Provocações

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  Luiza pov

  Bom... ( Falo levantando devagar e olhando fixamente pra ela) - Entao acho que eu não tenho escolha a não ser te acompanhar nessa dança não é mesmo? ( Eu falo chegando bem próxima ao seu corpo, a deixando quase que paralisada com a aproximação) se Valentina achava que iria conseguir ganhar nesse joguinho de provocações ela estava muito enganada, aqui era somente eu e ela, não tinha seus amigos filhinhos de papai e mamãe ricos pra ajuda- lá a me provocar, tão pouco eu ia me sentir inferior por estar fora da minha zona de conforto. Aqui eu sou a dona do hábitat, aqui eu não vou abaixar a cabeça, eu que estou no controle!!
  
- Então Lu ( diz ela desviando o olhar sem graça) me acompanha nessa dança ?
 
- Claro, me mostra o que sabe Valentina ( digo, provocante)
O que foi o suficiente pra que seu olhar se colocasse de volta de encontro ao meu. Valentina chega perto e coloca a mão na minha cintura me puxando com força ( não daquela forma bruta, mas daquelas de alguém com pegada, com a força certa) aquilo me tirou do eixo por alguns segundos mas não tempo suficiente pra que ela notasse o impacto que aquela ação causou sobre mim. Ela se afastou pra poder da play na música me deixando um pouco nas nuvens com o pouco movimento que tinha acabado de fazer, e quando deu play se voltou pra mim, vindo lentamente em minha direção e voltando a por a mão na minha cintura onde começamos a nos movimentar lentamente.

A música era envolvente, intensa, precisava de toda a sexualidade possível pra poder dança-la. Valentina se virou de costas pra mim, com o corpo colado ao meu e começou a se mover de uma forma que parecia que seu corpo era um tipo de peça que complementava o meu, nós duas tínhamos um ritmo intenso, como se estivéssemos ensaiando aquela dança a muito tempo, ela se movia com maestria e eu, claro, nunca me esforcei tanto pra da o meu melhor, pois mesmo que aquilo estivesse mexendo comigo de alguma forma, não poderia deixar com que ela achasse que tinha algum poder sobre mim. Valentina se virou pra mim em determinado momento da dança, onde não consigo descrever qual, pois estava a todo momento tentando ter um auto controle quase que insuportável de segurar pra não agarra- lá ali mesmo ( Deus, estou a muito tempo solteira e sozinha) pensava. Quando ela se vira cola sua testa a minha e continua a se movimentar e assim ficamos, de rostos quase que colados em um tempo onde nao sei dizer precisamente.
   
- Luiza, que tal a gente esquecer por alguns minutos nossas provocações fora daqui ? ( Ela diz parando a dança ainda com sua testa colada na minha e seus olhos fechados)
   
- Valentina... ( Falo em sussurro)
   
- Deixa pra lembrar que eu sou uma estúpida depois ( ela fala olhando no meu olho)
  
Não tenho tempo de responder, Valentina agarra minha nuca e me puxa pra um beijo, o beijo começa lento, de começo é apenas um toque de lábios, mas logo que ela percebe que não vou me afastar começa a movimentar seus lábios, de forma lenta, intensa e cheia de desejo. Eu não a suporto, isso é verdade, mas naquele momento parece que todo meu ódio por ela se torna desejo, como se eu quisesse descontar toda raiva que ela me fez sentir todo esse tempo naquela boca. A beijo com vontade, peço espaço pra colocar a língua que logo é aceito por ela, iniciando um beijo que antes lento, agora é cheio de tesão, um beijo urgente. Subo lentamente uma mão que antes estava na sua cintura pra os seus cabelos, os puxando para trás, fazendo com que nosso beijo parasse e ela me olhasse nos olhos, enquanto a outra mão ainda permanecia na sua cintura.

    - Agora eu vou descontar toda raiva que sentir de você esse tempo todo, isso não vai passar daqui, entendeu Valentina?

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