"Terminou, espalhou pra todo mundo
Encheu a boca pra dizer que 'tá feliz em me perder
E que seu beijo vai virar assuntoMas o assunto fui eu, aparecendo de mãos dadas com outro alguém
Jogando na sua cara que eu te superei
Doeu, eu sei
Até parou de conversar, fechou a cara
E não parava de me olhar
Eu vi de longe sua volta por cima
Indo água abaixo assistindo a minha
Por que? Vem
Porque quando 'cê me viu
Seu brilho sumiu
Sua noite acabou
Passar vergonha ao vivo é pouco pra falador
Porque quando 'cê me viu
Seu brilho sumiu
E pra minha sorte, cão que late não morde"( Interpréte: Israel e Rodolffo feat Mari Fernandez)
*** 🛵 ***
- Boa tarde, os senhores estão satisfeitos ? - perguntei aos homens com caras de empresários que haviam acabado de pedir a conta.
- Sim, senhorita. Foi tudo perfeito, desde a entrada até à sobremesa. Transmita meus cumprimentos ao chef.
- Darei os parabéns à ele, pessoalmente. Obrigada por escolher o Casa do Pequi Restaurante. Uma boa tarde à vocês - agradeci, enquanto eles já se levantavam e sorriam satisfeitos pelo almoço.
Olhei para o lado da cozinha e vi Rodolffo em seu ponto estratégico, me observando de lá. Não aguentei e lhe mandei um beijo de longe, fazendo ele abrir um sorriso imenso.
Já estamos no meio da semana e tanto eu quanto Lucy nos familiarizamos com todo o pessoal e a dinâmica do restaurante. A equipe é muito massa e todos, sem exceção, nos receberam muito bem.
Mas, vou dizer, viu...é loucura ! Nas horas de pico das refeições é um corre corre danado, uma gritaria na cozinha e uma mistura de aromas e barulhos de pratos, talheres e panelas. Já no salão, os garçons caminham alheios à essa confusão e os clientes nem imaginam o quanto é tenso servir tudo de forma perfeita.Mas, no final tudo dá certo e a clientela só aumenta. Também, o ambiente é acolhedor, os funcionários são simpáticos e o chef é um gost...quer dizer, o menu preparado pelo chefe é muito gostoso.
- Senhora Juliette, o cliente da mesa dois avisou que podemos servir a surpresa que ele preparou para a esposa.
- Ah sim, Arnaldo. A Mel já deve ter terminado de decorar o bolinho em comemoração à bodas de porcelana deles. Por gentileza, peça para buscar com ela e os servirem, ok?
- Sim, senhora.
- E ah...não precisa me chamar de senhora, Arnaldo. Pode me chamar só de Ju.
- Desculpa senh...quer dizer, Ju. É força do hábito. Apesar de nossos chefes também não ligarem para essas convenções, nós aqui no restaurante temos muito respeito e admiração à eles e por isso usamos esses termos.
- Oxente, homi. Mas, eu não sou sua patroa, não.
- Mas é namorada do chef, que é a mesma coisa...
Ele disse isso e saiu. E eu fiquei bem pensativa...Namorada?
- Oxente! A fofoca do povo tá sendo mais rápida que a gente - pensei e dei um sorriso fraco.
Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo e eu e Rodolffo nem demos nome ao que estamos vivendo.
- Mas enfim, tá bom do mesmo jeito, visse - dei de ombros e sorri ao me lembrar da gente se pegando em quase todos os cantos do restaurante.
Sou tirada dos meus pensamentos, com o celular vibrando em meu bolso. Olho para o visor e estranho de quem é a ligação.
- Lucy? O que aconteceu? Por que tá me ligando? Tu não tá na recepção aqui no restaurante mesmo? - falei já olhando para o local e vendo ela no balcão próximo à porta, também ao celular.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A arte do encontro
FanficO que é o amor, senão a arte do encontro? Duvida? Então me explique, como pode duas pessoas tão diferentes nos gostos e na personalidade, se encontrarem e se apaixonarem perdidamente? O amor vale conviver com as diferenças e enfrentar as adversidade...