Capítulo 17

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Christopher entrou no quarto de Alfonso naquela amanhã e encontrou o primo andando de um lado pro outro.

- Alfonso quer se acalmar, por favor?

- Como quer que eu me acalme? Já fazem 03 dias que mandamos a carta e até agora nenhuma resposta.

- Alfonso ela virá, nosso tio enviou uma convocação, o Duque não poderá desobedece-lo.

- E se ele desobedecer? Se aquele monstro descobriu tudo? Se a estiver maltratando? - desesperou-se.

- Vamos esperar mais um dia ok? Se até amanhã pela manhã, ela não estiver aqui, partimos.

- Se ela não vier por bem, eu a arranco daquela casa a força. - Alfonso declarou cerrando os punhos. - Meu desejo é de pôr fim à vida daquele desgraçado por atentar contra mim e ainda atrever-se a desposá-la.

- Vai ter sua vingança, mas como nosso tio avisou, tens que ser depois que estiver casado com Anahí, só assim estarão seguros.

Alfonso assentiu enquanto dava um suspiro de frustração.

- Recebeste alguma resposta da carta que enviei às pessoas que me cuidaram?

- Não, ainda não. Mas creio que eles aceitarão viver aqui na corte conosco.

- Quero lhes dar uma propriedade e algum dinheiro para que possam começar um negócio próprio. Aquele casal salvou minha vida, é o mínimo que posso fazer a eles.

- Fico feliz que pense assim. - Christopher sorriu.

O barulho de carruagem se aproximando mudou o rumo da conversa e Alfonso correu até a janela.

- Será que é ela?!

- Independente de quem seja acalme-se. Ninguém deve te ver, todo o palácio foi orientado a só falar de seu retorno depois de seu casamento.

Alfonso observou pela janela o cocheiro descer e abrir a porta da carruagem. Seu coração quase saiu pela boca quando depois de dois meses, ele finalmente a viu.

Anahí desceu da carruagem e os olhos de Alfonso brilharam enquanto um nó se formava em sua garganta.

- É ela! - sussurrou.

Alfonso sentiu um aperto no peito, como se de repente toda a falta que sentira dela tivesse tomado forma e comprimisse seu coração. Ela continuava linda, mais linda de como ele se lembrava, mas estava diferente. Os lábios sempre rosados e cheios pareciam pálidos, seu rosto não estava corado como em suas lembranças. Aqueles olhos azuis que ele se recordava estarem sempre cheios de vida, brilhando pareciam apagados e mesmo a distância dava pra notar que ela não tinha mais a alegria de viver de antes.

- Maldito seja Duque Willian! - Alfonso cerrou os punhos e saiu da janela.

Christopher ao ver que ele estava indo para porta entrou na sua frente.

- Saia de minha frente, preciso falar com ela, necessito que me vejas. Não posso continuar com isso.

- Só vais poder vê-la depois do casamento, sabes disso. - alertou.

- Christopher não me obrigue a passar por cima de você e desta porta, não aceito continuar esperando, vai sair de minha frente imediatamente. - Alfonso ordenou totalmente fora de si.

A porta se abriu obrigando Christopher a sair do caminho.

- O que está havendo aqui? - Elizabeth entrou.

- Senhora minha tia contenha seu filho, Alfonso deseja sair e falar com Anahí.

- Alfonso sabes que não pode. O sacerdote do rei não poderás realizar o casamento se ela souberes que você é o noivo. Conhece a tradição, não podes colocar tudo a perder. - Elizabeth explicou.

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