Deixa Acontecer

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"Deixa acontecer naturalmente

Eu não quero ver você chorar
Deixa que o amor encontre a gente
Nosso caso vai eternizar

Você já disse que me quer
Pra toda a vida, eternidade
Quando está distante de mim
Fica louco de saudade
Que a razão do seu viver sou eu (sou eu, sou eu)
Tá tudo bem, eu acredito
E não tô duvidando disso (jamais)
Só que eu tenho muito medo de me apaixonar (também tenho)
Esse filme já passou na minha vida
E você tá me ajudando a superar

Eu não quero ser um mal na sua vida"

( Interpréte: Céu )

*** 🛵 ***

- Licença, moço.

- Tu aqui de novo, menina? É melhor ir embora, já não basta a confusão daquele dia?

- Eita, eu sei que meio que exagerei aquele dia. Alguém ficou bravo com tu ou te deu uma bronca?

- Não, os donos daqui são muito compreensivos e justos. Entenderam toda a situação.

- Que bom ! Mas, me desculpe visse.

- Tá desculpada. Agora pode ir.

- Mas..mas..é que...

- Vai embora, menina. Antes que algum dos meus patrões apareça.

- Mas, eu vim almoçar aqui.

Ele bufou e me olhou dos pés à cabeça.

- Hoje, por causa de um moído aí, a procura pelo almoço foi intensa e estamos com as reservas esgotadas. E além do mais... - ele me olhou novamente - ...não sei se tu tem o perfil pra frequentar aqui.

- É o que, cabra?

- Tu entendeu. Por isso, corre daqui porque os clientes, com reserva, já estão chegando.

- Não vou sair não, visse - falei com a voz já um pouco alterada - Pois, fique sabendo que eu fui convidada.

- E quem te convidou?

- O chef Matthaus. - alguém respondeu ao nosso lado.

- Ah...claro senhor, Israel - o chato respondeu mansinho - Eu já ia acompanhá-la até a mesa.

- Pode deixar que eu atendo a moça, Diniz.

O chato só assentiu com a cabeça e saiu de perto da gente.

- Prazer, eu sou o Israel, mas pode me chamar de Rael - ele disse simpático, entendendo a mão.

- Eu sou a Juliette, mas, pode me chamar de Ju.

- Me acompanhe, Ju. Vou te levar até a sua mesa - disse entrando no salão do restaurante.

Com calma eu pude perceber o quanto era lindo ali. Tudo bem requintado, mas, sem exageros. As grandes janelas iluminavam bem o local, mas havia algumas luminárias que davam um tom mais intimistas em algumas mesas que ficavam nos cantos. O cheiro bom que vinha dos pratos exalava por todo ambiente e os garçons passavam discretamente carregando bandejas de prata com as refeições e bebidas.

- Nossa, tá cheio aqui. É sempre assim?

- Nós temos boa procura pelo almoço. Mas hoje está mais agitado por causa do vídeo do Rodolffo.

- É parece que o pessoal engajou mesmo.

- Eu mesmo já assisti em lopping umas centenas de vezes - falou rindo.

A arte do encontroOnde histórias criam vida. Descubra agora