Capítulo 33

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Alfonso conduziu Anahí pelo jardim certificando-se de que ninguém os tinha visto.

- Marido... Você tem certeza que não nos viram? - Anahí perguntou e a lembrança do que haviam acabado de fazer bastou para deixa-la constrangida.

- É claro, meu amor, não vê que o jardim está deserto? - ele parou e virou de frente para ela. - Não se preocupe ok? - a beijou. - Além do mais somos marido e mulher, não estávamos fazendo nada demais.

- Oh sim, não fizemos nada de errado. - desdenhou.

Alfonso riu de sua observação e a trouxe pra perto. Seus lábios cobriram os dela num beijo mais demorado.

O barulho de alguma coisa se quebrando os fez se afastar.

- O que foi isso? - Anahí olhou em volta.

Alfonso olhou em volta procurando a origem do som. Passos foram ouvidos e Christian saiu da escuridão, a forma desequilibrada com a qual andava, quase derrubando um vaso, deixou claro seu estado.

- Ora, ora! - ele sorriu debochado, segurando uma garrafa. - Aproveitando o baile?

- Está bêbado primo. - Alfonso observou desgostoso.

- Você também estaria se estivesse no meu lugar. - resmungou. - Mas ao contrário de mim você se casou com uma dama. - usou a garrafa para apontar Anahí. - Pelo menos é o que todos acreditam. - debochou.

- Não vou permitir que ofenda minha esposa. - Alfonso levantou o tom de voz, colocando Anahí atrás de si.

- Todas as mulheres não prestam, você acredita que ela ama você? - Christian se inclinou na direção de Alfonso. - Só se casou com você pelo seu dinheiro, primo. Assim como a Angelique.

- Vou desconsiderar o que está dizendo devido ao seu estado, mas não volte a repetir tais calunias. - Alfonso respondeu, e apesar da raiva estava conseguindo manter a calma.

Anahí encarou Christian e a única coisa que sentiu foi pena. Sabia muito bem o que era casar-se obrigada, pelo menos ele tinha na bebida uma forma de se consolar.

- É melhor entrarmos, marido. - Any cochichou para Alfonso.

- Não posso deixa-lo assim. - Alfonso se virou para ela. - Entre você, meu amor, não irei me sentir bem se meu primo voltar ao baile e fazer um escândalo. Isso pode prejudicar meu tio e toda nossa família.

- Está bem, mas o que digo se me perguntarem sobre você?

- Diga que não demoro.

Christian resmungou alguma coisa e se apoiou no vaso, as pernas bambas incapazes de mantê-lo de pé. O vaso tombou para o lado se partindo em pedaços, fazendo Christian ir ao chão.

- Oh meu Deus! - Anahí exclamou.

- Volte para o baile, vou ver o que posso fazer pelo meu primo.

- Deixe-me em paz Alfonso. - Christian tentou empurrá-lo.

- Creio que já bebeu o suficiente, vamos. - Alfonso o puxou, obrigando-o a ficar de pé.

Anahí suspirou quando os dois passaram por ela. Com Christian abominando tanto aquele matrimônio, Angelique acabaria sofrendo as consequências.


Quando Anahí voltou para o castelo as pessoas ainda dançavam, bebiam e conversavam. Viu uma família de Duques se despedir de Angelique e do rei e da rainha. Pela expressão no rosto de Filipe, ela percebeu que o sumiço de Christian estava começando a ser notado. Provavelmente na manhã seguinte todos na cidade estariam comentando sobre a forma como Angelique fora abandonada no próprio baile.

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