A vida é boa com você

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"Por um instante minha vida

Se fez mais bonita
Quando você chegou
Lá onde as estrelas dormem
A gente tem sorte
De encontrar amor

Eu só vim pra dizer
Que a vida é boa com você
Que a vida é boa com você
Que a vida é boa com você
Que a vida é boa

Do lado direito da rua
A casa que tem mais flores é dela
Lá onde o sol morre tarde
Enquanto desenha sombras pela janela

Eu só vim pra dizer
Que a vida é boa com você
Que a vida é boa com você
Que a vida é boa com você
Que a vida é boa

Por um instante minha vida
Se fez mais bonita
Quando você chegou
Lá onde as estrelas dormem
A gente tem sorte
De encontrar amor
Eu só vim pra dizer
Que a vida é boa com você

Que a vida é boa com você"

( Intérprete: Bryan Behr)

*** 🍳***

- E quanto à você , Piruca. Vai tirando o carro da garagem que tu será o motorista.

- Mas tá tudo bem mesmo com ela, Ju? A bebê tá bem? Não corre o risco de nascer no caminho? Tô tão nervoso que tô até tremendo. Nóóóó.

Ela riu, me abraçou e beijou minha bochecha.

- Calma, homi. Não se preocupe que tu não vai precisar fazer o parto da Duda...hahahaha - ela riu e eu fiz um careta pra ela - Não fique bravo, bixinho. Mas, nessas horas tem que manter a calma, já pensou quando for a minha vez e tu ficar todo aperriado aí.

- Rensga, não me deixa ansioso antes da hora, Juli. Credo - falei e olhei pra ela com um sorriso carinhoso. Era a primeira vez que a gente falava ou pensava na possibilidade da nossa vida juntos, mais adiante.

- Estamos prontos, gente ! - Rael apareceu ao nosso lado, com as malas e Laís logo atrás.

Eu tenho por mim que infringi todas as leis de trânsito neste final de tarde de domingo, sob protestos de Ju e de Laís. Chegamos ao hospital, os enfermeiros logo acolheram Laís e sua médica já estava lá. Mas, somente no finalzinho da noite, a médica veio chamar Rael pois, era a hora do parto.

Ficamos eu e Juli, apreensivos, sentados naquela cadeira desconfortável de hospital.

- Eu tava pensando. Se eu não tivesse isso pra cima do Diniz, talvez as coisas não ficariam tão tensas e Laís não ficaria nervosa.

- Não vamos pensar nisso agora, Rodolffo. O que aconteceu mais cedo não vai interferir em nada esse momento tão bonito e cheio de amor. Agora, vamos focar só em coisas positivas para o nascimento da Duda.

- Ocê tá certa - falei pegando a sua mão e dando um beijo.

Já se passava das onze horas da noite, quando Rael veio nos encontrar com um sorriso na cara.

- Nasceu, irmão ! Nasceu ! Minha filhinha nasceu ! - ele veio me dando um abraço apertado.

- Parabéns, cumpade - falei ainda o abraçando.

Depois Ju também o abraçou e desejou os parabéns e a médica também veio conversar com a gente.

- Papai, a Laís estava com 37 semanas de gestação e por isso a Duda ficará uns dias na neonatal recebendo alguns cuidados específicos. Mas, mamãe e bebê estão bem, saudáveis e só precisam de um tempinho para se recuperar.

- Mas, não posso ver elas, doutora?

- A Laís já está sendo acomodada no quarto e a Duda, vai passar rapidinho pelo berçario. Se quiser, pode ve-la pelo vidro.

Senti que Rael ficou dividido em decidir para qual das suas meninas ele deveria dar atenção primeiro.

- Vai lá ver a Duda, Rael. Eu vou ver como está Laís - Ju falou tocando o ombro dele - Acompanhe ele ao berçário, Rodolffo.

- Obrigado, cumade - Rael agradeceu já seguindo pelo corredor que dava ao berçário e eu o segui.

Chegamos ao berçário e pudemos ver a Duda, quietinha, deitadinha com os pezinhos virados pra nós. Rael chegou mais próximo do vidro e seus olhos estavam marejados.

 Rael chegou mais próximo do vidro e seus olhos estavam marejados

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- Oi, Duda...Oi, minha princesa. É o papai ! Até que enfim eu tô podendo ver o seu rostinho. Ficávamos conversando e contando história até a hora de ocê dormir na barriga da mamãe, lembra? Agora ocê tá aqui, bem pertinho...e filha, não deixe os outros bebês aí escutar, mas, ocê é a florzinha mais bonitinha desse jardim. O papai ainda não pode te pegar no colo, mas, logo logo a gente vai estar juntinho e eu vou adorar cuidar de você. Aliás, o papai vai amar mostrar esse mundo procê, minha filha. Eu sei que tem muita coisa pra consertar, tem muita gente perdendo tempo em ser infeliz, mas, também tem muita gente boa, que ama fazer o bem...e eu e a sua mamãe, vamos fazer de tudo pra que ocê seja feliz, tá minha filha?

- E o titio aqui também vai estar sempre atento pra ninguém fazer mal procê, princesinha.

- Tio, não - olhei pra ele sem entender e ele me puxou mais para o vidro - Filha, olha aqui o padrinho babão que a gente arrumou procê.

Olhei pra ele emocionado.

- Não deu tempo de perguntar se ocê queria ser nosso cumpade de verdade, irmão. Mas eu e Laís temos muito gosto se ocê aceitasse.

- Mas é claro que eu aceito.

Nesse instante, Duda se mexeu e parecia olhar pra gente do outro lado do vidro.

- Ah, Maria Eduarda...em tão pouco tempo ocê já veio para iluminar a tudo aqui. Chegou trazendo amor e deixando a vida do seu pai mais bonita, colorida e feliz!

- E do padrinho, também.

E quando percebi, nós dois estávamos chorando.

Saímos pelo corredor e Rael entrou no quarto para ver Laís e Ju saiu de lá, veio até mim e me abraçou.

- Deixei a família lá no quarto, esse momento é deles. A enfermeira disse que daqui a pouco vai levar Laís para ver a Duda e dar de mamar. Tá tudo bem com tu? - perguntou passando a mão nas minhas costas.

- Confesso que tá uma tranheira no peito, muitas emoções para um dia só.

- Verdade ! Mas, o bom é que acabou tudo bem...e a Duda nasceu, linda, forte, feliz e cheia de amor ao redor dela. O amor sempre vence !

Puxei ela para um beijo casto e apaixonado.

- Obrigado, por deixar tudo mais leve. Eu e Rael ficamos muito atrapalhados. Credo. Ocê cuidou de tudo e é muito bom pensar a minha vida contigo daqui pra frente. Te amo.

- Também gosto de pensar na minha vida contigo - disse me dando um selinho longo - Te amo, mais.

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Nota da autora

Capítulo reformulado e reeditado.

A arte do encontroOnde histórias criam vida. Descubra agora