"E quando eu notei, já era
Caí de paraquedas
Eu tinha tanto espaço
Fui pousar logo no seu abraço.( Intérprete: Gabriel Diniz)
*** 🛵 ***
— JU !!! AMIGAAAAA !! - Lucy entrou gritando no meu quarto.
— Pelas caridade, Lucyane Maria. Grita mais baixo !
— Levante, mulher. Tá um sol lindo lá fora ! Nem parece que caiu aquela chuvarada ontem à noite.
— Oxente, nem me fale. Peguei aquela chuva todinha.
— Ei - ela disse se sentando na cama ao meu lado - E por isso que tu tá com essa carinha? Gripou?
Respirei fundo, me lembrando do moído de ontem à noite.
— Antes fosse - falei já sentindo meus olhos arderem.
— O que aconteceu, Ju? - Lucy me perguntou com cara preocupada.
— Terminei com o Rodrigo.
— Eita mulinga, como assim?
— Peguei o Rodrigo garrado numa ruiva ontem à noite - falei colocando o travesseiro na minha cara.
— O quê ? Que fio de um cão ! Me explica melhor isso, Ju.
— Ele tem vergonha de mim, Lucy.
— Vergonha de quê ? Tu é linda, trabalhadora, honesta...não vejo o que possa ser uma vergonha.
— Ele disse na minha cara que merecia alguém mais atraente e bonita ao lado dele - as lágrimas começaram a cair no meu rosto - A gente se conhece há tanto tempo, como eu nunca percebi isso?
— Ô, meu amor não fique assim - ela se sentou ao meu lado na cama e eu pousei minha cabeça em seu colo.
— Só vou ficar bem, quando eu cortar totalmente os meus laços com aquele cão e conseguir esquecer ele.
— Tu vai conseguir, bixinha.
— O pior é que a gente tem um mói de coisas juntos, muitas recordações e até coisas materiais. A academia dele, por exemplo, eu ajudei ele a comprar muita coisa lá.
— Já sei, o que vai te fazer se sentir melhor. Vamos lá na sorveteria do seu Chiquinho tomar um sorvete de graviola e de queijo do reino que eu sei que tu ama!
— Ai, amiga. Num tô boazinha hoje não, visse. Não sei se serei uma boa companhia.
— Oxente, Juli. Tu sempre é uma boa companhia e sorvete é sempre bom pra afogar as mágoas.
Ela disse afagando meus cabelos e eu chorei mais um pouco com a cabeça em seu colo.
— Ô, Juli...tem uma coisa que eu não entendi - ela disse olhando ao buquê de flores em cima da minha mesa de cabeceira - Por que ele te deu essas flores?
Me levantei do colo dela e limpei minhas lágrimas com o dorso da mão.
— Ah...essas flores não foi ele. Foi Rodolffo quem me deu.
— Quem ?
— Rodolffo. Ele quem me deu - fui até as flores e sorri me lembrando dele - Ele estava lá no açude com essas flores, parece que também estava com dor de amor, me viu e me ofereceu o buquê para eu ficar bem.
— E tu já conhecia ele? Já tinha visto em algum lugar?
— Com certeza se eu tivesse visto eu o reconheceria. Ele é um desacato. Lindo, cheiroso, barba bem feita, percebi uma tatuagem grande no braço, uma voz grave e um jeito de olhar intenso e ao mesmo tempo carinhoso. Ele estava todo molhado por causa da chuva, com a camisa branca colada em seu corpo e achei ele delic...
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A arte do encontro
FanfictionO que é o amor, senão a arte do encontro? Duvida? Então me explique, como pode duas pessoas tão diferentes nos gostos e na personalidade, se encontrarem e se apaixonarem perdidamente? O amor vale conviver com as diferenças e enfrentar as adversidade...