Capítulo 23 - Morgan

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Mesmo que nunca fosse admitir isso para Charlie, Morgan agora sabia porque ela tinha passado aquele último mês fazendo de tudo para provoca-lo e fazê-lo perder o controle. Além de ser muito divertido, o deixava em um estado de excitação constante que, ele tinha que admitir, era viciante.

Olhando por cima da tela de seu computador, sentado no sofá da sala de estar onde tinha vindo trabalhar, Morgan espiou Charlie brincando com os animais na varanda ali bem em frente, agradecendo aos seus por seu arquiteto tê-lo convencido a instalar portas com espelhos dupla-face ali, pois ele seria seriamente forçado a matar alguém, se algum dos vizinhos fosse capaz de ver a roupa que Charlie estava usando naquele momento, pelo lado de fora. Aparentemente, ela tinha se tornado fã de camisolas e pijamas que pareciam ter saído diretamente de um filme pornô ou dos sonhos proibidos de alguém. Provavelmente os dele.

Naquele momento, ela estava com um conjunto de camisa e short de renda vermelha que não fazia praticamente nada para cobri-la, como teoricamente deveria. A blusinha curta tinha um foro ainda mais fino que a renda sobre ele, fazendo com que a pele clara e os bicos escuros de seus seios fossem perfeitamente visíveis, a qualquer distância. Já o que ela usava entre as pernas nem sequer merecia ser chamado de shorts, já que mal chegava até a altura de seus coxas, destacando a bunda dela de maneira que ele não conseguia pensar em outra coisa além de descer uma bofetada ali e fazer a carne pálida se tornar rosada.

Mas ele não feria isso. Pelo menos não agora.

Quase uma semana inteira havia se passado desde o incidente na cozinha, em que ele havia feito o que achava que nunca poderia: deixa-la nua para ele e comer sua buceta no meio da cozinha, como se ela fosse sua refeição particular. E, merda, ela tinha adorado aquilo, pelo menos o suficiente para querer dar a ele um boquete logo em seguida.

Uma parte dele não podia deixar de se sentir culpada por ter cedido àqueles desejos e feito aquilo com ela, mas, por mais vergonhoso que fosse admitir, aquela parte estava se tornando cada vez mais insignificante e fácil de ignorar, conforme o tempo passava. Talvez fosse o fato de que antes de achava que aquele sentimento era totalmente unilateral e que ele estava profanando a inocência de Charlie ao pensar nela naquela maneira. Porém, agora, ao vê-la erguer a cabeça sobre o ombro enquanto movia o fio de lã que Sawyer estava perseguindo, parecendo querer ter certeza de que ele estava olhando, ela se colocou de quatro, erguendo o traseiro mal coberto na direção dele, mesmo que aquilo a colocasse na posição menos confortável do mundo para brincar com o gato.

Em momentos como aquele, ele não conseguia decidir quem estava profanando a inocência de quem, na verdade.

A coisa mais surpreendente no meio daquilo tudo, talvez, era descobrir que Charlie também o desejava, ao contrário do que ele poderia ter imaginado, não o havia perto perder o controle por completo e prendê-la em sua cama por uma semana inteira, enquanto tornava todos os seus delírios sujos com ela realidade. Na verdade, ele se sentia mais controlado do que nunca. Contudo, aquilo não tinha nada a ver com seus valores ou com o que ele acreditava ser certo ou errado. Tinha a ver apenas com prazer. Sua frustração anterior vinha totalmente do fato de que ele sabia que nunca poderia tocar nela como gostaria. Que ela nunca seria dele. Agora, porém, ao sentir seu pau endurecer ao vê-la o provocando daquela maneira, ansiando que ele tomasse a iniciativa, ele não se sentia mais frustrado ou precisando se controlar para conter seus desejos.

Ele poderia se aproximar e toma-la quando quisesse. E isso tornava tudo muito melhor. Era por isso que ele se controlava: pela antecipação. Pela excitação de saber que a estava deixando louca, assim como ela tinha feito com ele desde que se casaram. É claro, agora que tinha tido um gosto de como era estar com ela, ele sabia que não haveria nada melhor do que para se deitar sobre ela ali mesmo na varanda e torná-la oficialmente sua esposa. Mas, agora que sabia que o desejo dela também estava em jogo, ele queria mais do que apenas sexo. Ele queria vê-la necessitada, provocada e à beira do limite.

Como Seduzir o Seu MaridoOnde histórias criam vida. Descubra agora