Capítulo 27 - Charlie

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Se aquele carro tivesse demorado um segundo a mais para chegar no apartamento, Charlie teria freado ela mesma e atacado Morgan bem ali. E ninguém se atreveria a culpa-la, certamente. Não depois de saberem o quanto ela já tinha esperado e agonizado por aquele momento. A verdade era que Morgan tinha que ser grato pelo fato de que, quando a necessidade queimando dentro dela se tornou demais para lidar, a única coisa que Charlie fez, ainda tocando a si mesma, foi inclinar-se na direção dele e começar lamber seu pescoço e mordiscar o lóbulo de sua orelha, ansiosa por tocá-lo, não importava de que maneira.

— Eu não me lembro de ter dito a você para me tocar. — ele resmungou, mas inclinou a cabeça para expor ainda mais a pele da nuca para ela.

— Você pode me dar uma lição quando chegarmos em casa. — ela ofereceu, omitindo o fato de que também estava fazendo aquilo para ter certeza de que os pensamentos dele estariam voltados na direção oposta a desistir. De novo.

— Pode apostar que vou. — para a surpresa dela, ao invés de parece hesi tante ou culpado, Morgan apenas colocou a mão em sua coxa e a apertou com vontade, fazendo parecer que aquilo era uma conversa silenciosa — Mas, se quiser que eu seja um pouco mais misericordioso com você, seria uma boa ideia me agradar um pouco... — ele desviou o olhar para onde uma das mãos dela estava afundada dentro de sua calça e Charlie não precisou de nem outra palavra sequer para entender o que ele queria.

Tirando os dedos úmidos de sua entrada, Charlie os ergueu na altura do rosto dele e Morgan começou a limpar seu prazer com a língua silenciosamente, ainda sem desviar os olhos da estrada, mas com os músculos tensos revelando o quanto ele estava concentrado no que ela estava fazendo. Sentindo as língua quente dele acariciar seus dedos, Charlie se deu conta de que apenas aquilo era muito pouco e, internamente torcendo que aquilo o tornasse mais instigado a puni-la na cama, ela repentinamente agarrou a ereção dele por cima da calça, mordendo ao perceber que nem mesmo tecido do jeans era capaz de disfarçar o tamanho e a grossura.

— Merda... — ele respirou entredentes, produzindo um chiado desejoso — Você sabe que vai pagar por estar sendo tão desobediente, não é?

— Estou contanto com isso... — ela ronronou, intensificando o movimento de suas mãos por sua extensão ainda coberta, até sentir um ponto molhado começar a aparecer na frente da calça — Você não pode gozar, a não ser que seja dentro de mim. — ela reclamou, tirando a mão abruptamente, fazendo resmungar.

— Então, é você que dá as ordens, por aqui? — ele ergueu uma sobrancelha na direção dela, com um sorriso perversa.

— Isso nós vamos decidir. — ela deu de ombros, ficando de joelhos no banco de couro para poder puxar ao máximo a gola de seu suéter e mostrar um pouco de seus seios para ele — Depende do que vai me fazer gozar com mais força, quando você estiver me fodendo.

— Garotinha safada... — ele estendeu a mão para poder acariciar seus lábios com o polegar — Faz ideia do que está pedindo para eu fazer, me provocando desse jeito? Ou está fazendo tudo isso de propósito, para garantir que a sua virgindade não passa de hoje?

— Você pode pensar o que quiser. — Charlie deu de ombros, tentando fingir que as palavras sujas dele não a estava deixando ainda mais escorregadia — Independentemente do que você decidisse, hoje mesmo eu ia deixar de ser virgem, de qualquer maneira.

O carro freou abruptamente e Charlie certamente teria batida a cabeça contra o porta-luvas, que não estivesse com o cinto. Surpresa, ela virou a cabeça para olhar ao redor e só então se deu conta de que eles tinham finalmente chegado no condomínio. Contudo, antes que ela pudesse comentar qualquer coisa sobre ele ter chances de construir uma excelente carreira nas corridas de Fórmula 1, Morgan avançou todo o caminho até o ponto mais afastado da garagem, quando o portão de entrada foi aberto.

Como Seduzir o Seu MaridoOnde histórias criam vida. Descubra agora