Capítulo 05

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Marichello desceu as escadas e abriu a porta, alguém muito impaciente batia incansavelmente.

- Oh senhor Duque. - espantou-se ao abrir a porta e dar de cara com o homem.

- Condessa como tem passado? - ele tirou o chapéu fazendo uma reverência.

- Bem senhor Duque. - devolveu a reverência. - Que bons ventos o trazem à minha humilde casa? Venha, acompanhe-me até a sala, desejas tomar algo?

- Não Condessa agradeço. - respondeu se sentando. - Creio que necessitamos conversar sobre a senhorita Anahí. A senhora prometeu-me lhe conceder sua permissão para que eu lhe fizesse a corte e agora descubro que aquele rapazote estas a cortejá-la.

- Oh senhor Duque perdoe-me, mas prometi-lhe convencer minha filha a aceitar que o senhor lhe fizesse a corte, porém, minha ela mostrou-se extremamente contra a ideia e sem o apoio do Conde eu não pude fazer nada, perdoe-me.

- Eu confiei na senhora quando me disseste que me daria a mão de sua filha, a senhora assegurou-me que nenhum outro cavalheiro iria atrapalhar meus planos, tínhamos um combinado.

- Certamente senhor Duque, mas não podias deixar minha filha arruinar o nome de minha família, recorda-se de que tenho mais uma filha e não queria vê-la cair em más línguas por conta das atitudes da irmã. Graças a Deus minha filha pela primeira vez aceitou que um cavalheiro a cortejasse, não és minha culpa se ela não simpatizou-se com o senhor.

- Estou muito decepcionado com a senhora Condessa.

- Oh senhor Duque minha pobre filha não é adequada para o senhor, um homem fino e elegante merece uma dama mais adequada, tenho certeza de que muitas senhoritas na vila sentir-se-iam lisonjeadas em serem cortejadas pelo senhor.

- Não tente enganar-me Condessa, tínhamos um combinado e falhaste com sua palavra. Agora deves preparar-te, pois, isso não irá custar apenas a nossa amizade e o apreço que tenho pela sua família.

- O que queres dizer com isso? - o olhou assustada.

- Em breve saberás Condessa. - levantou-se.

- Já vai senhor Duque?

- Sim, passar bem Condessa. - respondeu seco e deu as costas ao colocar o chapéu.

Marichello fechou a porta e colocou a mão no coração. Ficara preocupada com as palavras do Duque.



Anahí abraçou o casaco e fechou os olhos conseguindo ainda sentir o perfume de seu dono. Não tivera oportunidade de devolver o casaco a Alfonso e ele também não tocara mais no assunto. Anahí estava grata por isso, pois a verdade era que não queria devolver-lhe o casaco. Ele era uma doce lembrança do cavalheiro e mesmo que não assumisse para ninguém, nem ao menos para irmã estava se apaixonando por ele. Por isso só quando a irmã adormecia ou saia do quarto, como naquele momento, Anahí se permitia tirar o casaco debaixo da cama - onde o deixava escondido - e perder-se em lembranças.

Ao ouvir passos no corredor Anahí voltou a esconder o casaco e deitou-se na cama fingindo dormir. Dulce entrou no quarto apressada e subiu na cama da irmã chacoalhando-a.

- Ande Anahí, acorde, vamos!

Anahí abriu os olhos e passou a mão pelo rosto fingindo despertar.

- Ora Dulce o que queres?

- Tenho boas noticias, o Duque Carter acabas de sair daqui. - sorriu.

Anahí ficou séria e sentou na cama.

- Acalme-se já disse que são boas noticias, mamãe deixou claro que ele não poderá mais cortejá-la e apesar do senhor Duque parecer muito aborrecido ele parece ter aceitado a decisão de mamãe e papai, estas livre dele minha irmã! - Dulce sorriu radiante.

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