Quando chegou em casa, apesar do remédio de dor de cabeça que havia tomado no trabalho já ter começado a fazer um pouco de efeito, Morgan ainda estava se sentindo destruído. A dúvida sobre se deveria ou não contar as coisas que havia descoberto estava ameaçando sufoca-lo e, sendo muito franco consigo mesmo, ele nem mesmo sabia como seria capaz de olhar dentro daqueles lindos olhos alegres naquele dia, sem ter um ataque de pânico. Uma vez Charlie o tinha feito prometer que iria parar de agir como se fosse capaz de prever o futuro, mas... Que garantia ele tinha de que ela sentia algo a mais por ele do que tesão e amizade? Como ele poderia não deixar que ansiedade tomasse conta, quando tudo parecia estar desenhando para que ela fosse embora, quando recebesse a herança de Anthony?
Aquelas perguntas ainda estavam fazendo o cérebro dele sangrar, quando o cheiro fresco de produtos de limpeza atingiu seu nariz. Confuso, já que aquele não era o dia em que o serviço de limpeza que trabalha para ele há anos vinha para limpar seu apartamento, Morgan percorreu a casa inteira, desde a sala até a cozinha, notando que as coisas pareciam estar, de fato, mais limpas e organizadas do que o normal, mas Charlie não estava em lugar nenhum. Ele estava quase ligando para a portaria e perguntando se o serviço de limpeza não havia se enganado de data e trabalhado naquele dia por engano, quando ele acabou entrando no corredor dos quartos e congelou imediatamente.
Ajoelhada no chão do corredor, com um pano em uma mão e um balde ali ao lado, estava Charlie. Mas, apesar da cena ser muito clara diante dele, Morgan não conseguia explicar a coisinha minúscula que ela estava usando para se cobrir. Era uma se fosse um maiô, mas feito de algodão preto, com babados e uma espécie de avental que estava pendendo pela cintura dela, fazendo lembrar uma fantasia pervertida de empregada ou coisa assim. Na verdade, pervertida talvez fosse a melhor palavra para descrever o que ela estava usando, já que, especialmente naquela posição sugestiva em que ela estava, de costas para ele, Morgan podia ver com perfeição a maneira como o fio dentro em que consistia a parte debaixo do maiô não fazia nada para esconder os lábios de sua buceta.
Por um momento, ele pensou em perguntar a ela o que estava acontecendo, mas, ao vê-la virar um pouco o pescoço enquanto limpava o chão e notar que ela estava com um sorriso malicioso no rosto, Morgan se esqueceu de qualquer outra coisa que estivesse sentindo que não fosse desejo.
Se ela queria brincar, então eles iam brincar.
Aproximando-se dela silenciosamente, ele tirou um momento apenas para apreciar a bela cena que era vê-la balançando o traseiro enquanto fingia limpar uma parte do carpete que estava claramente impecável. Movendo-se lentamente para pegá-la com o máximo de surpresa possível, mesmo que ela aparentemente já soubesse que ele estava ali, Morgan se ajoelhou atrás dela, só então percebendo que havia um botãozinho bem no meio do fio dental, posicionado de uma maneira que o permitiria ter acesso a tudo o que havia entre as pernas dela, se o abrisse.
Aquela garota era tão malcriada...
Decidido a dar a ela o que merecia, Morgan inclinou a cabeça repentinamente e afundou os dentes gentilmente na carne daquela bundinha empinada, fazendo Charlie arfar.
— Bem-vindo ao lar, Sr. Sullivan. — ela sorriu por sobre um ombro, em um tom exageradamente servil — Eu estou quase terminando de limpar aqui...
— Eu estou vendo... — ele sorriu de volta, perverso — Por favor, não me deixe atrapalhar. Eu odiaria incomodar o seu trabalho.
— Não é incômodo nenhum. — Charlie se virou, ainda de quatro, deixando-o ver que a parte da frente de sua fantasia era apenas o decote mais fundo já feito pelo homem — Afinal, é minha obrigação, como sua empregada, é cuidar de tudo o que você possa precisar...
— Mas que eficiente você é... — ele riu, malicioso, correndo as mãos pela fina linha que cobria sua buceta, que mal chegava a ser um único fio de tecido — E que bom gosto você tem para uniformes...
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Como Seduzir o Seu Marido
RomanceDesde os 17 anos, Charlie Foster é apaixonada por Morgan Sullivan, o gentil sócio de seu pai que rapidamente se tornou seu melhor amigo. Agora, aos 20, e depois de várias tentativas frustradas de fazer Morgan vê-la como mulher, Charlie se vê impedid...