Capítulo 17

186 26 2
                                    

⚠️Aviso Gatilho:Tortura e Violência ⚠️

Na manhã seguinte, estávamos chegando de volta no meu Castelo. Sawyer estava amarrado sobre meu cavalo, e durante o percurso tinha acordado duas vezes, e foi necessário bater nele com força para que apagasse novamente.
  Fomos direto para as masmorras.
  – vai precisar de ajuda?-- perguntou Duncan, depois de pendurar o maldito na parede pelas correntes.
  – não. De agora em diante, eu assumo.
  Duncan concordou com a cabeça e saiu. Eu enrolei as mangas de minha camisa até os cotovelos, não queria sujar minha roupa.
  Olhei para Sawyer, pendurado ali na minha frente. Era um homem de cinquenta anos ou mais, tinha a aparência de um nobre, mas que estava bem judiado, pois era um foragido.
  Sem querer, imaginei esse animal em cima de Eleanor, cortando sua pele, forçando-a a transar com ele.
  Senti a raiva surgir e crescer imediatamente.
  Meu coração batia forte e o suor formava gotas sobre minha testa.
  Eu fiquei esperando pacientemente que ele despertasse. Enquanto isso, imaginei qual seria a forma mais dolorosa que alguém poderia morrer.
  Cerca de uma hora depois, Sawyer acordou. Gemeu um pouco, percebendo que estava pendurado. Olhou ao redor e se assustou ao me ver. Mas não queria transparecer isso, então franziu o cenho e disse:
  – então, você é Aiden Mackenzie? Esperava mais.
  Eu não respondi, ele estava jogando comigo.
  – espero que tenha apreciado…– ele fez uma pausa para que eu olhasse atentamente para ele – a minha querida esposa.
  Com todo autocontrole do mundo, eu permaneci em silêncio. Olhei para ele e lentamente, movi meus olhos em direção as facas que estavam à minha frente.
  Ele seguiu meus olhos, mas é claro que não deixaria isso barato.
  – sabe o que eu fiz para que ela não gritasse mais?-- Sawyer continuou me provocando, mas eu via medo e desespero em seus olhos.-- usei facas com essas. Nunca mais ela gritou ou resistiu. Facilitei a vida para você, sabia? Devia me agradecer.
  Escolhi uma faca grande, com o corte bem afiado. Caminhei até ele e disse:
  – já ouviu falar aquele ditado: quem com ferro fere…– segurei ele pelos ombros e o virei de costas para mim, com o rosto na parede fria de pedras – completa para mim, senhor Sawyer…
  Ele sabia o que ia acontecer. Tentou resistir um pouco, ficou em silêncio.
  – vamos, senhor Sawyer… continue a frase– insisti, rasgando sua camisa de cima a baixo, deixando suas costas expostas – estava tão falante, ainda a pouco.
  – eu vou sair daqui e vou te matar, desgraçado!-- ele gritou, se debatendo, antecipando o que aconteceria a seguir.
  – não, não. Quem com ferro fere, com ferro – corrigi, rasgando sua pele com a faca, o sangue escorreu instantaneamente e ele gritou – será ferido.
  Sawyer se debatia, enquanto me xingava.
  Eu não gostava de torturar ninguém, mas confesso que aquilo estava sendo mais prazeroso do que nunca.
  – você acha que vai terminar assim? Seu filho da puta!-- ele gritou.
  – não, não. Imagine!-- eu respondi, sarcástico – isso está longe de acabar, meu caro.
  Ele virou o rosto, agoniado. Mas eu sabia que era para esconder o pavor que tomou conta dele.
 
  Dediquei-me a Sawyer até a hora do almoço. Aquele trabalho me dava fome.
  Precisava ver Eleanor, avisar que estava de volta. Contar que tinha encontrado Sawyer e que ele iria implorar para eu parar.
  Caminhei até minha ala.
  Ao abrir a porta, pude vê -la saindo da biblioteca e veio em minha direção.
  – querido! Estava preocupada!-- ela exclamou, me abraçando fortemente.
  – Eleanor, meu amor.-- respondi, beijando sua testa – cheguei logo pela manhã.
  – e não veio me ver?
  – estava acertando umas contas.
  Eleanor cobriu a boca com as mãos.
  – não me diga que o encontrou.
  – ele está nas masmorras. Eu te disse que Duncan o encontraria. E te disse também que o faria pagar por tudo.
  Ela estava incrédula.
  – eu vim apenas almoçar contigo, descansar um pouco. Logo vou voltar. Ele não pode ficar esperando.
  – Aiden… eu não acredito que…
  – ei, eu te fiz uma promessa. E vou cumprir.
  – eu sei, mas…
  – Eleanor, não precisa dizer nada. Eu estou aqui para ficar contigo. Se não quiser saber nada sobre ele, tudo bem. Não precisa vê-lo, nem irei contar o que estou fazendo. Sei que é doloroso para você.
  – eu agradeço…
  Sentamos para almoçar e embora tinha tido uma manhã sangrenta, me surpreendi em como isso não afetou meu apetite.
  Trocamos algumas palavras sobre a comida e sobre o clima, mas ao vê-la sorrindo para mim, meu corpo reagia.
  Eleanor não esperou por minha iniciativa, dessa vez. Enlaçou meu pescoço com seus braços e beijou-me com ardor. Ajoelhou em minha frente e me fez sentir coisas inexplicáveis, me tocou e me chupou como eu jamais esperava que fizesse. Surpreendeu minhas expectativas, me oferecendo um prazer inesperado.
  Quando olhava para baixo e a via ajoelhada, ficava prestes a perder meu juízo. Sua boca aveludada me envolvia e o calor de nossos corpos era quase visível.
  Eu a puxei para perto, ergui seus vestidos, e a possui ali mesmo na cadeira na sala de jantar. Entrei a ela com paixão, sentindo seu corpo quente e pronto para mim. Nossos corpos se movimentavam em sincronia, era como se faíscas saíssem de nós. Olhava fundo em seus olhos, reconhecendo o desejo que a inundava.
  Antes do orgasmo inevitável, eu a segurei, intensificando as estocadas, foi tudo muito surreal, quando entramos em sincronia plena e era impossível distinguir onde começava um e terminava o outro.
  Não era capaz de descrever o que eu sentia. Sei que ela também não era, pois depois que tudo terminou, permaneceu abraçada em mim em silêncio.
  Existe momentos que não é necessário que se diga nada, aquele era um desses momentos.

Sob as Regras do Clã Onde histórias criam vida. Descubra agora