Capítulo 35

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Maite encarou os arredores do castelo e o campo que se estendia logo após ele. Suspirando ela sentiu uma vontade tremenda de poder sair daquele quarto e passear por ali outra vez.

- Só percebemos o valor da liberdade depois que a perdemos. - suspirou.

Uma batida na porta a assustou.

- Maite?!

- Any! - pegou as cartas e correu até a porta. - Estou aqui!

- Escreveu as cartas?

- Sim, vou passar por baixo da porta. - respondeu se abaixando.

Anahí olhou ao redor pra ter certeza de que ninguém a via. Assim que Maite passou os dois envelopes pela porta, Anahí se abaixou e os pegou.

- Prometo que farei o possível para entrega-los.

- Obrigada! - Maite sussurrou emocionada.

- Preciso ir agora, quando voltar nos falamos.

- Está bem.

Assim que Maite ouviu os passos de Anahí se afastar correu até a janela. Viu que Angelique e Dulce estavam lá fora. A carruagem atravessou os portões e se aproximou. Anahí se juntou à elas e com a ajuda do cocheiro as três adentraram na carruagem.

- Boa sorte Any! - sussurrou, vendo-as partir.



A viagem até a cidade foi um pouco mais demorada do que o normal, recebendo ordens o cocheiro havia ido um pouco mais devagar para que o movimento da carroça não fizesse mal aos bebês de Dulce e Anahí.

- Por Deus chegamos. - Angelique resmungou ao descer da carruagem com a ajuda do cocheiro.

O cocheiro ajudou Dulce e Anahí a descerem e fez uma reverência para as três.

- Ficarei na estalagem aguardando ordens para vir busca-las.

- Mandaremos uma mensagem, não se preocupe. - Dulce sorriu.

- E venha depressa, quase acreditei que chegaríamos à cidade ao anoitecer. - Angelique resmungou.

- Perdoe-me jovem princesa, mas recebi ordens de meus senhores para que conduzisse a carruagem com o máximo de zelo. Minhas senhoras trazem uma criança no ventre, não pude me exceder.

- Que seja! - Angelique respondeu e saiu na frente.

- Não se importe com os comentário dela. - Anahí sorriu.

- Sim senhora, até mais tarde. - o cocheiro fez mais uma reverência.

- Angelique mentiu. - Anahí sussurrou para a irmã. - Christian nunca lhe propôs casamento, ela entregou-se à ele de bom grado. Estou lhe contando isto para que não fiques com pena dela.

- Agora entendo porque Christian a deixou o tempo todo sozinha e porque não lhe comprou roupas. Ele não só casou-se forçado, como de forma injusta, estava dizendo a verdade.

- Sim! - Anahí assentiu.

- Algum problema? - Angelique virou-se para elas, ignorando uma mulher que passou por ela e se curvou.

Anahí e Dulce responderam ao cumprimento.

- De forma alguma. - Dulce forçou um sorriso e aproximou-se. - Queres ir ao ateliê comprar vestidos?

- Adoraria. - Angelique sorriu empolgada.

As três viraram a rua principal e a mais movimentada. As pessoas andavam por ali e entravam em lojas como confeitarias, alfaiatarias, lojas de chapéus e perfumarias. Haviam restaurantes e pequenas tavernas, além de diversas estalagens para os viajantes. Alguns vendedores vendiam seus produtos em pequenas tendas.

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