A arte do encontro

Nosso amor se eternizando

"Ohoho ohoho ohoho

Seus olhos

São faróis me ajudando a encontrar o meu caminho

Depois que você chegou não sei o que é estar sozinho

Você foi a melhor coisa que me aconteceu na vida

Na vida inteira

Mil beijos de manhã

Pra provar que sou seu fã

E a vida inteira

Pra mostrar o quanto eu

Te amo

Hoje eu te entrego a minha vida

O meu destino e o meu coração pelas suas mãos

Meu sobrenome e o seu nome combinando

Nossa familia reunida

Admirando quanto esta bonita sempre linda

E o nosso amor se eternizando"

(Interpréte: Israel & Rodolffo)

*** 🍳 ***

Nosso casamento foi marcado para acontecer no fim de tarde, quando o sol começasse a se pôr. Ju escolheu uma pequena capela histórica dedicada à Nossa Senhora do Pepétuo Socorro, toda branquinha, localizada em uma colina cujo nome significa "lugar onde primeiro se avista o sol", em uma cidade que fica a uma hora de distância de Campina Grande. 

Como a igrejinha cabe poucas pessoas, Cíntia a nossa cerimonialista armou toda a estrutura do casamento no gramado em frente, com tendas e cadeiras, de modo em que o altar ficasse embaixo no portal da igreja, como uma espécie de moldura.

Viemos em carros separados e saímos em horários diferentes. Eu, minha família, Rael, Laís e Duda, Pedro e Mel, Dona Selma e Arnaldo viemos em uma van, enquanto Ju e sua família, mais Lucy, Aline e Luana estavam vindo em outros carros.

Quando chegamos ao local, ainda faltava meia hora para começar a cerimônica eu eu andava de um lado para o outro sob protestos de Bella que dizia que eu ficar quieto, pra não suar e manchar o meu terno escuro.

― Vai ficar nas fotos do casório, parecendo um maratonista todo suado e que veio a pé até aqui.

Rael brincou comigo na tentativa de me acalmar e todos em volta riram, menos eu. Quanto mais falassem comigo, mas eu ficava nervoso.

― Não consigo controlar o meu nervosismo. Credo. 

― Vai dar tudo certo, irmão - ele disse dando uns tapinhas em meu ombro.

― Como que ocê sabe que vai?

― Uai, não sei. Mas, já casei e sei o que de nada adianta essa ansiedade, pois, se ela quiser fugir...agora tá longe !

― Ocê é um péssimo padrinho, Rael - ralhei com ele, que gargalhou muito da minha cara e só parou porque Laís deu um beliscão nele.

Faltavam 15 minutos para o casamento e as cadeiras do gramado já estavam ocupadas por nossos amigos e familiares.