Ainda bem

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"Ainda bem
Que você vive comigo
Porque senão
Como seria esta vida?
Sei lá, sei lá

Nos dias frios em que nós estamos juntos
Nos abraçamos sob o nosso conforto
De amar, de amar

Se há dores, tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me manda são fato
Do nosso cuidado e entrega

Meus beijos sem os seus, não dariam
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu, uma parte
Seria o acaso e não sorte

Neste mundo de tantos anos
Entre tantos outros
Que sorte a nossa, hein?
Entre tantas paixões
Esse encontro, nós dois, esse amor

Entre tantos anos
Entre tantos outros
Que sorte a nossa, hein?
Entre tantas paixões
Esse encontro, nós dois, esse amor

Entre tantas paixões
Esse encontro, nós dois, esse amor."

*** 🍳 ***

Alguns dias depois

Eu estava acabando de organizar a cozinha e já tinha dispensado a equipe, quando meu telefone tocou.

- Rodolffo - senti a urgência em sua voz e me preocupei.

- Ju? O que foi, amor?

- É mainha - respondeu chorosa - Ela passou mal e eu tive que chamar a ambulância. Nós chegamos no hospital e levaram ela para a emergência. Eu tô aperriada sem notícias, ninguém fala nada, tô quase invadindo tudo por lá.

- Amor, calma. Eu tô indo aí . Não faz nada. Me espera.

Ela murmurou um ok e desligou.

- Problemas com Dona Fátima? - Rael que estava ao meu lado e ouviu a conversa, perguntou preocupado.

- Parece que ela passou mal e Ju está com ela no hospital.

- Puxa, logo agora que a cirurgia dela tá marcada.

- É...ainda bem que ela está no mesmo hospital em que faz o tratamento. O pessoal vai saber tratar esse mal estar dela melhor - coloquei minha mochila nas costas - Rael, eu tô indo pra lá. Ocê fecha tudo aqui?

- Pode deixar, irmão. Cuida delas. Me mantenha informado e boa sorte.

Dirigi o mais rápido possível até o hospital, estacionei o carro na primeira vaga que achei, entrei e fui até a recepção, onde me informaram onde Ju estava.

Ela estava em pé na sala de espera da emergência andando de um lado para o outro e assim que me viu, correu para os meus braços.

- Oi, meu amor - falei a abraçando forte.

Juliette deixou o choro romper assim que a aconcheguei em meus braços, molhando com suas lágrimas a camisa que eu estava usando. Deixei que ela aliviasse a angústia no choro e fiquei fazendo carinho em seus cabelos, até sentir ela se acalmar.

- Me conta o que aconteceu.

Ainda fungando, ela levantou a cabeça do meu peito e me olhou triste.

- Eu tinha acabado de chegar da oficina e ela estava deitada. Achei estranho porque mainha não é de sossegar. Fui no quarto e ela estava pálida e respirava com dificuldade. Perguntei o que ela sentia e ela disse que o coração estava disparado e sentia um formigamento. Nem pensei muito, liguei para o socorro e viemos de ambulância pra cá. A equipe médica levou ela para a emergência e pediu para  aguardar que o médico logo viria com informações. Só que até agora, nada e nem ninguém apareceu.

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