Capítulo 25

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Já estava anoitecendo quando Angelique voltou pra casa. Assim que atravessou a porta encontrou-se com o irmão. Derrick cruzou os braços e a encarou com raiva e desconfiança.

- Onde estavas até agora?

- Ora que pergunta. - Angelique o olhou com desdém. - Estava andando sozinha pelas redondezas, não posso querer conhecer o lugar onde viveremos agora?

- Sei muito bem que não estavas andando sozinha por ai, desconhece a redondeza. Se não revelar-me por onde andou contarei tudo aos nossos pais.

- Pois conte! Conte e direi aos nossos pais e ao rei que andas cobiçando a filha dele. - Angelique devolveu.

- Isto é mentira, jamais acreditarão em você.

- Queres tirar a prova? Eu vi a forma como olha para a princesa e pior ainda vi a forma como ela olha para você. Ambos se desejam mesmo sabendo que um envolvimento entre vocês é proibido.

- Nunca mais diga isso! Poderia arruinar a minha vida e da princesa se alguém a ouvisse. - Derrick se aproximou dois passos dela, estava furioso.

- Então não ouse controlar a minha vida, ela é minha e faço dela o que desejo.

- Nunca achei que um dia se transformaria nesse tipo de pessoa, e pensar que nossos pais acreditam que você é uma santa. - Derrick suspirou decepcionado.

Angelique sorriu com doçura e se aproximou do irmão, beijou seu rosto da mesma forma que fazia quando eram crianças e Derrick a ajudava quando se machucava ou tinha pesadelos a noite.

- E é melhor pra você que eles não mudem de ideia. - piscou e subiu as escadas.



Elizabeth e Manoela entraram no quarto de Anahí assustadas com os gritos dela.

- O que houve minha senhora?

- Ele está piorando, chamem o doutor, façam alguma coisa, eu suplico. - chorou desesperada.

Christopher apareceu na porta do quarto e sentiu que uma faca lhe atravessava o peito. Alfonso se debatia na cama tremendo sem parar e balbuciando palavras incoerentes.

- Eu vou buscar o médico. - ele deu as costas e desceu as escadas correndo.

A visão do primo naquela cama o perseguiu durante todo o caminho até a cidade.

Doutor Álvaro voltou sozinho dessa vez e não conseguiu fazer Anahí deixar o quarto. Ela se agarrou a beirada da cama gritando com todos que tentaram tirar ela de lá, por fim o doutor desistiu e examinou Alfonso na presença dela.

- Por que ele está piorando doutor?

- É o veneno, estou tentando controlar com os medicamentos, mas está avançando rápido demais.

- Ele não vai morrer certo? - Anahí o encarou com medo.

- Se acredita em milagre senhora Infanta, comece a rezar por um.

Anahí abaixou a cabeça aos prantos e segurou uma das mãos de Alfonso. Entrelaçando seus dedos nos dele, ela começou a rezar e fazer promessas.

As convulsões de Alfonso cessaram e ele parou de falar.

- Creio que os remédios fizeram efeito, vamos aguardar até amanhã de manhã.

Anahí não prestou atenção ao doutor e não reparou quando o mesmo se retirou do quarto. Durante a noite toda ela rezou, ouvindo os passos de Dulce, Jane, Manoela, Isabel e Elisabeth que se revezaram a noite toda para ver como Alfonso estava. Todas elas pediram que Anahí saísse do quarto, que fosse descansar, que comer algo.

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