Capítulo 06

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Anahí apoiou as mãos nos ombros de Alfonso sentindo que seu coração ia sair pela boca. Um turbilhão de emoções tomava conta dela, eram tantas que nem dava pra descrever. Suas mãos apertaram o ombro dele com força, querendo segurá-lo perto dela por mais tempo.

Alfonso apertou os braços em torno da cintura dela devorando-lhe os lábios. Um suspiro de rendição escapou dos lábios dela. Gentilmente Alfonso pediu passagem para sua língua adentrar entre os lábios dela e Anahí concedeu. As línguas de ambos se entrelaçaram, se acariciaram fazendo os dois gemerem num misto de sentimentos novos e talvez até proibidos. Mas eles não tinha cabeça pra pensar nisso ou parar.

Alfonso saboreou os lábios dela matando a curiosidade que tanto o havia consumido nos últimos dias. E o sabor dos lábios dela e as sensações que beijá-la lhe estavam provocando haviam superado sua imaginação. Nem nos seus melhores sonhos criara reações deliciosas como aquela.

Anahí permitiu-se acariciar os cabelos dele e constatou que os livros estavam enganados. Realmente a sensação de borboletas no estomago e o coração disparado constatavam nos romances que ela lia, mas haviam muitas outras sensações e reações por trás. Como o desejo de nunca mais parar de beijá-lo, aquela sensação estranha de estar despertando de um longo sono. A alegria imensa que parecia ser capaz de fazer seu coração explodir e o sangue que parecia correr quente pelas suas veias.

Alfonso obrigou-se a recuperar o juízo e com medo que alguém os visse e provocasse uma desgraça se afastou. Anahí estava ofegante e o olhava com um misto de confusão e fascinação. Pelo menos não parecia furiosa com ele.

- Perdoe-me senhorita, não pude mais resistir, há dias almejo intensamente este momento.

Anahí abriu a boca, mas não conseguiu encontrar palavras para expressar o que estava sentindo. Devia estar furiosa com Alfonso, mas não estava, muito pelo contrário. Tinha medo de abrir a boca e suplicar para que ele a beijasse outra vez.

- Preciso ir! - ela sussurrou e saiu correndo, temendo fazer uma besteira.

Alfonso sorriu ao ficar a sós e puxou as rédeas de seu cavalo.

- Creio que estou apaixonando-me terrivelmente por estar senhorita Meia-Noite.

Fechando os olhos ele ficou recordando por alguns segundos sobre o beijo ansiando pelo momento de beijá-la outra vez.



Anahí entrou em casa e subiu correndo. Só desacelerou o passo ao entrar correndo no quarto quase matando a irmã de susto.

- Por Deus o que houve contigo? Pareces que viu um fantasma.

- Nada minha irmã! - Any ofegou fechando os olhos, seus pulmões queimavam e o peito doía com as batidas aceleradas do seu coração.

- Vejas como esta, não devias ter ido levar o recado de mamãe. Agora necessitas de um banho pra irmos à vila. - Dulce a puxou.

Anahí deixou a irmã conduzi-la e lhe preparar o banho. Em seguida Dulce a ajudou a se livrar do vestido e entraram na banheira.

Quando já estava terminando o banho Marichello bateu e entrou.

- Deste o recado à condessa que pedi?

- Sim mamãe!

- Obrigada, há que horas partem?

- Assim que minha irmã se aprontar. - Dulce sorriu.

- De acordo. - assentiu e saiu fechando a porta.

Anahí se secou e deixou que Dulce escolhesse seu vestido, por alguma razão ela queria estar mais bonita quando Alfonso a visse outra vez. Seu coração disparou ao se dar conta de que ela o veria outra vez.

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