Capítulo 10

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"Minha querida noiva,

Faz apenas um dia que parti e sua ausência me faz crer que há meses não sou agraciado com sua companhia. Aqui na corte as coisas estão indo bem. Todos anseiam pelo momento de conhecer você e sua irmã.De certo assim como eu e meu primo, todos irão apaixonar-se por vocês.

Estou contando os segundos para reencontrá-la, o que ocorrerá em no máximo três dias.

Enquanto não a vejo guardo na lembrança seu rosto, seus olhos, seu sorriso e todos os segundos que passei ao seu lado. Faça o mesmo e logo estaremos juntos de novo, eu prometo.

Com todo meu amor. A. Herrera."


Anahí abraçou o papel e fechou os olhos deixando as lágrimas inundarem seu rosto. Marichello entrou no quarto com uma bandeja e uma xícara de chá.

- Que bom que está desperta. Foi muita bondade do senhor Uckermann trazê-la para o quarto quando desmaiou. Trouxe-lhe uma xícara de chá para que acalme os nervos.

- Não quero tomar nada mamãe. - enxugou o rosto.

- Por favor querida, não podes se comportar assim.

- Ele ainda pode estar vivo!

- Filha...

- Ocorpo não foi achado mamãe, isso quer dizer que ele pode estar vivo. - Anahí respondeu desesperada.

- Ou de que algum animal o devorou. O local onde ocorreu o acidente tem cachoeira, mata fechada, animais selvagens, ele não sobreviveria querida. Vais ter que se conformar com sua perda. - Marichello respondeu com pena da filha. - Infelizmente meu amor, o cavalheiro Herrera se foi deste mundo.

- Não! - levantou-se da cama furiosa. - Ele não esta morto!

- O senhor Uckermann garantiu que irão procurá-lo, vão percorrer o rio e os arredores, se ele conseguiu sobreviver darão um jeito de encontrá-lo. Mas prepare-se par o pior querida.

Anahí jogou-se na cama e deitou abraçando o travesseiro.

- Por favor, deixe-me só, eu lhe imploro.

A condessa encarou a filha com uma profunda dor no coração, mas fez o que era de seu desejo e a deixou sozinha.

Anahí tirou o casaco de Alfonso debaixo do travesseiro e o apertou contra o peito.

- Não podes estar morto, não podes me deixar aqui.



Duque Carter soltou a bolsinha com moedas na mão de seu capataz. O mesmo continha um sorriso presunçoso nos lábios.

- Estou orgulhoso de você!

- É um prazer lhe ser útil senhor Duque. - o capaz respondeu com um aceno de cabeça.

- Fez tudo como mandado?

- Sim, os corpos foram jogados no rio bem próximos a cachoeira, nunca serão encontrados e não há chances de terem sobrevivido.

- Excelente, darei uns dias à senhorita Portillo para convencer-se de que aquele rapazote está morto e para que possa desfrutar de seu luto em paz. Depois disso ela não poderás mais escapar de mim. - ao terminar de falar sorriu para o capataz com requintes de crueldade.



Nas duas semanas que se seguiram Christopher sugeriu e Dulce concordou em adiarem o casamento, pois todo o castelo estava concentrado em encontrar Alfonso e o cocheiro. Toda a guarda real, Christopher, Enrique e vários homens que se voluntariaram saíram as buscas de Alfonso, do cocheiro ou de qualquer sinal que os levassem a alguma pista de ambos. Porém nada foi encontrado. E com o passar dos dias os boatos é que ambos não haviam sobrevivido e várias pessoas desistiram de continuar procurando.

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