o Seu MaridoOnde histórias criam vida. Descubra agora