Capítulo 09

1.7K 103 77
                                    

Na manhã seguinte Anahí desceu as escadas e encontrou a mãe e a irmã preparando o desjejum.

- Não quisemos te acordar querida, como se sentes esta manhã?

- Bem, mas essa viagem repentina de Alfonso me estas afligindo. - respondeu de forma infeliz enquanto se sentava ao lado da irmã.

- Por que te afliges, meu bem? O cavalheiro Herrera enamorou-se de ti, crê que ele vai te trocar por alguma donzela da corte? Se assim tivesse que ser ele nem ao menos teria vindo para cá. - Marichello tratou de tranquiliza-la.

- Não é isso mamãe, me preocupa os perigos da viagem.

- Ora não sejas tola, o senhor Herrera viajou em uma carruagem totalmente segura e ele já fizeste este caminho antes. E também ele não está sozinho, não precisa preocupar-se.

- Tens razão mamãe, devo ocupar minha cabeça com outras coisas. - forçou um sorriso.

- Que bom minha irmã, porque mamãe e eu estávamos pensando em ir à vila para encomendar nossos vestidos. - Dulce sorriu animada.

- O que opinas de minha ideia filha? Estas de acordo? - Marichello sorriu estudando as feições de Anahí.

- Sim mamãe, quem sabe assim o tempo passa mais depressa e traz de volta meu cavalheiro?! - sorriu.

- Mamãe, posso mandar um recado ao cavalheiro Uckermann para que nos encontre na vila?

- Oh não filha, de maneira alguma, o noivo não pode ver sequer o tecido do qual será feito o vestido de sua noiva. Isso é mau agouro, queres ficar solteirona para sempre? - Marichello a olhou alarmada.

- Oh não mamãe, está certo tens razão, vamos apenas nós três. - Dulce concordou de pronto.

- Tomem o desjejum enquanto mando que preparem nossa carruagem. - Marichello se levantou e saiu com sua saia bufante dançando entre os móveis por onde passava.



A carruagem atravessou o portão e parou em frente ao enorme palácio. O cocheiro desceu e abriu a porta para que Alfonso descesse. Assim que seus pés tocaram o chão entalhado de pedras as portas gigantescas do palácio se abriram e sua mãe Elizabeth desceu as escadas.

- Oh filho!

- Como é bom vê-la senhora minha mãe. - Alfonso sorriu retirando o chapéu e fez uma reverência.

- Leve as malas para dentro, por favor. - Elizabeth sorriu encarando o cocheiro.

O mesmo assentiu com a cabeça e levou as poucas bagagens para dentro.

- Deixe de tolices Alfonso e dei-me um abraço. - sorriu.

Alfonso riu abraçando a mãe e lhe beijou a testa em sinal de respeito ao se afastar.

- Não entendo a surpresa, não foste a senhora quem mandou me chamar com urgência?

- Como assim mandei lhe chamar com urgência? - o encarou confusa.

- O recado que você e meu pai me mandaram.

- Mas não lhe mandamos recado algum. - sua mãe respondeu.

- Como não me mandaram nenhum recado? - Alfonso perguntou preocupado.

- Não querido, nenhum de nós pediu sua presença com urgência.

- Então como eu recebi este recado? - tirou o papel do bolso e lhe entregou.

Elizabeth analisou o selo real e em seguida as poucas linhas que foram escritas.

Después de Ti ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora