Como Seduzir o Seu Marido

Capítulo 16 - Charlie

No instante em que seu marido disse que iria tomar um banho, Charlie já sabia porque ele parecia tão ansioso para entrar no chuveiro. E já sabia que iria espiá-lo novamente. Simples assim. Seria sua recompensa por sua performance impecável naquele dia. Ele tinha até mesmo tentado disfarçar, mas seu truque com a cobertura do bolo e sua escolha de troca de roupas tinha sido uma jogada de mestre, não dando qualquer chance para ele sequer tentar se recuperar.

E, já que ele não a deixaria cuidar do problema que ela tinha causando dentre de suas calças, então ao menos ela iria assisti-lo lidar com isso, sabendo que todo aquele desejo pertencia apenas a ela.

Saltitando em direção ao banheiro, ela deu um suspiro de alívio quando confirmou que o nervosismo não tinha deixado ele pensar em trancar a porta. Porém, diferente do que tinha acontecido no hotel, ela sabia que não seria tão fácil assim ter uma visão privilegiada do chuveiro onde ele estava. Por isso, ela esperou pacientemente, com a orelha grudada na porta, até que os sons abafados dos grunhidos e suspiros dele começassem, seguidos pelo som da água como se estivesse batendo diretamente no piso de ladrilhos. Só então, ela girou a maçaneta, entrando no banheiro pé ante pé, até finalmente conseguir avistá-lo do outro lado do cômodo, em uma posição muito parecida com a que ela o tinha visto da primeira vez: com o braço da parede e os olhos pressionados ali, totalmente vulnerável.

Seu pobre e inocente marido estava prestes a proporcionar um show e tanto para ela nem sabia disso.

Mesmo que fosse um pouco perigoso ficar ali, sem nenhuma parede ou porta onde pudesse se esconder, de alguma forma saber que corria o risco de ser pega ali por ele, assistindo-o dar prazer a si mesmo, apenas tornou muito mais excitante para ela, a tal ponto que teve que apertar as coxas juntas, para aliviar o comichão que estava começando a tomar conta de sua vagina.

O mais silenciosa possível, ela foi se sentar no vaso sanitário fechado, onde poderia ficar o mais perto da porta do banheiro possível, caso precisasse sair correndo. Se sentindo hipnotizada, ela o observou acariciar a si mesmo, primeiro lentamente, como se a tensão que estava tornando os músculos de suas costas duras como pedra fosse demais até mesmo para que ele pudesse se concentrar nisso. Contudo, eventualmente, depois de sussurrar o nome dela de maneira trêmula, seus movimentos foram se tornando gradativamente mais potentes, assim como seus grunhidos de prazer.

Deus, ela poderia passar o resto da vida inteira admirando a nudez dele e era provável que nunca ficaria satisfeita por completo. Os ombros largos, os braços fortes, o peito musculoso, as coxas grossas, as pernas longas, a bunda carnuda e aquele pau grosso... Tudo nele era perfeito. Tantas e tantas noites que ela tinha passado ardendo de necessidade, tocando a si mesma enquanto tentava imaginar como seria o corpo dele e como ele se sentiria sob seu toque. E, agora, ali estava ele: perfeito, molhado e não usando nada para cobrir seu corpo, além da aliança que ela havia colocado no dedo dele. E ela era responsável por cada centímetro da ereção da qual ele estava tentando se livrar naquele momento, enquanto ela o assistia.

É claro, ele não sabia que ela estava lá, mas aquilo era um mero detalhe.

Com o queixo entre as mãos e as pernas firmemente pressionadas juntas, ela aproveitou aquele momento ao máximo, observando cada bombeada de seu punho, cada gemido baixo que ele soltava, cada tremor que passava por seu corpo amplo quando a água do chuveiro o atingia. Por um momento, ela desejou poder ficar ali admirando-o para sempre, ao invés de ter que continuar insistindo em tentar convencê-lo a parar de fugir dela, toda a vez que ela resolvia mostrar um centímetro a mais de pele.

— Você estaria mais coberta se estivesse nua. — ele murmurou de repente, fazendo com que ela empurrasse todos os pensamentos para escanteio no mesmo momento, ansiosa por poder ouvi-lo falar sujo — Mas, já que parece tão disposta a se exibir desse jeito para mim, então não posso fazer mais nada além de aproveitar...