Capítulo 23

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Alfonso foi o primeiro a avançar sobre o Duque, manteve os pés afastados e alinhados com o ombro, não podia perder o equilíbrio ou tropeçar. Queria acabar logo com aquela luta e voltar pra casa.

Alfonso podia ser mais jovem e ágil, mas Willian tinha o tempo e a experiência a seu favor. Deslizando os pés para a frente rapidamente o Duque bateu a espada dele contra a de Alfonso com tanta força que o mesmo sentiu sua espada vibrar em suas mãos.

- Nada mal pra um velho senil. - Alfonso sorriu zombando-o e recuou.

- Você ainda não viu nada! - Willian provocou com um sorriso.

Alfonso observou os movimentos do Duque, como ele mexia seus pés. Precisava ficar atento aos movimentos de Willian, logo ele iria estabelecer um padrão e Alfonso saberia quando ele iria atacar. E então atacaria de volta.

Willian fazia o mesmo com Alfonso. Podia não lutar há anos mais conhecia muito bem como uma luta de espadas funcionava. Seu capataz não fora capaz, mas o Duque jurou a si mesmo que faria Alfonso ir ao chão com ambas as espadas cravadas fundo em seu coração.

Alfonso usou seus reflexos e avançou sobre o Duque, o mesmo conseguiu se defender do primeiro ataque, mas não foi rápido o bastante para se defender do segundo. A espada de Alfonso cortou o ar e atingiu o braço do Duque, cortando-o na região do ombro.

- É o melhor que pode fazer? - Willian debochou.

- Você ainda não viu nada. - Alfonso devolveu as palavras.

Christopher assistia a luta preocupado. Quando o sol nascesse Alfonso ficaria em desvantagem. Por ser maior que o Duque, o mesmo provavelmente iria encurralá-lo em uma posição em que o sol ofuscasse seus olhos. E se Alfonso mudasse de lugar, era alto o bastante para encobrir os raios de sol, e isso iria garantir que o Duque conseguisse enxergar. Willian usaria a altura de Alfonso a seu favor, sendo mais alto suas pernas ficariam mais expostas. Um golpe no joelho poderia prejudicar Alfonso e fazê-lo perder a luta.

Alfonso tinha consciência e tinha a mesma preocupação do primo, mas derrotaria Willian antes que o sol nascesse, usaria a lentidão dele a seu favor. A próxima vez que lhe tocasse com a espada seria no coração.



Anahí encarou o relógio que marcavam cinco horas da manhã.

- Quanto tempo até o sol nascer? - Any encarou Elizabeth.

- Três quartos de hora aproximadamente (45min). - Elizabeth respondeu preocupada.

- Não precisa preocupar-se, antes que o sol possa ofuscar a visão de seu marido, Alfonso já terá regressado. - Christian respondeu. - É muito frustrante saber que não pude ir porque ainda não me casei, nem tornei-me rei.

- Então é por isso que estavam preocupados com o nascer do sol? - Any encarou Elizabeth.

- Sim. Não sei nada sobre duelos, mas os cavalheiros evitam duelar antes do pôr do sol ou após o sol nascer. Os raios podem ofuscar a visão e deixá-los em desvantagem.

Passos na escada chamaram a atenção de Anahí e quando se virou ela viu Dulce.

- Não consegui dormir depois que meu marido partiu. - suspirou e se ajoelhou na frente da irmã. - Como

está?

- Sinto que meu coração vai partir a qualquer momento, se meu marido não entrar por aquela porta.

- Vai dar tudo certo minha irmã. - Dulce sorriu confiante.



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