Epílogo

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Dez anos depois...


Anahí parou de tocar o piano ao ouvir os passos apressados no corredor. Levantou-se e quando chegou no corredor quase foi atropelada pelos três garotos que corriam em sua direção.

- Hei onde vão com tanta pressa?

Os meninos pararam, Arthur afastou os cabelos negros do rosto e a encarou.

- Perdoe mãe é que estão nos esperando.

- Sei e vocês três precisam sair às pressas assim? - Any cruzou os braços.

- Desculpe mãe, prometemos que não vamos fazer isso de novo. - Guilherme respondeu.

- Vocês dois não me surpreendem. - Any estreitou os olhos encarando seu filho mais velho Arthur com 10 anos e seu filho Guilherme de oito anos. - Mas você Miguel não deve ficar correndo atrás de seus irmãos mais velhos, vocês dois deviam cuidar dele, ele não tem a idade de vocês. - acariciou os cabelos castanhos de Miguel, que eram iguais aos seus.

- Eu dou conta mamãe, já estou quase fazendo seis anos. - Miguel sorriu.

- Eu sei, querido. - ela sorriu e beijou sua cabeça.

Se afastando um passo ele encarou seus três garotos. Arthur com os cabelos e os olhos do pai, era idêntico à Alfonso, Guilherme também tinha os olhos esverdeados de Alfonso, mas tinha os cabelos castanhos como os dela. Dos três Miguel se parecia mais com ela, tinha os cabelos e os olhos dela.

- Podemos ir agora mãe? - Arthur perguntou.

- Antes me digam aonde iam com tanta pressa?

- O vovô e nossos primos estão nos esperando no lago. - Guilherme respondeu.

- Está bem, pode ir. - assentiu e beijou a cabeça de seus três filhos.

- Com licença! - os três fizeram uma reverência antes de saírem correndo.

- Garotos. - Any suspirou.

Cansada de tocar ela se dirigiu até o jardim. Maite, Angelique e Dulce estavam sentadas no balanço e ela se juntou à elas. À frente delas Cecília com dez anos e a mais velha das garotas brincava com Mariana 06 anos, filha de Maite e Derrick e com Beatriz, a filhinha de 04 anos de Christian e Angelique.

- Alexandre e Max estão com Christian no lago? - Anahí perguntou referindo-se aos filhos de Angelique e Christian, Alexandre estava com 10 anos e Max com 07 anos.

- Sim, mas não devem demorar, Arthur, Guilherme e Miguel foram pra lá? - Angelique perguntou.

- Sim, eu sozinha não dou conta de segurar os três e Alfonso os deixa fazer o que querem então...

- Graças a Deus, Christopher está voltando. - Dulce apontou a frente.

- Ainda bem, fiquei preocupada com a ideia deles de andarem a cavalo. - Maite respondeu.

Anahí encarou os rapazes se aproximando. Christopher e Derrick traziam os cavalos. Correndo na frente e prestes a completarem 10 anos, vinham os gêmeos Filipe e Lucas. Anahí se lembrou da surpresa que foi quando a parteira afirmou que Maite esperava duas crianças e a surpresa foi melhor ainda, quando nasceram dois garotos, duas misturas perfeitas de Derrick e Maite. Sem saber que nome dar aos dois, Maite e Derrick optaram por dar o nome dos avós à eles, Filipe e Lucas.

Ao lado deles vinham Henrique e Manuel, os filhos e orgulho de Dulce. Henrique estava prestes a completar 07 anos e Manuel, 04.

Anahí encarou a irmã quando Dulce sorriu e abriu os braços pra receber seus filhos. Manuel beijou a mãe e em seguida se inclinou pra beijar a barriga de seis meses da mãe.

- Minha irmãzinha ta dormindo?

- Ta sim filho. - Dulce sorriu.

Após dar dois filhos homens para Christopher, Dulce desejava que o terceiro bebê fosse uma menina para que Cecília tivesse a irmã que tanto queria. E ela não era a única a desejar uma menina, Any pensou acariciando sua barriga de quatro meses.

Os olhos de Anahí se iluminaram quando Alfonso surgiu sem eu campo de visão trazendo a filha dele no colo. Ana Laura tinha apenas três anos e era a paixão de Alfonso, em alguns momentos Anahí chegava a ficar com ciúmes de como a filha tinha o coração do pai nas mãos. Alfonso amava seus filhos mais velhos, mas depois de três filhos homens, ele se derreteu todo quando finalmente teve a filha que esperava. Com seus cabelos negros, olhos esverdeados e apaixonada por Alfonso, ela não negava de quem era filha.

- Será que o Alfonso vai parar de babar pela Ana Laura depois que esta criança nascer? - Maite sorriu acariciando a barriga de Anahí.

- Se for outra menina como queremos... Ainda bem que ela quer uma irmãzinha. - Any sorriu.

- Ela vai ficar com ciúmes por ter que dividir a atenção do pai.

- É, mas será bom ela ter uma irmã, Alfonso e os irmãos são tão ciumentos com ela, se vier mais um menino, Ana Laura nunca será cortejara, todos terão medo de se aproximar dela. - Any brincou.

Alfonso colocou a filha no chão e Ana Laura correu na direção dela. Any pegou a filha no colo e sorriu para o marido. Alfonso a olhou e inclinou a cabeça indicando a estufa.

- Meu amor, fique com sua tia um momento sim?!

Maite pegou Ana Laura no colo e Anahí se levantou, quando chegou perto do marido ele se inclinou e beijou a barriga dela.

- Como estão?

- Bem marido, como foi a cavalgada? - ela perguntou dando o braço pra ele.

- Bem, meu amor, mas eu estava ansioso para chegar ao palácio e encontrá-la.

- Me alegra ouvir você me dizer essas coisas. Às vezes me sinto velha, Arthur e Guilherme crescem tão rápido que logo estarão do meu tamanho. - sorriu.

- Pois para mim, continuas linda, a mulher mais linda deste palácio, o amor da minha vida.

Alfonso parou de andar, tirou uma das flores da estufa e entregou para Anahí.

- Eu te amo, esposa!

- Eu também te amo marido. - Any sorriu pegando a flor.

- Eu vou te amar até o último dia da minha vida e muito mais além disso.

- Permita-me beijá-lo marido. - Any suspirou.

Alfonso envolveu a cintura dela e com cuidado trouxe Anahí pra perto. Os dois se beijaram tão ou mais apaixonados do que há cerca de doze anos quando se conheceram.

Era um amor forte o suficiente para aguentar qualquer coisa, o tipo de amor que com o tempo só aumenta e nunca se acaba, pelo contrário se multiplica.

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