pressentimento

2.3K 172 42
                                    


Luiza pov:

 
  Eu e a Rebeca estávamos indo em direção a praia da barra, em meio a conversas descontraídas e divertidas, ela tem uma energia bem pra cima e não é uma pessoa difícil de manter uma conversa.

- Então Lu, toda sua família viajou e só você ficou para trás ? ( Ela pergunta olhando pra o trânsito a frente)

- Ah, não não. Só meu pai, minha mãe e minha irmãzinha, a Carol tá na casa do Roger, acho que você os conhece lá da facul.  Eu confesso que adorei passar um tempo sozinha, casa com muita gente é sempre bem barulhenta, tava precisando de sossego.

- tenho inveja de você sabia?

- hahaha é a primeira vez que ouço uma ricona dizer que tem inveja de pobre.

- Aí para, é sério ( ela tá um tapinha na minha perna) sempre quis ter a casa cheia sabe? Sempre fomos eu e os meus pais, e eles mal ficam em casa, basicamente fui criada pela empregada da nossa família, dona Lúcia. Ela é um amor Lu, eu a chamo de mami, espero que um dia você conheça ela. ( Ela fala dando uma piscadinha pra mim) .

A Rebeca não tem nenhum medo de mostrar interesse por mim, mas é o que penso, quando um não quer, dois não brigam e muito menos se pegam. contanto que ela não ultrapasse nenhum limite, tá tudo bem. ela é uma pessoa agradável de se ter por perto.

Seguimos caminho jogando mais conversa fora, cantando as músicas que tocavam na rádio. Quando enfim chegamos, descemos do carro e ela retira sua prancha que estava na parte de cima, a Beca tinha toda uma vibe de surfista mesmo, daquelas típicas meninas que aparecem nas séries de tv. Ela me entregou um desses macacões para mergulho, pegou suas coisas e eu as minhas e fomos para a areia. Confesso que estava ansiosa e animada, nunca subir em uma prancha antes e acredito que não subirei hoje também, pelo menos não durante mais que três segundos.

Caminhamos pela areia e em poucos minutos ouvimos uma voz masculina gritando o nome da Rebeca, olhamos para o lado e tinha um homem a uma certa distância acenando com as mãos ao que parece nos chamando pra se juntar a ele. A beca segurou o meu braço e me puxou em direção ao mesmo.

- Oi pai, você veio mesmo.

- PAI? ( eu falei talvez um pouco assustada demais)

- Sim, Lu. Esse é o meu pai, Paulo. Pai essa é a Luiza.

- Prazer em conhece-la Luiza. Já ouvi essa mocinha falar de você uma ou duas vezes viu.

- ah pra...pra..prazer senhor Paulo.

- sem formalidades minha jovem, só Paulo. Eu não pareço um senhor pareço?

O pai da Rebeca era um homem alto, os olhos azuis parecia da cor da água das Maldivas, cabelo grisalho, e tenho quase certeza que ele não tem 1% de gordura no corpo, ele provavelmente me jogaria a uns 3 km de distância sem fazer esforço algum.

- Ah tudo bem, só Paulo então.

- isso aí querida. Vou cair na água filha, bora ?

- eu já vou pai, vou ensinar essa mocinha aqui a subir em uma prancha Primeiro.

- haha tudo bem, aproveitem. ( Ele sai em direção ao mar com a prancha por baixo do braço)

- quando você me disse que ia uma galera para a praia, você não tava falando do seu pai né?

- hahaha não, meus amigos já estão todos ali na água tá vendo aquele grupo ali sentados na prancha conversando? São eles. Eu não sabia se meu pai vinha ou não, as vezes a gente faz essa programação juntos quando ele tem tempo.

Valu- O InicioOnde histórias criam vida. Descubra agora