017.

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Layla's POV

Já fazia um tempinho que eu estava encolhida em minha cama lembrando tudo o que havia acontecido, muitas vezes lágrimas caíam involuntariamente de meus olhos.

Sou tirada de meus pensamentos com meu irmão entrando no meu quarto com uma cara irritada.

— LAYLA AONDE VOCÊ TAVA? — Grita enquanto entra em meu quarto. — VOCÊ DEMORA PARA CHEGAR EM CASA, NÃO RESPONDE AS MENSAGENS, RECUSA AS LIGAÇÕES E AINDA IGNORA TUDO QUANDO CHEGA EM CASA. — Sinto mais um peso em cima de mim quando essas falas saem de sua boca. — VOCÊ VIVE VIDRADA NESSE CELULAR, O QUE CUSTA DAR SINAL DE VIDA? CADÊ SEU CELULAR? — Pergunta cada vez mais irritado, eu não conseguia responder nada para ele.

Guilherme começar a procurar meu celular pelo meu quarto inteiro, mas não acha.

— CADÊ ESSA MERDA? A VÓ MANDOU EU TIRAR ELE DE VOCÊ.

— Ele quebrou. — Respondo quase num sussurro para ele, minha voz estava falha demais, e o choro que só aumentava também não ajudava muito.

— Melhor assim então, e engole o choro, você não tem porquê chorar. — Diz o mais velho se retirando do quarto.

Sem nem perceber começo a chorar novamente ali, eu e meu irmão sempre brigávamos, mas por coisa besta, nunca havia chegado a esse ponto, e eu achei que nunca iria chegar.

Nós sempre nos demos muito bem por termos pouca diferença de idade, e eu sempre adorei isso.

Mason's POV

— Você não acha que pegou pesado demais com ela? Dava para ouvir seus gritos daqui. — Digo assim que vejo Guilherme chegando na sala.

— Ela demora para voltar pra casa, não da sinal de vida e ignora tudo quando volta, então não. — Ele responde irritado. — E ela ainda por cima quebrou o celular.

— Você pelo menos tentou conversar com ela? Talvez tenha algum motivo. — Fala Miguel, logo o Maroso mais velho fica mais irritado com sua fala.

— Não tem explicação pra isso. — Fala claramente estressado. — E se tivesse ela teria me falado.

— Você deu algum oportunidade para ela falar? — Agora foi a vez de Tristan perguntar, mas não obteve resposta. — Você não acha que seria bom tentar ver o que aconteceu?

— Talvez, mas eu não vou. — Fala Guilherme.

— O Mason vai. — Diz Miguel olhando para mim.

— Vou?

— Vai, de nós três você é o que tem mais intimidade com ela, sem contar que ela provavelmente confia mais em você do que na gente.

Subo as escadas da casa indo em direção ao quarto da garota, que estava com a porta fechada, então eu dou duas batidas esperando permissão para entrar

— Eu não quero conversar, Guilherme. — Ela responde com uma voz baixa, aparentemente cansada e triste, como se estivesse chorando há horas.

— Não é o Guilherme, Layla. — Respondo para ela, que logo abre a porta.

A garota estava com o rosto inchado e bem vermelho, e usava roupas um pouco mais largas.

— O que aconteceu? — Pergunto em um tom meio baixo, mas ainda conseguindo escutar, ela não responde nada, apenas me abraça e se esconde em meu moletom.

Layla aparentava estar assustada com algo, parecia sentir culpa. Ela chorava sem parar.

— Ei, calma. — Digo tentando acalmar a mesma. — Vem aqui. — Falo puxando ela para dentro do quarto novamente fechando a porta.

— Eu fiz algo de errado? — São as únicas palavras que saem de sua boca após se acalmar um pouco, mas ainda agitada.

— Não fez. — Digo a abraçando de lado, mas ela logo se encolhe, como se estivesse assustada. — Você.. acha que consegue contar o que aconteceu?

Ela faz que não com a cabeça, ainda encolhida.

— Não vou te forçar a nada, só quero tentar te ajudar. — Falo tentando pensar em algo. — Se eu fizer algumas perguntas, você consegue responder? Pode ser só com sim e não, e se não quiser, não precisa.

— Pode ser. — Fala com uma voz fraca, já estava ficando um pouco mal de vê-la assim.

— Aconteceu alguma coisa depois do vôlei?

— Sim.

— Tem alguém envolvido nisso?

— Sim.

— Eu e os meninos conhecemos ele?

— Talvez sim.

— É do nosso ano?

— Não.

— Do seu então?

— É.

— Essa pessoa fez algo com você? — Logo vejo lágrimas se formando em seus olhos e ela abaixando a cabeça. — Desculpa.

— Tudo bem. — Diz e logo nós dois ficamos em um silêncio confortável. — Mason. — Fala depois de um tempo, tendo a minha atenção. — Obrigada.. por me ajudar.

— Não precisa agradecer, sabe que eu sempre tô aqui se precisar.

— Se eu te contar um pouco do que aconteceu, você promete não contar pra ninguém?

— Claro.

— De dedinho?

— De dedinho. — Respondo estendendo meu dedinho e entrelaçando com o dela.

— Sabe o Liam?

Logo ela conta o que aconteceu, até as partes do seu passado, contava tudo com calma, como se isso estivesse guardado dentro dela por muito tempo, e nunca havia contado a ninguém.

— Você não deveria passar por isso. — Digo vendo ela acabada de tanto chorar após ter contado tudo. — Eu posso.. te abraçar? — Layla não responde nada, apenas me abraça forte, um ato confortante. Eu não gostava muito de toque físico, mas tinha algumas exceções.

Ficamos mais um tempo ali abraçados, até eu perceber que ela já havia se acalmado bastante. Ficamos quase quatro horas ali no quarto desde que eu entrei ali.

— Acha que meu irmão ainda está irritado? — Pergunta um pouco nervosa, acho que os dois nunca tinham brigado assim.

— Você sabe como ele é cabeça dura, então talvez sim. — Respondo sendo sincero para ela. — Se você quer descer lá eu vou com você.

— Provavelmente minha avó já chegou em casa, e ela vai querer falar comigo.

— A gente desce e vê se ela já chegou ou se seu irmão ainda estão irritado, prometo que não vou sair de perto de você.

Estávamos indo em direção a sala, onde estavam os meninos e avós da garota. A mulher mais velha a olha com uma cara de desgosto muito grande.

— Você vai ficar sem seu celular por pelo menos dois meses Layla, você deixou seu irmão preocupado porque não voltava nunca para casa, sabe que sua prima Bruna nunca faria isso, né?

— Que se foda a Bruna, você sabe que eu não gosto quando você me compara com ela, você tá sempre me diminuindo pra enaltecer ela ou a Bianca, sabe o quão chato isso é? Eu não tenho culpa se você não se orgulha de mim, e já que elas te dão tanto orgulho assim, fala pra elas, mas não me culpa, se você quer ter uma neta perfeita compra a porra de uma barbie então. — Layla praticamente cospe as palavras para sua avó, que estava a olhando irritada.

— Você realmente é uma cópia da sua mãe, não liga pros outros e fala sem pensar. — Diz a mais Velha, Layla não responde nada, apenas sai pela porta principal da casa, e eu a sigo.

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Esse aq ficou mt longo☠️☠️

Acho q eu nem cheguei a comentar, mas enfim, os avós da Layla e do Guilherme são por parte paterna, que nunca gostaram muito da mãe deles, então por isso as falas ali dela👍

Cap não revisado!!

Daylight | Mason ThamesOnde histórias criam vida. Descubra agora