Capítulo 02

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Anahí fechou os olhos e sorriu enquanto Dulce secava seus cabelos após ajuda-la no banho.

- Então minha irmã me conte como era o cavalheiro que foi tão gentil? - Dulce sorriu ao fazer a pergunta.

- Ah não há o que dizer, era um cavalheiro comum. - Anahí deu de ombros tentando soar indiferente, mesmo que no fundo não conseguisse tirar Alfonso da cabeça e o último adjetivo que daria a ele seria comum.

- Como não?! - Dulce se empoleirou na cama da irmã ficando uma de frente para a outra. - Ele é jovem? É algum conhecido de nossa família? Já nos encontramos antes, ele estava no baile?

- Sim é jovem e não estava no baile, tão pouco o conhecemos. Pelo que me recordo ele não é daqui por isso estava andando pela floresta, algo que não deve ser feito. - respondeu.

- Ele é bonito? - Dulce sorriu.

- Sim muito bonito - suspirou distraindo-se. - Cabelos negros como a noite, alto, porte atlético como de um príncipe, elegante e olhos esverdeados tão expressivos. Nunca vi olhos tão belos assim.

- Oh minha irmã estas apaixonada pelo nobre cavalheiro. - Dulce sorriu cobrindo os lábios com as mãos.

- O que? - a olhou séria. - Não diga tolices, não estou apaixonada. - ralhou, mas suas bochechas ruborizaram.

- Oh esta sim veja só está corando. - sorriu com deleite.

- Eu estou com raiva, pois, ele foi extremamente atrevido e mal educado. - levantou-se da cama.

- Creio que estas a mentir minha irmã. - Dulce sorriu docemente.

- Não me tomes como uma mentirosa, estou sendo totalmente verdadeira. - cruzou os braços ofendida.

- Pode ser, porém nunca a ouvi falar de forma tão encantadora sobre algum cavalheiro. - sorriu. - Oh agora que me dou conta! Disseste que ele não é daqui, talvez seja parente do senhor Uckermann.

- Não sei ao certo. E não me importa. - completou.

Uma batida na porta interrompeu o assunto de ambas e o Conde Portillo entrou no aposento. As duas fizeram uma reverência e esperaram que o pai se manifestasse.

- Sua mãe e eu conversamos.

- E o que decidiram papai? - Anahí olhou o pai assustada.

- Se casará com o Duque Carter apenas se assim desejar. - Enrique respondeu.

- Oh papai, obrigada, obrigada. - levantou-se da cama aliviada e o beijou no rosto.

- Não quero vê-la infeliz minha filha, mas precisas aceitar um pretendente, se não deseja casar-se com Duque Carter não irei obriga-la, mas é necessário que deixe outro cavalheiro lhe fazer a corte, sua mãe não permitirá que fujas do casamento por mais tempo e sempre recusaste a corte de qualquer outro jovem.

- Eu compreendo papai. - respondeu cabisbaixa.

- Digo isso para o seu bem, se o cavalheiro Uckermann propor compromisso à sua irmã, sua mãe fará de tudo para que se case com Duque Carter e talvez eu não posso impedi-la.

- E quer que eu aceite me casar com aquele velho? - o encarou horrorizada.

- Não, mas garanto-lhe que se permitir que um jovem de boa família a despose, irá apaixonar-se por ele com o tempo, como ocorreu comigo e sua mãe. Sei que não quer passar o fim de sua vida sozinha.

Dulce mordeu a língua para não intrometer-se e contar ao pai sobre o cavalheiro que ajudara a sua irmã com quem, apesar de negar, Anahí se encantara. Será que a irmã não vira que aquela era a solução perfeita? De certo o cavalheiro ficaria honrado em casar-se com Anahí considerada uma das jovens mais belas da vila.

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