Capítulo 14

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Anahí acordou na manhã seguinte com batidas frenéticas na porta. Assustada ela levantou-se sentindo a cabeça latejar e deitou na cama. Tinha medo de que fosse o Duque.

- Senhora, senhora sou eu Manoela, a senhora está bem?

Com muito esforço Anahí se levantou da cama e conseguiu destrancar a porta. Manoela ao ver a camisola, o rosto e parte do cabelo de Anahí coberto de sangue assustou-se.

- Virgem Santíssima o que houve com você? - cobriu o rosto com as mãos.

- Eu...

- Manoela?! - a voz do Duque sobressaiu-se próximo dali.

Anahí deu um passo atrás com medo ao ver as passadas apressadas do Duque. Furioso ele entrou no quarto flagrando as duas juntas. Anahí deu um passo atrás acuada.

- Ai esta você. O que fazes aqui? - Willian fuzilou Manoela.

- Oh perdoe-me Duque, vim apenas averiguar se minha senhora necessitava de algo. Veja o que lhe passo, tropeçou ao ir para o banheiro. - apontou o rosto de Anahí. - Permita-me ajudar minha senhora a banhar-se e vestir-se.

- Não demore! - ele respondeu e olhou Anahí com ódio antes de sair.

Manoela ajudou Anahí a sentar-se na cama.

- Tenho algumas ervas aqui que vão ajudá-la. - Manoela se levantou e foi até o banheiro.

Anahí tocou a testa onde havia se cortado e gemeu. Manoela voltou em um minutos com uma travessa com água, algumas ervas e uma toalha limpa.

- Deixe-me ajudá-la a limpar isso. - Manoela molhou a toalha na água e aproximou do rosto de Any.

Anahí fez uma careta e fechou os olhos.

- Por que está me ajudando?

- Vivo nesse casa há anos e já vi as coisas que o Duque foi capaz de fazer com as duas primeiras esposas.

- Por que ele é tão cruel?

- Casou-se com a primeira pela fortuna dela, a pobrezinha tinha a saúde muito frágil e o Duque tratou de interromper a vida dela antes da hora.

- O que ele fez? - encarou Manoela com horror.

- A deixava trancada no quarto sem comer e tenho fortes suspeitas de que, o Duque a envenenava.

- Como pode ter certeza?

- Porque a pobrezinha piorou rápido demais após se casar com o Duque, uma vez quando ela já estava nas últimas o flagrei misturando uma bebida diferente no suco dela. Minha única prova senhora é as poucas coisas que vi e ouvi, sei que não prova nada e por necessidade me calei todos esses anos. Mas sei o que o Duque é capaz de fazer senhora. Quero ajudá-la para que não passe pelo que as outras passaram.

- O que houve com a segunda esposa?

- Ela era como você quando chegou, cheia de vida. Era nítido a forma como o Duque a olhava, creio que ele realmente gostava de sua segunda esposa, mas o coração dela pertencia à outro. Assim como o seu. - Anahí a olhou assustada. - Todos aqui nesta casa e na vila sabem que casou-se com o Duque obrigada.

Anahí abaixou a cabeça deixando claro a Manoela que ela estava certa.

- A segunda esposa do Duque, minha última senhora, sofreu muito aqui. Ao contrário da senhora, ela não teve a mesma sorte em sua noite de núpcias. O Duque a forçou a consumar o casamento.

Anahí cobriu a boca com as mãos apavorada com a ideia do mesmo acontecer à ela.

- O Duque estava enlouquecido com a ideia de ter um filho homem, ele vinha a seu quarto quase todas as noites. Na maioria delas embriagado. A casa toda podia ouvir os gritos de clemência dela. Ele a espancava e depois a estuprava gritando para todos ouvirem que ela era dele e que lhe daria um filho homem. A pobre não agüentou e em uma manhã a encontramos morta no quarto, havia ingerido uma grande quantidade de ervas envenenadas. O Duque inventou a todos que sua esposa havia adoecido e...

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