Reza

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"Deus me proteja da sua inveja


Deus me defenda da sua macumba
Deus me salve da sua praga
Deus me ajude da sua raiva
Deus me imunize do seu veneno
Deus me poupe do seu fim

Deus me proteja da sua inveja
Deus me defenda da sua macumba
Deus me salve da sua praga
Deus me ajude da sua raiva
Deus me imunize do seu veneno
Deus me poupe do seu fim
Deus me acompanhe
Deus me ampare
Deus me levante
Deus me dê força
Deus me perdoe por querer
Que Deus me livre e guarde de você
Deus me acompanhe
Deus me ampare
Deus me levante
Deus me dê força
Deus me perdoe por querer
Que Deus me livre e guarde de você
Deus me perdoe por querer
Que Deus me livre e guarde de você
Deus me livre e guarde de você

Deus me livre e guarde de você"

( Intéprete: Rita Lee )


*** 🍳 ***

Acordamos e já passava das dez da manhã do domingo. Enquanto Ju tomava banho, desci para a cozinha pra fazer um café rápido. Hoje, conforme combinado eu e ela vamos passar o dia no Rael.

Aliás, ele já me mandou mensagem avisando que resolveu a situação com o Diniz ontem à noite mesmo e parece que o caboclo não entendeu muito bem a sua demissão, pra ele as reclamações não são verdadeiras e ele acha injusto sair, já que é o funcionário mais antigo do restaurante. Rael me disse que explicou tudo camalmente à ele, avisou sobre os seus direitos e que vamos pagar tudo certinho, mas parece que ele saiu bastante contratriado de lá.

- Hummm, que cheiro bom. O que tá fazendo aí ? - Juli perguntou me abraçando por trás e beijando minhas costas.

- Nosso café da manhã, Juli. Ovos mexidos, queijo branco, torradas, geleia de amora, pão, frios, suco de melância, mamão picado e café preto.

- Meu Deus ! Eu não canso de agradecer por você ter entrado na minha vida. Se dependesse de mim, o café da manhã seria um café preto e um cuscuz na manteiga e só !

- Pois, fique sabendo que eu adoro cuscuz, dona Juliette.

- Ah é?

- Sim.

- Então, pronto. O nosso próximo café da manhã será lá em casa e eu vou fazer o cuscuz.

- Isso é um convite, minha pimentinha?- falei girando ela na minha frente e lhe dando um cheiro no cangote, fazendo ela se arrepiar.

- Sim. Final de semana que vem, mainha estará na casa de uma das minhas tias, em João Pessoa resolvendo um moído de família.

- Algo ruim?

- Não. Parece que são algumas coisas de inventário que meu avô deixou pra ela. Nossa família nunca foi de posses, mas, meu avô tem um salão grande em Campina Grande, onde ele tinha um mercadinho de secos e molhados.

- E o que é lá agora? - perguntei enquanto acabava de passar geléia na torrada e colocava em sua boca.

- Agora? Nada - disse dando uma mordida na torrada - Não sei o que mainha vai querer fazer, teve uma época que Rodrigo pedia para que eu a convencesse à abrir a academia dele lá.

A arte do encontroOnde histórias criam vida. Descubra agora